O gigante italiano da energia ENI vai começar a bombear gás natural liquefeito ao largo da costa do norte de Moçambique no primeiro semestre do próximo ano, anunciou o governo.
O anúncio veio depois do chefe executivo da ENI, Claudio Descalzi, ter se encontrado com o presidente Filipe Nyusi em Maputo para discutir o projecto.
Segundo o Ministro dos Recursos Minerais e Energia Max Tonela, a perfuração offshore no projecto Coral Sul foi concluída na semana passada.
“Espera-se que a construção da plataforma seja finalizada este ano, pelo que as perspectivas são positivas de que, no final do primeiro semestre de 2022, Moçambique começará a produzir e exportar GNL”, disse Tonela.
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O projecto ENI está localizado ao largo da província de Cabo Delgado, amortecendo-o da insurreição islamista de quatro anos que matou mais de 3.400 pessoas e deslocou cerca de 800.000 outras.
Em Março, militantes lançaram um ataque ao centro de gás e à cidade costeira de Palma, impedindo a construção de um projecto de gás natural liquefeito de 20 mil milhões de dólares liderado pelo grupo francês TotalEnergies.
Descalzi disse que o projecto ENI foi o primeiro “a produzir as grandes reservas de gás que descobrimos em Moçambique”.
Todo o gás no local será vendido à BP britânica.