Domingo, Setembro 8, 2024
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Delegação Japonesa avalia impacto ambiental e social do Projecto Mphanda Nkuwa

O Governo do Japão, por meio da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), conduziu uma visita de trabalho à província de Tete, no centro de Moçambique, para avaliar a implementação dos planos ambientais e sociais relacionados ao projecto Mphanda Nkuwa. Durante a visita, a delegação japonesa interagiu com comunidades locais, autoridades e a equipe do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), discutindo os progressos e desafios do empreendimento.

Os principais tópicos discutidos incluíram a capacitação institucional, o desenvolvimento de um plano director e a possibilidade de formação técnica para profissionais moçambicanos no setor de energia. O Japão expressou sua disposição para coordenar esforços com a Electricidade de Moçambique (EDM) e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) para facilitar a construção da barragem.

O projecto Mphanda Nkuwa visa atender às crescentes demandas de energia do país, oferecendo oportunidades para mitigar as mudanças climáticas e preservar o meio-ambiente. Além disso, representa um investimento significativo em infra-estrutura de energia renovável, posicionando Moçambique como um ator-chave no sector e atraindo investimento nacional e estrangeiro.

Prevê-se que a construção da barragem leve cinco anos e comece a operar em 2031, com um custo estimado de 4,5 mil milhões de euros. O projecto inclui o desenvolvimento de uma barragem a fio de água no rio Zambeze, uma central hidroeléctrica com capacidade de até 1500 Megawatts e uma linha de transmissão de alta tensão de Tete a Maputo, totalizando cerca de 1300 quilómetros.

Em Dezembro passado, o governo moçambicano e um consórcio liderado pela Electricidade de França (EDF) assinaram acordos para a implementação do projecto. O consórcio internacional, que também inclui a TotalEnergies da França e a Sumitomo Corporation do Japão, detém 70% da hidroeléctrica, enquanto a HCB e a EDM detêm os 30% restantes em nome do Estado moçambicano.

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