Quinta-feira, Setembro 19, 2024
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Participação da mulher na economia deve ser prioridade, diz Graça Machel

Para a activista social, Moçambique deu passos significativos de equidade no domínio político, ao referir-se, por exemplo, à posição de ser o terceiro país em África a alcançar a paridade de género, com 50 por cento de mulheres em cargos ministeriais.

No entanto, Machel entende que é preciso fazer mais para a inclusão da mulher no âmbito económico, pois o país sai a ganhar, considerando o papel de relevo que estas podem desempenhar para a cadeia de valor do sector extractivo  e de transformação, entre outras áreas.

“Como é que nós estamos, por exemplo, nas indústrias de manufactura, na agro-indústria? Outra coisa é nós termos empresas de mulheres que não só produzem e servem outras mulheres, mas que estejam na cadeia de valores, que é onde se produz e onde transforma-se”, afirmou Machel.

A presidente da FDC nota que o país ainda carece de estratégias que estimulem às mulheres a participar, devidamente, nos processos que ditam os destinos da economia moçambicana.

Lembrou que a maioria da população moçambicana são as mulheres e não faz sentido que elas estejam excluídas de posições e processos decisivos de domínio económico.

“Nós somos 52 por cento da população moçambicana, qualquer domínio da economia tem de ter uma mulher. Isso vai permitir que ela saiba como está a servir às outras e como está a responder aos seus direitos e suas necessidades”, explicou a activista.

Machel, que é uma das vozes femininas mais proeminentes em prol dos direitos humanos no país, das mulheres, especialmente, afirmou que dar espaço a 52 por cento da população significa garantir igualdade para todas.

Segundo disse, a conferência “Mulheres na Economia” que aconteceu pela primeira vez este ano, destaca-se por ser uma plataforma para debater e reflectir sobre soluções que podem tirar as mulheres da “marginalização, descriminação e exclusão em processos decisivos”.

No evento foram apresentados temas específicos sudivididos em quatro oficinas. Os debates giraram em torno de inclusão financeira, mulheres na indústria extractiva e energia, mulheres no sector informal, agrário, empreendedorismo, tecnologias e inovação.

Houve exposição de produtos como painéis solares, produtos feitos na base de material reciclado. À Lenna Bahule coube cantar para os partcipantes, cujos temas apelam para que a “Mulheres na Economia” seja uma agenda do topo.

 

 

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