Quarta-feira, Maio 1, 2024
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Mais postos de gás veicular chegam a Gaza e Inhambane, próximo ano

Conforme disse a nossa fonte, destes três postos, um vai ser implantado no Posto Administrativo de Chicumbane, na província de Gaza, um no distrito de Maxixe e outro em Vilankulo, na província de Inhambane.

Até então, a Autogás conta com 3 mil viaturas em circulação usando o gás veicular, todas estas a nível da Região Metropolitana de Maputo. Segundo Das Neves, o desejo da empresa é que mais viaturas sejam movidas a gás, por isso os três pontos que vão ser instalados, vão ajudar a massificar o uso deste combustível em veículos.

A fonte reconheceu o desafio da expansão do gás veicular pelo resto país, tendo elencado os factores que infuenciam para o alcance dos obejectivos, como a frota de veículos, os custos para instalação do sistema de gás veicular, a disponibilidade de combustível em determinadas zonas do país e a conjuntura económica, consubstanciada com a inflação.

No tocante à frota de veículos, Das Neves lembrou que a estratégia da Autogás foi de iniciar as suas actividades na região do Grande Maputo, que detém de 63 por cento do “arsenal” de viaturas, sendo 27 por cento de veículos espalhado pelo resto do país.

Segundo disse a fonte, mesmo em Maputo, onde há uma gama de viaturas ainda há um receio notável por este sistema. Tanto é que ainda há muito por se fazer para que tanto pessoas singulares e empresas usem veículos movidos a gás, cujas vantagens ambientais são consideráveis.

Há zonas com défice de fornecimento de gás

Outro obstáculo que atrasa a massificação do gás veicular tem que a ver com indisponilbilidade de combustível, em algumas regiões, onde para o recurso chegar, acarreta altos de custos em tranporte e logística, apontou a fonte.

“No sul já temos o gás disponível, mas na Zambézia, na província  de Tete ou em Manica, neste momento, esse gás ainda não está devidamente disponível e transportando por camião coloca o desafio de competitividade do gás. Ou seja, quanto mais for a necessidade de transportar o gás por camião, mais custos haverá”, explicou o gestor.

“A nossa estratégia prevê que, neste momento, o gás está disponível no sul, então vamos fazer a utilização do mesmo o máximo possível. E depois assim que o gás estiver disponível noutras zonas, vamos avançar nesse sentido”, acrescentou.

Importação de carros a gás precisa-se

Igualmente, das Neves entende que o país tem de estimular a importação de carros a gás, que apesar da conjuntra económica, é possível criar-se mecanismos facilitadores.

João das Neves falava num seminário subordinado ao tema “Massificação do Uso de Gás Natural Veicular em Moçambique”, promovido pelo Ministério de Recursos Minerais e Energia (MIREME), naquela que é a maior feira nacional de negócios, que decorreu de 28 de Agosto a 3 de Setembro corrente.

A Autogás é uma empresa moçambicana, dedicada à distribuição e venda do gás natural para viaturas em substituição dos combustíveis convencionais, constituída em regime de uma Parceria Público-Privada, cujos accionistas são a Petrólemos de Moçambique (PETROMOC) com 40% de acções,  INDICO ENERGIA com 38% e o Instituto de Gestão e Participações do Estado (IGEPE) com uma participação de 22%.

 

 

 

 

 

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