“Sistema de Transferência e Liquidação Interbancária vai impulsionar o fluxo do comércio interno e internacional” indica AMB.

Dentre outros benefícios apontados  ao Sistema de Transferência e Liquidação Interbancária (RTGS)  é que a plataforma  permitirá melhorias na eficiência da actividade bancária por via da harmonização da gestão de liquidez e flexibilização das transacções financeiras e incremento da confiabilidade dos agentes económicos em relação ao sistema financeiro, tal como reconheceu o Presidente da Associação Moçambicana de Bancos (AMB), Teotónio Comiche.

“Por outro lado, tenderá a impulsionar o fluxo do comércio interno e internacional entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), bem como estimular a actividade económica da região que se encontra neste momento abaixo do seu potencial”. Acrescentou.

Comiche disse que não obstante os resultados até aqui alcançados, persistem ainda alguns desafios cuja superação exige forte empenho e colaboração de todos os participantes.

“A plataforma desafia as instituições para uma monitorização mais afincada das transacções em razão da materialidade e dos seus intervenientes, para a mitigação do risco de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa, num contexto onde decorrem esforços para ajustamento da legislação e procedimentos com vista a alinhá-los com as boas práticas internacionais no combate à utilização abusiva e indevida do sistema financeiro”, indicou.

Quanto á resiliência cibernética, Comiche desafiou os bancos a acompanharem permanentemente a evolução dos protocolos de segurança informática e de segregação dos processos de controlo transaccional através da implementação de projectos de arquitectura informática eficazes, a fim de evitar a exposição da indústria a risco de continuidade de negócio, com danos financeiros e reputacionais e incomensuráveis.

“Estas vulnerabilidades deverão ser mitigadas para impedir o acesso da base de dados ou de aceder às transacções e à sua edição indevida, o que sugere, em algumas situações, o investimento em infra-estruturas com ganhos de eficiência adequados. Decorre desses factos a necessidade de se prosseguir com o diálogo permanente já em curso entre o Banco de Moçambique e os bancos comerciais, organizados em grupo de trabalho para alinhamento de preocupações comuns dos membros da Associação Moçambicana de Bancos”.

Para o efeito, Comiche propõe a aceleração do processo de revisão da Lei do Sistema Nacional de Pagamentos, por forma a corresponder de forma eficaz ao aumento das transacções financeiras nacionais e internacionais, acompanhar os avanços tecnológicos significativos e sofisticação da oferta de produtos e serviços financeiros.