O Ministério da Economia e Finanças na sua conta Geral do Estado, revelou que o ano económico de 2021, não foi fácil para as Pequenas e Médias Empresas (PME), que viram o volume de com os “mega­projectos” reduzirem de forma significativa.

De acordo com o Ministério da Economia e Finanças, em 2021, os Projectos de Grande Dimensão e as Concessões Empresariais, conhecidos como “mega­projectos” reduziram o seu volume de negócios com as PME na ordem de 75,6%, tendo sido registados negócios avaliados em 7.877, 24 milhões de meticais, contra um volume de negócios de 32.289, 59 milhões de meticais, realizado em 2020.

A conta Geral do Estado refere que, no ano passado, os mega­projectos contrataram apenas 355 PME para o funcionamento de bens e prestação de serviços, contra 446 registados em 2020, o que representa uma redução de cerca de 20, 4%.

Segundo a Carta, o documento não apresenta as razões que ditaram tal facto, mas sabe­se que o ano economico de 2021 foi marcado pela paralisação dos projectos da TotalEnergies, em Cabo Delgado, devido aos ataques terroristas na vila­sede do distrito de Palma, assim como pelo anúncio da saída da Vale­Moçambique do negócio do carvão.

O volume de negócios reaalizado em 2021, é inferior ao realizado em 2019, fixado em 23.471, 60 milhões de meticais. Contudo, só em 2018 se realizou o maior volume de negócios dos últimos cinco anos económicos (de 2017 a 2021), tendo se fixado em 33.119,8 milhões de meticais.

As PME têm constantemente reclamado da falta de oportunidades de negócios junto dos “mega­projectos”, devido à ausência de uma Lei de Conteúdo Local. Também têm reclamado da falta de incentivos fiscais, assim como das taxas de juro.

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