O Governo de Moçambique recebeu ontem reafirmações de financiamento dos projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) na Bacia do Rovuma, até ao fim do ano, sendo quase certa a retoma da TotalEnergies.
Esta perspectiva foi enfatizada pelo ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, num encontro com os principais credores dos projectos do gás do Rovuma.
“A TotalEnergies está a envidar esforços diligentes para reiniciar o seu projecto antes do fim do ano, o que implica o desembolso de saques de financiamento do projecto”, diz Tonela nessa nota.
Tonela apresentou uma “visão geral e algumas das mais recentes percepções sobre a economia moçambicana”, realçando o contexto adverso das catástrofes climáticas, a pandemia, o terrorismo e o cenário financeiro global desfavorável dos últimos anos.
“Apesar dos muitos desafios ao longo dos últimos dois anos, o país tem vindo a retomar o seu crescimento económico. No ano passado, o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento retomaram o seu apoio ao Orçamento do Estado”, disse.
Segundo a Carta de Moçambique, Tonela frisou a implementação de medidas em curso para melhorar a gestão da dívida pública, as quais “estão a resultar numa melhor sustentabilidade fiscal e em esforços para melhorar a classificação de crédito do país”.
Entre o gás e a transiçcão energética
Depois, o governante falou concretamente sobre o gás e transição energética, tendo frisado que “o nício das exportações de gás natural da plataforma flutuante Coral Sul no ano passado marcou o início de uma nova era no sector e, com a iminente criação de um fundo soberano para investir estas receitas”.
Nesse domínio, Max Tonela mostrou-se “confiante de que Moçambique será capaz de contribuir para esta transição, ao mesmo tempo que capta as necessidades energéticas globais para o crescimento sócio-económico de uma forma sustentável.
A TotalEnergies é responsável de 25 por cento do Projecto de Gás Natural (GNL), na Área 1 da Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado. Esta é a maior percentagem de participações neste empreendimento, o que coloca a petrolífera francesa como o principal actor das operações.