Quinta-feira, Setembro 19, 2024
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Trabalhadores paralisam a Montepuez Rubi Mining

“Embora este grupo de trabalhadores não tenha seguido o processo sindical estabelecido para questões desta natureza, a MRM espera que, trabalhando com o sindicato reconhecido e as autoridades laborais estatais, se encontre uma solução para a situação em breve”, refere-se numa nota da empresa distribuída à comunicação social.

Segundo a MRM, citada pela Lusa, a paralisação, que interrompeu uma “série de atividades da empresa”, foi anunciada através de uma carta não assinada, divulgada pelos trabalhadores na segunda-feira.

“Esta acção unilateral de uma parte dos trabalhadores só beneficiou o sindicato de mineradores ilegais que opera na zona, uma vez que o mecanismo de protecção do projecto foi efectivamente desviado para a gestão da greve ilegal”, refere-se no documento, que acrescenta que a empresa informou as autoridades sobre a “greve ilegal”, tendo tomado providências para executar os serviços essenciais e proteger os funcionários residentes no acampamento, com o apoio da polícia.

“A perda de produção resultante da paralisação das operações pode afectar os resultados do próximo leilão de rubis, um dos principais impulsionadores de receitas e contribuições fiscais na província de Cabo Delgado”, acrescenta-se no documento.

Fontes que acompanham o caso disseram à Lusa que os trabalhadores voltaram hoje aos seus postos, mas as negociações com a empresa continuam.

A MRM possui cerca de 34 mil hectares de concessão para exploração de rubis em Cabo Delgado e apresenta-se como a principal investidora na extracção de rubis em Moçambique, sendo detida em 75% pelo grupo Gemfields e em 25% pela moçambicana Mwiriti Limitada.

Desde Janeiro de 2011, as vendas da Montepuez Ruby Mining representam 94% dos fluxos monetários do país relativos a esmeraldas, rubis e safiras, segundo a própria companhia.

 

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