O alerta foi feito esta quinta-feira, 8 de Dezembro, no Parlamento, pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, que, na ocasião, afirmou que o PESOE para 2023 prevê o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5%.
Maleiane explicou que a proposta apresentada foi elaborada num contexto internacional exigente e fortemente marcado pelas consequências da guerra na Ucrânia, pela prevalência de acções terrorista em Cabo Delgado e pelo aumento da frequência de eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas, que agravam os já complexos desafios existentes na gestão das finanças públicas.
Segundo o governante, em 2023, a base de crescimento económico estará assente num maior dinamismo do investimento privado, que deverá estimular o crescimento dos sectores da agricultura, indústria, construção e investimento público.
Para impulsionar a economia em 2023, Adriano Maleiane avançou que serão colocadas à disposição do sector privado, através do PESOE, oportunidades de negócios de cerca de 134,2 mil milhões de meticais para a provisão de bens, serviços e investimentos.
“Como resultado do crescimento da procura externa, dos preços mais elevados no mercado internacional e do início da operação da plataforma flutuante de produção de gás natural liquefeito, prevê-se que as exportações de bens e serviços registem um incremento, traduzindo-se numa redução histórica do nível do défice da balança de comercial do País”, defendeu o primeiro-ministro.
Adriano Maleiane avançou ainda que a recuperação do crescimento económico que Moçambique tem vindo a registar desde 2021 é um óptimo indicador de que se está no caminho certo.
“As acções que nos propusemos implementar no âmbito do PESOE de 2023 irão permitir-nos continuar a criar mais postos de trabalho e geração de renda, assim como um maior acesso à energia, água potável, educação, saúde e protecção social. Em suma, melhorar o índice de desenvolvimento humano do nosso País”, resumiu o governante.