Sexta-feira, Maio 17, 2024
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BRICS: Inflação entre causas que prejudicam África, Nyusi

Nyusi falava em Joanesburgo, na 15ª Cimeira do BRICS que, desde terça-feira, decorre na cidade sul-africana do Sandton, e conta com a presença de pelo menos 40 Chefes de Estado e de Governo.

Como primeiro factor, Nyusi explicou que apesar de haver indícios de uma trajectória de melhoria na maioria dos países ainda prevalecem factores negativos que amortecem a velocidade de crescimento nomeadamente a persistência da inflação em quase todo o mundo.

“Esta realidade implica o aumento do serviço da dívida e quebra das reservas extras com consequências na depreciação cambial”, disse.

O segundo aspecto crítico está relacionado com a transição energética e as mudanças climáticas. Com efeito, disse Nyusi, África tem um contributo insignificante nas emissões de carbono e é habitado por milhões de pessoas que ainda não têm acesso a energia.

Como terceiro factor, Nyusi aponta a industrialização por via da consolidação de cadeias de valor regionais de diversos produtos, tendo por base a edificação de infra-estruturas que liguem o continente africano para potenciar a zona de comércio livre continental.

“O processamento de produtos agrícolas e minerais estratégicos dos nossos países, combinando os recursos de vários países para ganhos de economia de escala e acesso a energia em condições viáveis onde Moçambique deverá desempenhar um papel importante face ao potencial da sua matriz e energética e localização geográfica estratégica”, disse.

Integram o BRICS o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O número deverá aumentar para 11 a partir de 1 de Janeiro do próximo ano com a inclusão da Argentina, Egipto, Etiópia, Irão, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU).

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