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Cabo delgado: estabilização da segurança permite retoma de projectos

A estabilização da situação de segurança na província de Cabo Delgado abre boas perspectivas para o país nos próximos anos e permite o reinício dos grandes projectos de exploração de recursos naturais.

Esta afirmação foi feita semana finda, em Maputo, por Pablo Lopez-Murphy, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), no final da visita de trabalho a Moçambique, no quadro da terceira revisão do acordo de Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em Inglês).

Lopez-Murphy afirmou que o FMI dispõe de informação de que a situação de segurança nos distritos que acolhem os empreendimentos de exploração de Gás Natural Liquefeito (GNL) está a melhorar.

“Eu não ficaria surpreso se os grandes projectos que estão em andamento fossem reiniciados em breve. Pensamos que o futuro de Moçambique é brilhante e que haverá muitas oportunidades de investimento e de negócio”, disse.

Como tudo iniciou

Os ataques armados em Cabo Delgado iniciaram em finais de 2017, quando os insurgentes introduziram em aldeias de alguns distritos da província do Norte de Moçambique.

Na altura, a primeira ofensiva aconteceu num posto de controlo da Polícia, na aldeia Awasse, há cerca de 40 quilómetros da vila de Mocímboa da Praia.

Num curto espaço de tempo, os insurgentes assaltaram a esquadra distrital da PRM, depois o quartel das Forças de Defesa e Segurança e, mais tarde, a cadeia distrital onde foram soltos quase todos os prisioneiros.

Depois desses episódios sucederam-se mais ataques até que no início de 2021, os insurgentes irromperam em aldeias do distrito de Palma e abriram fogo contra residências, instituições públicas, instalações turísticas.

A situação levou a que Governo decretasse estado de calamidade, devido ao recrudescimento da violência armada,que provocou uma das maiores crises humanitárias pó-independência.

No dia 25 de Abril do mesmo ano, a TotalEnergies, líder do Projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Bacia do Rovuma anunciaa retirada do seu pessoal e interrupção das suas actividades na península de Afungi. A petrolífera francesa designou o motivo da decisão como Força Maior.

Porém, actualmente, a situação está a ser controlada e a tranquilidade começa a despontar. A intervenção militar cujunta entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS), da SADC e do Ruanda está a dar resultados e as certezas cada vez mais presentes.

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