Durante a actual Conferência do Agro-negócio, que chega ao seu fim hoje, destacou-se a urgência de uma mudança de atitude e um aumento significativo nos investimentos em países terceiros. Essas medidas visam fortalecer principalmente o controle nas fronteiras, um tema crítico debatido pelos participantes.
Um dos pontos salientes discutidos na conferência é a limitação das entidades fiscalizadoras, em sua capacidade técnica. O consenso é que, embora existam regulamentações, a execução e o monitoramento enfrentam desafios substanciais.
A preocupação central que emerge é a presença generalizada de produtos não fortificados no mercado. Os participantes ressaltaram a falta de meios técnicos e equipamentos adequados por parte da entidade fiscalizadora para conduzir testes rápidos. Essa limitação coloca em xeque a capacidade de realizar apreensões de produtos que alegadamente não atendem aos padrões de fortificação, gerando uma lacuna entre a regulamentação e a efectiva fiscalização.
Os empresários presentes na conferência enfatizaram que, embora as instruções de fiscalização sejam claras, a falta de equipamentos apropriados para realizar testes rápidos prejudica a aplicação efectiva das regulamentações. A incapacidade de provar que um produto não é fortificado, mesmo quando alegações falsas são evidentes nas embalagens, torna a fiscalização um desafio substancial.
Nesse contexto, os participantes destacaram a importância dos programas de fortificação, ressaltando que beneficiam não apenas a população local, que consome produtos fortificados, mas também a integridade dos produtos importados. A ênfase recai sobre a necessidade de alinhar os interesses dos consumidores e dos produtores, garantindo a conformidade com os padrões estabelecidos.
Concluindo, a conferência evidenciou a necessidade premente de superar os desafios enfrentados na fiscalização de produtos, particularmente aqueles relacionados à fortificação. A busca por soluções eficazes e investimentos em recursos técnicos surge como um consenso para garantir a conformidade e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado, beneficiando não apenas a população local, mas também a credibilidade dos produtos importados.
Organizado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) em colaboração com a Scaling UP Nutrition e a Rede de Empresas para a Expansão da Nutrição – SBNMOZ, o evento proporcionou uma plataforma valiosa para repensar soluções para a sustentabilidade e competitividade dos sistemas alimentares pela nutrição em Mocambique, reunindo profissionais e especialistas do sector.