Domingo, Abril 28, 2024
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Syrah Resources poderá retomar actividade na mina de Balama

Segundo a agência, a China é o maior produtor de grafite do mundo e domina a refinação do material utilizado nas baterias dos veículos eléctricos e nos reactores nucleares.

A Syrah oferece uma das poucas opções não chinesas para quem procura o material através da sua mina em Moçambique, mas a empresa suspendeu a produção no início deste ano, quando os preços da grafite caíram, devido ao elevado “stock” no mercado e ao fraco crescimento das vendas de veículos eléctricos.

O director executivo da Syrah, Shaun Verner, disse esperar que a sua empresa possa voltar a produzir a totalidade da sua mina africana nos próximos meses, assim que os excedentes do inventário chinês de grafite começarem a desaparecer.

“A produção da China é, em grande parte, sazonal e a sua produção de Verão tende a terminar em Novembro”, disse, acrescentando que “a nossa forte opinião é que, no final do ano, a procura aumente porque não há oferta contínua das operações chinesas”.

Para o responsável, o domínio da China é o maior desafio no mercado da grafite, sendo que os Estados Unidos da América (EUA) e as nações aliadas estão a tentar reduzir a dependência do país asiático no fornecimento de materiais para baterias.

“Essa é também a maior oportunidade, devido à necessidade de diversificação do fornecimento por parte dos fabricantes de baterias e dos construtores de automóveis fora da China. Isso está a suscitar um enorme interesse na contratação de material produzido fora daquele país”, explicou.

A mina de grafite de Balama possui uma reserva de 110 mil toneladas daquele importante minério e tem uma vida útil de 50 anos para a exploração. A produção e a primeira exportação foi em Novembro de 2017.

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