Segundo o secretário-geral do organismo, Omar Farouk Ibrahim, o principal objectivo consiste em resolver a lacuna financeira criada pela saída dos investidores estrangeiros, que, recentemente, começaram a afastar-se dos combustíveis fósseis.
Além disso, Ibrahim referiu que o Banco Africano de Energia tem o potencial de fomentar a cooperação e colaboração entre os países africanos nas áreas de petróleo e gás, numa altura em que a transição energética desafia os produtores a dominar a tecnologia, criar mercados e encontrar novas fontes de financiamento.
Moçambique, como membro da APPO está na lista dos 18 países africanos comprojectos de gás elegíveis para financiamento pelo BAE.
O facto já tinha sido destacado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, quando durante a abertura da 9ª Conferência e Exposição de Minas e Energia, realizada em Maputo, anunciou que o país está em processo de adesão à organização para garantir uma gestão aberta, transparente e responsável dos recursos minerais.
Igualmente, Moçambique terá a oportunidade de se juntar a um grupo de países com os mesmos interesses, alguns dos quais têm feito grandes progressos na indústria de petróleo e gás.
Omar Ibrahim precisou que Moçambique pode desempenhar um papel importante da busca de soluções para os desafios que a transição energética coloca aos governos e populações do continente africano. O dirigente referia-se, especialmente, àqueles cujas economias dependem fortemente das receitas dopetróleo e gás.