O Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique (CPMO) anunciou, a redução da taxa de juro de política monetária (MIMO) de 17,25% para 16,50%. Esta decisão reflete a perspectiva de manutenção da inflação em um dígito no médio prazo, assim como uma avaliação mais favorável dos riscos e incertezas associados às projecções da inflação.
O governador do banco central, Rogério Lucas Zandamela, já havia indicado a possibilidade de ajustar a política monetária devido à contenção no aumento dos preços, conforme carta enviada ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A inflação em Moçambique voltou ao centro da meta, o que leva o Banco de Moçambique a monitorar cuidadosamente a necessidade de ajustar a política monetária para manter a estabilidade de preços.
A redução da taxa de juro de política monetária é uma medida que visa contribuir para a consolidação orçamental, a redução das necessidades de financiamento e o controle das vulnerabilidades da dívida pública. O FMI também avaliou positivamente a política monetária, considerando-a justificada dada a consolidação fiscal em curso e o fraco crescimento do sector não mineiro.
O contexto internacional, com volatilidade nos mercados financeiros, e a trajectória de desaceleração da inflação em Moçambique são elementos que continuam a exigir uma actuação prudente da política monetária. Neste sentido, a política monetária permanece restritiva, com a taxa de juro de política monetária fixada em 17,25% até o momento. Adicionalmente, o Banco de Moçambique aumentou os coeficientes de reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional e estrangeira para lidar com o excesso de liquidez no sistema bancário.
A redução da taxa de juro de política monetária é um sinal positivo para a economia moçambicana, indicando uma perspectiva favorável para a estabilidade de preços e o desenvolvimento económico sustentável do país.