A informação foi partilhada por Salim Valá, Presidente do Conselho de Administração da BVM, durante um encontro com empresários do sector de logística e transportes, no Fórum Empresarial organizado pela Câmara de Comércio de Moçambique, na cidade de Maputo.
Falando no painel subordinado ao tema de “Transporte e Desenvolvimento Económico”, Valá fez saber que vários estudos independentes, bem como os realizados pela própria BVM, revelam que muitas empresas não recorrem ao mercado de capitais para o financiamento.
Em causa, segundo o dirigente, estão as fragilidades institucionais, nomeadamente a nível da governação, gestão, auditoria das contas, transparência, escrutínio público e ética empresarial .
“Estamos à disposição para trabalhar com as empresas do sector para incentivá-las a utilizar essa alternativa de financiamento mais económica, principalmente para projectos que demandam recursos significativos a médio e longo prazo”, afirmou Valá.
A fonte manifestou preocupação com a pouca adesão das empresas à Bolsa de Valores, supostamente por ser difícil para o efeito. Valá desmistificou esse mal entendido e apelou que mais entidades entrem para o mercado de capitais.
“O Terceiro Mercado de Valores, lançado em Novembro de 2019, é um mercado de incubação que permite às empresas cotar e, num período de entre 2 e 3 anos, ter contas auditadas e proceder à dispersão accionista”, explicou.
A BVM afirma que as empresas de transporte podem aproveitar esta janela de oportunidade existente, uma vez que quatro empresas já foram listadas neste mercado.