É a primeira vez que a produção da cerveja Heineken é feita em Moçambique, depois de a empresa instalar a sua fábrica no distrito de Marracuene, província de Maputo, há cerca de três anos. O investimento realizado nesta fase é de 20 milhões de dólares norte-americanos.
Na cerimónia de lançamento desta nova linha, o Ministro da Indústria e Comércio disse que o país vai reter cerca de 50 milhões de dólares por ano que eram usados para a importação da cerveja. Carlos Mesquita diz ainda que Moçambique terá outros ganhos com o início da produção local da cerveja.
O novo investimento junta-se ao já realizado pela Heineken no país logo no início da sua actividade de 100 milhões de dólares. De acordo com Mesquita, a matéria-prima a ser usada na produção da Heineken não é nacional, diferentemente da Txilar que usa 4 mil toneladas de milho nacional ao ano.
“A Heineken que a partir de hoje já pode ser consumida aqui em Maputo e depois a nível do país tem outros parâmetros adequados da empresa-mãe para o qual não é possível fugir desses padrões e essa aí não usa matéria-prima nacional”, revelou o governante.
Por seu turno, o director geral da Heineken, Nuno Simes, explica que a fábrica está a usar uma tecnologia avançada (de ponta) e anuncia uma boa-nova para o ambiente, já que grande parte das garrafas da cerveja a serem vendidas no mercado nacional deverão ser retornáveis.
Em termos de quantidades, a Heineken vai produzir 350 mil hectolitros por ano, equivalentes a 35 milhões de litros, e as respectivas garrafas, sendo que a fábrica irá encher cerca de 16 mil garrafas por hora. Segundo o engenheiro da empresa, Avelino Gune, por dia, a Heineken vai produzir 384 mil garrafas.