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Rogério Zandamela reconduzido ao cargo de governador do BM

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reconduziu no cargo o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, anunciou a presidência.

“No uso das competências que lhe são conferidas [o Presidente da República], nomeou através de Despacho Presidencial Rogério Lucas Zandamela para o cargo de Governador do Banco de Moçambique”, lê-se no comunicado divulgado pela presidência, sem mais detalhes.

Passaram cinco anos desde que o chefe do Estado nomeou Zandamela para o lugar, em substituição de Ernesto Gove, que terminou o mandato em 31 de Agosto de 2016 após dez anos no posto.

Rogério Lucas Zandamela era até então funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI), desde 1988, tendo exercido sucessivamente as funções de representante-residente da instituição no Brasil e de chefe de Missão do FMI para Arménia, Costa Rica, Gâmbia, Guatemala, Libéria, Malásia, Nicarágua, Peru, Trinidad e Tobago e Zimbabwe, no Departamento de Mercados Monetários e de Capital.

O governador agora reconduzido chegou ao banco central meses depois de irromper o escândalo das dívidas não declaradas, agora em julgamento, num montante actualizado pelo Ministério Público para 2,7 mil milhões de dólares (172,1 mil milhões de meticais ao câmbio do dia).

O Banco de Moçambique interveio e conteve a acentuada derrapagem do metical que se seguiu, travando ao mesmo tempo a inflação galopante.

Durante os primeiros cinco anos de mandato de Zandamela, outros momentos marcantes passaram pela intervenção pública no Moza Banco, logo em 2016, entretanto vendido em 2018 à Kuhanha, entidade que gere o fundo de pensões dos trabalhadores do banco central.

No final de 2018, o governador enfrentou o ‘apagão’ de cinco dias das caixas automáticas por falta de pagamento à empresa gestora informática da rede e promoveu a implementação de uma solução alternativa.

Já este ano, o banco central interveio em Junho ao suspender o Standard Bank do Mercado Cambial Interbancário durante um mês, após detectar “infracções graves” com destaque para manipulação fraudulenta da taxa de câmbio.

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