A visita de Celso Correia a Roma prossegue com encontros no Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), no Programa Alimentar Mundial (PAM) e no Ministério da Agricultura italiano.
Após o encontro de ontem com Qu Dongyu, o ministro Correia manifestou a sua satisfação pelo trabalho desenvolvido, que serviu também para partilhar com o seu anfitrião aspectos técnicos sobre a situação das cheias.
O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, por sua vez, pediu esclarecimentos sobre a situação das inundações, e disse que é preciso buscar soluções em nível global para o atual desequilíbrio hídrico, pois enquanto algumas áreas sofrem com a escassez, outras sofrem inundações.
“É preciso infraestrutura, como barragens, que podem servir para mitigar esses problemas”, afirmou.
O ministro Correia destacou o grande esforço que Moçambique está a fazer para se tornar um país sustentável a nível agrícola, apostando na transferência de tecnologia, com o apoio de parceiros.
Segundo o ministro, há boas perspectivas de intensificar e melhorar ainda mais a coordenação.
A questão das sementes também foi abordada. Segundo o ministro, a resposta deve ser imediata, com acesso gratuito às sementes para a população, principalmente neste momento.
“A disponibilidade de sementes para a segunda safra de hortaliças permitirá que as famílias tenham sementes assim que as águas baixarem.
Já estamos a mapear as áreas mais afetadas, mas temos de esperar até ao final do ciclo e intervir de acordo com as nossas capacidades, mobilizando todos os parceiros para o efeito”, disse.
Ainda reagindo às recentes cheias no país, o ministro lamentou a perda de vidas humanas, e destacou a necessidade de melhoria contínua da capacidade de resposta agrícola do país.
“Estamos fazendo de tudo para garantir o fornecimento de sementes em tempo hábil, porque o ciclo de resposta é muito curto. Temos 30 dias para semear milho de ciclo curto e sementes de hortícolas para mitigar o impacto das cheias”, sublinhou Correia.