O consórcio escolhido terá uma participação de 70% no projecto, enquanto as empresas públicas Electricidade de Moçambique (EDM) e Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) dividirão os 30% restantes.
Em relação à distribuição das participações no consórcio composto por quatro empresas, os percentuais ficam da seguinte forma: TotalEnergies com 30%, Electricidade de França com 40%, Sumitomo Corporation e Kansai com 15% cada.
Rute Rangeiro, representante da EDM, explicou como ocorreu o processo de selecção: “A escolha resultou da avaliação das propostas técnicas, económicas e financeiras, validadas pelo Comité presidido pelo MIREME, composto pela EDM, HCB, Ministério da Terra e Ambiente, Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social e Banco de Moçambique”. Acrescentou ainda que “o processo de qualificação e selecção teve início em junho de 2022”.
Em 10 de março, encerrou-se o prazo para a apresentação das propostas, sendo que dois grupos concorreram: o consórcio liderado pela ETC Holdings, composto pela ZESCO Limited, a CECOT (subsidiária da Mota-Engil) e a PetroSA (subsidiária do Fundo Central de Energia da África do Sul), e o consórcio formado pela Électricité de France (EDF), TotalEnergies, Sumitomo Corporation e Kansai.
Rute Rangeiro esclareceu: “As propostas deveriam conter, entre outros elementos, informações sobre capacidade técnica, solidez financeira e experiência internacional no desenvolvimento de projetos hidroelétricos, bem como um plano de desenvolvimento e financiamento, levando em consideração o investimento necessário, além de uma garantia de dez milhões de dólares americanos de cada concorrente”.
Após a notificação do concorrente preferencial, serão iniciadas as negociações para o acordo de implementação do projecto, seguindo os termos estabelecidos no caderno de encargos, que são pré-requisitos para se tornar um parceiro estratégico. Nesta fase, além do concorrente preferencial, o consórcio liderado pela ETC Holdings foi indicado como concorrente de reserva.