Segundo o relatório sobre a dívida pública de 2023 elaborado pelo Ministério da Economia e Finanças de Moçambique, o Banco Mundial, através da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), detém 29% da dívida externa total do país, que ultrapassa os 10,2 mil milhões de dólares.
Após uma contracção de 3,2% em 2022, o stock nominal da dívida externa do governo aumentou 2,4% ao longo de 2023, principalmente devido aos desembolsos do FMI e do Japão. O relatório destaca que a dívida externa tem mostrado uma tendência de estabilização, não retornando aos níveis altos de 2021.
A China é o segundo maior credor, com 15% da dívida, seguida pelo FMI com 10%, e Portugal e Japão, ambos com 4%. O relatório menciona ainda que Moçambique emitiu Eurobonds “MOZAM 2032” no valor de 900 milhões de dólares, equivalente a 9% do total da dívida.
Em relação ao financiamento externo, o relatório observa que a dívida multilateral tem gerado fluxos líquidos positivos (aumento do stock), enquanto a dívida bilateral tem gerado fluxos líquidos negativos.
Na semana passada, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, destacou o papel de Moçambique como base do mercado de electricidade na África Austral e prometeu novas parcerias para impulsionar o sector energético nacional. Em 2023, o Banco Mundial aprovou um crédito de 300 milhões de dólares para o projecto “Mais Oportunidades”, que visa criar mais de 26 mil novos empregos até 2029.