Segundo João Macanja que falava durante um seminário sobre o financiamento relativo à importação de combustível, no âmbito da 58.ª edição da Feira Agropecuária, Comercial e Industrial (FACIM), o banco central comparticipava com cerca de 50 por cento na factura de importação de combustíveis, tendo deixado de o fazer há alguns meses.
A fonte do IMOPETRO explicou que, com a saída do Banco de Moçambique (BM) deste processo, nota-se uma limitação na disponibilização do dólar no mercado para a viabilização das importações.
O responsável frisou haver limitações na disponibilização de garantias bancárias, uma dificuldade que é mais notória quando há uma subida generalizada de preços no mercado internacional.
“Assim, quando os preços sobem, os bancos comerciais dizem que o financiamento da importação de combustível é feito de acordo com as capacidades de reembolso das empresas envolvidas no negócio, uma vez que o risco de crédito transfere-se para as instituições financeiras”, apontou.
Segundo a Petróleos de Moçambique (Petromoc), os desafios do mercado de abastecimento de combustíveis começaram na altura em que o processo era liderado por um sindicato bancário e perduraram até hoje, num cenário de liberalização.
Nos últimos anos, o sector desembolsou 27,3 milhões de dólares norte-americanos em garantias bancárias, o que entende ser razoável, porque a liberalização trouxe ganhos, sobretudo relativamente ao reforço do poder de negociação das empresas comparativamente ao período do sindicato bancário.