O Fundo Monetário Internacional (FMI), aprovou a retoma do apoio directo ao Orçamento do Estado moçambicano, após seis anos de suspensão, devido à descoberta das “dívidas ocultas” da Ematum, MAM e ProIndicus.

A decisão foi tomada pelo conselho de Administração do FMI, num e encontro realizado esta segunda-feira, na sede da instituição, em Washington, Estados Unidos da América, onde aprovou-se um pacote de financiamento de 470 milhões de dólares que deve ser pago dentro de 10 anos, a uma taxa de juro de zero por cento.

O valor emprestado ao Estado moçambicano será disponibilizado a partir do próximo mês de Junho, e vai durar um período de três anos, acompanhados de reformas a serem feitas pelo Governo, que, na verdade, são a condição do empréstimo.

Primeiro pagamento deve ser feito daqui a cinco anos e meio

O primeiro pagamento da dívida pública que acabou de ser contraída deve acontecer daqui a cinco anos e meio, segundo o representante residente do FMI em Moçambique, Alexis Meyer-Cirkel, que falava à imprensa, hoje, em Maputo, após a aprovação da retoma do apoio.

No fim do programa de financiamento ao país, daqui a três anos, o FMI espera ver um país com estabilidade do crescimento da economia nacional, níveis equilibrados do custo de vida e um rendimento das famílias salvaguardado e boa governação.

Decisão do FMI é um marco importante para a imagem do país

O Ministro da economia e Finanças, Max Tonela, disse em conferência de imprensa que com a retoma do apoio directo do FMI, o país vai obter também recursos adicionais para o financiamento da economia, não só os recursos que estão no acordo, financiados para o fundo, mas abre também a janela de oportunidades de financiamento por outros parceiros.

“A decisão tomada, hoje (09.05.2022) , pelo board do FMI representa um marco importante no nosso processo de desenvolvimento e no reforço das relações e da imagem do país no mercado financeiro internacional, sinalizando boas perspectivas para o nosso desenvolvimento”, considera Tonela.

Para promover a criação de empregos, melhorar o ambiente de negócios no país e aumentar a diversificação da economia, o novo programa financeiro do FMI prevê ainda o financiamento ao sector privado, também como forma de substituir importações por produtos concebidos no país.

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