O director do projecto Mphanda Nkuwa, Carlos Yum, compartilhou durante uma palestra na Universidade Pedagógica (UP-Maputo) as expectativas em relação ao início das operações da hidroeléctrica, projectada para 2031.
Yum explicou que o projecto requer entre cinco e seis anos para construção, envolvendo a instalação da central hidroeléctrica e a linha de transmissão de alta tensão, com extensão entre Tete e Maputo, abrangendo 1350 a 1400 quilómetros.
O Director, enfatizou que o país está em processo de finalização do financiamento para o projecto até o final do ano, evidenciando o forte interesse de várias instituições financeiras de desenvolvimento em participar.
Do montante total de cinco bilhões de dólares necessários para a construção, 1,3 bilhão será fornecido pelo consórcio responsável pelo empreendimento, com o restante a ser assegurado por instituições financeiras, prevendo-se a conclusão do financiamento até o final de 2023.
Yum destacou que a hidroeléctrica, alimentada por fonte renovável, será crucial para a estratégia de transição energética do país, observando que questões de sustentabilidade ambiental, social, económica e financeira estão sendo cuidadosamente consideradas.
A infra-estrutura não só contribuirá para a inclusão energética nacional, mas também reforçará a posição de Moçambique como grande exportador de energia na região da África Austral.
Apesar do novo projecto, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) continuará sendo a maior do país, com capacidade de produção actual de 2075 MegaWatts.
O Governo moçambicano, em parceria com um consórcio liderado pela Electricidade de França (EDF), avança com os preparativos para a implementação deste projecto, é crucial para o crescimento do energético de Moçambique.