O governo de Moçambique aprovou a extensão da concessão do Porto de Maputo, permitindo que o consórcio MPDC, composto pela DP World, Grindrod e CFM, gerencie o porto até 2058. O projecto de expansão incluirá um investimento estimado em US$2 bilhões, tornando o porto ainda mais competitivo na região, especialmente em comparação com os portos sul-africanos.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, o acordo inclui investimentos de cerca de US$1,1 bilhão até 2033, data em que a concessão original deveria expirar. Essa extensão é a Quarta Adenda ao Contrato de Concessão celebrado em 22 de Setembro de 2000, ao abrigo do Decreto n.° 22/2000, de 25 de Julho.
O MPDC, por meio do seu Plano Director, prevê um aumento significativo no volume de cargas, atingindo 42 milhões de toneladas por ano até 2033 e 54 milhões de toneladas por ano até 2043. A capacidade do porto deverá aumentar para 54 milhões de toneladas por ano até 2058, em comparação com os actuais 37 milhões de toneladas.
Além disso, a expansão incluirá o aumento da capacidade do terminal de carvão em Matola, próximo a Maputo, de 7,5 milhões para 18 milhões de toneladas por ano. A capacidade anual de transporte de contentores também quase quadruplicará, atingindo um milhão de unidades durante o mesmo período.
O Porto de Maputo tem sido cada vez mais utilizado por empresas de mineração de carvão, cromo e magnetita, devido a problemas operacionais nos caminhos-de-ferro e portos da Transnet SOC Ltd, na África do Sul, que resultaram em perdas significativas de receita para essas empresas.