Quinta-feira, Setembro 19, 2024
spot_img

Moçambique e Brasil firmam acordo para impulsionar biocombustíveis e desenvolvimento económico

Durante o Fórum Biodiesel realizado esta semana em São Paulo, Brasil, Moçambique e Brasil deram um passo significativo no sentido do desenvolvimento conjunto de biocombustíveis ao assinarem um memorando de entendimento (MoU). O evento, centrado no tema “Tecnologia e Inovação”, foi descrito como um marco importante na cooperação entre os dois países.

O MoU foi formalizado entre a União Brasileira dos Produtores de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e o Gabinete do Pacote de Estímulo Económico (PAE) de Moçambique, representado por João Macaringue, conforme divulgado pelo Further Africa. Este acordo reforça a medida 10 do pacote do país, que estabelece a obrigatoriedade da mistura de combustíveis importados com biocombustíveis.

Com o Brasil liderando o mercado mundial de biocombustíveis, sustentado por vastos recursos agrícolas e políticas governamentais favoráveis, a parceria entre os dois países é estratégica. O Brasil se destaca como principal produtor global de etanol e biodiesel, beneficiando-se de tecnologia avançada, elevados investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e uma forte procura interna e externa.

Moçambique, com condições climáticas, geográficas e de uso da terra semelhantes às do Brasil, é considerado um parceiro ideal para essa iniciativa. A parceria visa promover o desenvolvimento e a adoção de biocombustíveis, alinhando-se com as metas de transição energética de Moçambique apresentadas na COP 28.

Prevê-se que o MoU atraia investimentos substanciais do Brasil para Moçambique, impulsionando a pesquisa, o desenvolvimento e a capacidade produtiva no setor dos biocombustíveis. Este influxo de capital representa uma oportunidade promissora para investidores, potencialmente aumentando a lucratividade das empresas de biocombustíveis e valorizando as suas ações. Além disso, o acordo deverá criar empregos em Moçambique, especialmente na indústria de biocombustíveis, com o suporte e a expertise do setor privado brasileiro. A expansão de fábricas e instalações exigirá mão-de-obra qualificada, impulsionando o crescimento económico nas áreas envolvidas.

Entrevistas Relacionadas

Lucros da Eni suplantam estimativas com ajuda do gás do Rovuma

O lucro do segundo trimestre da petroquímica italiana Eni...

O Export-Import Bank dos EUA está de olho no investimento em outro projecto de GNL em Moçambique

O Banco de Exportação-Importação dos EUA está a considerar...

Venda de participação na área 4: Galp redefine estratégia de investimento

A Galp anunciou a venda da sua participação de...

Produção de gás em Búzi prevista para final de 2026, revela ENH

A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) anunciou que a...