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HCB desilude os pequenos accionistas com retornos aquém do esperado

Para muitos pequenos accionistas, que investiram as suas poupanças, com esperança de retornos fabulosos, o negócio das acções da empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) foi uma desilusão.

O que não foi explicado ao público e aos pequenos accionistas é que a operação de venda pública (OPV) das acções da HCB, era apenas um bom negócio para quem tinha excesso de liquidez e não para as famílias moçambicanas com baixo rendimento.

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa anunciou os primeiros resultados e dividendos após a operação da oferta pública das acções e cada acção rendeu 0,11 meticais. Esta cifra que é 73,6% superior ao dividendos por acção pagos em 2020, e 30% para reservas de lucros a realizar. Quem tivesse subscrito 1000 acções, irá ter um ganho de 110 meticais. Desse valor deverão ser ainda descontados os impostos.

A Assembleia-Geral Ordinária realizada a 30 de Abril de 2021, anunciou um resultado líquido 9.824,09 milhões de meticais, corresponde a um crescimento de 62% em relação ao ano anterior.

Os accionistas serão informados em tempo oportuno sobre as datas de pagamento dos dividendos. Para os acionistas da Série “B” os dividendos estão sujeitos a uma taxa liberatória de 10% no Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) e Imposto de Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC).

Recorde-se que HCB lançou oferta pública de vendas (OPV) em 2019 na ordem de 686.887.315 acções ordinárias, nominativas e escriturais com o valor nominal de 1 metical cada, representativa de 2,5% do capital social da HCB que correspondem a 2.060.661.944 ações com valor nominal de 1 metical representativas e 7,5% do capital social da HCB.

O Consórcio Banco Comercial e de Investimentos e o Banco Big Moçambique foram os intermediários financeiros e coordenadores globais da OPV.

As acções estavam divididas em classes, nomeadamente:

Segmento A, destinadas aos trabalhadores da HCB com as seguintes especificações: Lote mínimo de subscrições, 100 acções por ordem de subscrição, subscrição por múltiplos de acções: 10 acções, lote máximo de subscrição: 15.000 acções por investidor, garantia de subscrição: 15000 acções por investidor.

Segmento B, destinadas a pequenos investidores nacionais singulares com a seguinte especificação: lote mínimo de subscrição. 20 acções por ordem de subscrição, subscrição por múltiplas acções: 10 acções, lote máximo de subscrição: 7500 acções por investidor, garantia de subscrição: 7500 acções por investidor.

Segmento C, destinadas a investidores nacionais singulares, com as seguintes especificações: lote mínimo de subscrição: 1000 acções por ordem de subscrição, subscrição por múltiplos de acções: 100 acções, lote máximo de subscrições: limitado ao número de acções em oferta por ordem de subscrição e com garantia de subscrição de 2.000.000 de acções por investidor.

Segmento D, destinadas a investidores nacionais coletivos, com as seguintes especificações: lote mínimo de subscrições: 20.000 acções por ordem de subscrição, subscrição por múltiplos de acção: 1000 acções, tome máximo de  subscrições: limitado ao número de acções em oferta por ordem de subscrição e com garantia de subscrição de 2.000.000 de acções por investidor.

Das 19.210 ordens de subscrição entregues a OPV da HCB, mais de 99% das mesmas foram entregues pelos investidores singulares, durantes o período de subscrição que passaram a constituir os 18.787 novos accionistas de pleno direito da HCB.

Com esta operação o universo da base de investidores na bolsa de valores teve um crescimento de 191% ao passar de 7995 investidores para um total de 22.257, correspondente a 15.362 novos investidores.

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