Sexta-feira, Março 29, 2024
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Porto da Beira é o Mais Eficiente da Região Austral de África

O Porto da Beira, na província de Sofala, é o mais eficiente na África Austral e o sexto com maior rapidez no manuseamento de carga na África Subsaariana. A constatação é do mais recente relatório do Banco Mundial sobre o desempenho dos portos que manuseiam carga contentorizada no mundo.

O índice avaliou um total de 370 portos de carga contentorizada ao redor do mundo e colocou o Porto da Beira na posição 270. Na África Austral, a infra-estrutura é a mais eficiente, visto que está à frente de todos os portos da região, a exemplo do Porto de Maputo, que aparece na posição 321, do Porto de Durban na posição 364, Cape Town na posição 365, estes dois na vizinha África do Sul, e o Porto de Luanda, Angola, na posição 366.

Já na região da África Subsaariana, Beira é o sexto porto mais eficiente. Os três portos mais eficientes da região são o Porto de Matadi, na República Democrática do Congo, na posição 170, seguido do Porto de Berbera, na Somália, na posição 184, e o Porto de Conacry, na República do Guiné, na posição 242.

Jan de Vries, administrador delegado da Cornelder de Moçambique, gestora do Porto da Beira, explica que os analistas do Banco Mundial fazem a avaliação com base “na informação publicamente disponível e através de satélites, pelos quais conseguem ver quanto tempo os navios permanecem no porto. Eles conseguem ver, para cada tipo de navio, onde é que tem o melhor serviço para cada um dos portos, em função do tempo que o navio fica no porto e a produtividade de cada navio”.

Em relação à classificação que a infra-estrutura conseguiu alcançar a nível da região e do continente, o administrador da Cornelder de Moçambique explica que o feito resulta do investimento em infra-estruturas, equipamentos, sistemas e pessoas.

“Para um terminal ser eficiente, é preciso investir em infra-estruturas e nós investimos na expansão do nosso parque de contentores, na armazenagem, na reabilitação dos cais, em guindastes modernos – parte deles consegue carregar dois contentores ao mesmo tempo e nas infra-estruturas de acesso para assegurar que os camiões podem entrar e sair o mais rápido possível”, explicou.

O Porto da Beira manuseia, actualmente, cerca de 300 mil contentores de carga por ano e projecta, a breve trecho, duplicar essa quantidade para cerca de 700 mil contentores manuseados por ano. Para Jan de Vries, o segredo está em investir em dois factores fundamentais: as pessoas e os sistemas.

“No nosso terminal de contentores, está tudo interligado. Nós temos cerca de 50 máquinas a circular no parque e tudo está interligado, através de um sistema informático. Cada contentor que circula no parque é registado automaticamente no sistema, onde os nossos profissionais de planificação conseguem optimizar o plano de embarque e, desta forma, ganhar eficiência.”

O ministro dos Transportes e Comunicações reagiu, hoje, à classificação do Banco Mundial, considerando o factor como um elemento que demonstra que os portos nacionais estão cada vez mais competitivos.

“Já há semanas, o Porto de Maputo tinha demonstrado ter sido o porto que conseguiu crescer mais que todos os portos de África. Temos aqui o crescimento acelerado e a eficiência dos portos, estando no topo da África Subsaariana”, disse Mateus Magala, avançando que “com o Porto de Nacala a ser reabilitado e, provavelmente, a ser inaugurado antes de Junho, nós pensamos que estão criadas as condições para Moçambique ser mais relevante e competitivo na região”.

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