Uma nova unidade de produção e processamento de banana no distrito de Moamba, província de Maputo, acaba de iniciar a exportação da sua produção, reforçando a posição de Moçambique na produção regional e na cadeia de abastecimento do produto.
Trata-se de uma propriedade da empresa Bananalândia Lda com equipamentos modernos para o plantio de bananeira.
A mesma ocupa uma área de 900 hectares e emprega mil trabalhadores. Representa um investimento da ordem de 20 milhões de dólares e tem capacidade de produção anual de 3,5 milhões de caixas para exportação.
Falando na cerimónia de inauguração, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, disse que a nova unidade vai permitir à empresa explorar mercados mais exigentes.
Segundo Celso Correia, o grupo Bananalândia já é referência na produção e exportação de banana em Moçambique. O ministro lembrou que, na última década, muito se tem feito para tornar Moçambique uma referência regional e continental na produção de banana, tendo produzido cerca de 600 mil toneladas em 2016, uma das melhores colheitas de todos os tempos.
A doença do Panamá (Foc TR4) e o vírus Banana Bunchy Top Virus (BBTV) causaram uma desaceleração da produção, levando o governo a introduzir variantes mais resistentes.
Em representação do governador da província de Maputo, Paulo Cossa fez notar que esta parte de Moçambique tinha, desde o início de 2000, registado um investimento significativo na produção de fruta, com destaque para a banana.
A actual produção de banana na província de Maputo ronda as 249.829 toneladas, numa área de cerca de 5.140 hectares. Destes, 4.719 hectares são administrados por empresas comerciais privadas, o restante por pequenos produtores, principalmente familiares.
A produção de banana contribui com 3,9 por cento do valor total da produção agrícola da província de Maputo.
A província tem 22 empresas privadas que plantam banana, nos distritos de Namaacha, Moamba, Boane, Manhiça e Marracuene, 80% das quais são exportadas para a África do Sul, Botswana e Reino de eSwathini.
Este setor é um dos maiores geradores de empregos diretos no setor agrícola, com uma média de 1,3 trabalhadores por hectare, o que significa cerca de 6.100 empregos diretos e 11.000 indiretos, totalizando cerca de 17.100 trabalhadores.