O aumento da pontuação reflecte a melhoria das políticas e da gestão da dívida, devido às reformas para melhorar o quadro regulamentar, fortalecer a gestão nas empresas públicas e melhorar a gestão dos riscos orçamentais, defende a instituição no relatório anual que analisa se o ambiente institucional e político é propício à eficácia da ajuda ao desenvolvimento, a que a Lusa teve acesso na quarta-feira.
O documento, da responsabilidade da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), o braço do Banco Mundial para o financiamento concessional aos países mais pobres, refere que “foram feitos progressos na inclusão social e na equidade através de uma maior igualdade de género e da capacitação dos recursos humanos na saúde e na educação”.
Os economistas sublinham que “são necessários mais esforços para desenvolver o sector financeiro, garantir a estabilidade financeira e continuar a aderir às boas práticas contabilísticas internacionais”.
No documento, que melhora a pontuação de Moçambique de 3,1 pontos para 3,2, colocando o país ligeiramente acima da média de 3,1 pontos da África subsariana, defendem ainda que “os esforços para melhorar a governação, particularmente nos direitos de propriedade e no Estado de direito, e abordar as vulnerabilidades na transparência e responsabilidade, são essenciais para melhorar o desempenho geral”.
Na edição deste ano, que abrange 2022, o Banco Mundial melhorou a pontuação de 12 países africanos, mantendo 20 e reduzindo oito, e sublinha que apesar dos desafios económicos globais, mais países da África Subsariana registaram melhorias na sua pontuação global da Avaliação Política e Institucional do País (CPIA) em comparação com o ano anterior.