Terça-feira, Maio 20, 2025
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Plano “Energia para Todos” requer investimento de 2,3 mil milhões USD até 2030

O Governo moçambicano, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, estima necessitar de cerca de 2,3 mil milhões de dólares para garantir o acesso à energia eléctrica a 3,6 milhões de famílias até 2030, no quadro da iniciativa “Energia para Todos”.

Segundo o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estevão Pale, a estratégia prevê não apenas a expansão da rede eléctrica nacional, mas também soluções fora da rede, com destaque para fontes renováveis, como forma de acelerar a transição energética e alcançar áreas remotas.

“Contamos com parceiros como o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento. Mas precisamos de ampliar a colaboração com o sector privado, especialmente porque há zonas onde a resposta passará por energias renováveis”, afirmou Pale.

Dados do relatório de execução orçamental do Ministério das Finanças indicam que, só em 2024, foram realizadas mais de 560 mil novas ligações domiciliárias, elevando a taxa de cobertura nacional para 60% da população, contra os 53,4% registados em 2023.

Das 563.800 novas ligações efectuadas este ano, 395.600 foram feitas através da rede eléctrica nacional e 170.100 via fontes renováveis, revelou o documento.

O relatório aponta ainda para a construção dos primeiros 40 quilómetros da espinha dorsal do sistema de transporte de electricidade de alta tensão, com capacidade de 400 quilovolts (kV), que interligará o país de Norte a Sul, passando pelos troços Temane, Maputo, Chimuara e Alto Molócue.

A iniciativa “Energia para Todos” é implementada pela Electricidade de Moçambique (EDM) e pelo Fundo de Energia (FUNAE), no âmbito da Estratégia Nacional de Electrificação (ENE), aprovada pelo Conselho de Ministros em 2018.

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