A empresa perdeu 3,6 mil milhões de meticais (56 milhões de dólares, à taxa de câmbio atual) e, devido às cheias, perderam-se 470 mil toneladas de cana de açucar nos campos de produção, o que corresponde a um valor de 1,6 mil milhões de meticais.
De acordo com o director-geral da empresa, Filipe Raposo, os estragos impedem o funcionamento do sistema de irrigação, o que dificulta o planeamento da produção de cana.
“As inundações danificaram também os sistemas de electricidade e de drenagem, bem como outros equipamentos necessários para o processamento da cana”, afirmou Raposo.
Segundo o gestor, os trabalhos de recuperação da estação elevatória só começaram há um mês, devido às dificuldades enfrentadas para chegar a certas regiões dos canaviais.
“Tendo em conta o trabalho realizado até agora, sabemos o que é necessário para retomar a produção”, disse, acrescentando que a empresa foi vítima de actos de vandalismo após as cheias, o que contribuiu para mais prejuízos.
A Açucareira da Maragra SA é detida pela empresa sul-africana Illovo com uma participação de 99%, as restantes acções de 1% pertencem a um investidor minoritário privado.
A fábrica e a área de abastecimento de cana composta por produtores próprios e independentes situam-se junto à costa de Moçambique, a cerca de 80 quilómetros a norte de Maputo.
Anualmente e sem interferências, Maragra produz cerca de 80 mil toneladas de açúcar de mais de 460 mil toneladas de cana produzidas em suas propriedades e o restante de cerca de 400 mil toneladas de produtores independentes.