O desempenho das empresas nacionais registou uma ligeira melhoria no 3° trimestre de 2023, tendo o Índice de Robustez Empresarial se fixado em 29% contra 28% do 2° trimestre.
Este desempenho, ainda que superior ao trimestre anterior, mostra-se bastante frágil, e o mesmo foi influenciado pelo início tardio da época de comercialização agrícola, devido às cheias e inundações registadas no início do ano, o que afectou as vias de acesso e organização da rede comercial que escoa os produtos.
Estes constrangimentos enfrentados na comercialização agrícola incluem, desde as questões logísticas até ao acesso do certificado fitossanitário, a questão da gestão das quotas de exportação de feijão bóer, entre outros aspectos, comprometeram sobremaneira o desempenho das empresas.
Outra razão está aliada ao aumento de encargos financeiros com a banca, causada pela subida sucessiva da taxa MIMO de 13,25% em Janeiro de 2022 para 17,25% em Setembro de do mesmo ano, e não tendo alterado até hoje, combinado com a subida da taxa de reservas obrigatórias para 39%, o que levou ao aumento do endividamento das empresas junto a banca.
Refira-se que, cerca de 48,5% do crédito concedido vai para as empresas. Actualmente, a taxa de juro activa do mercado atingiu os 32% em Setembro, contra os 27% que estava, antes das alterações na política monetária.