O Indicador do Clima Económico (ICE) prolongou a tendência decrescente que vem registando desde o primeiro trimestre de 2021. Segundo a recente publicação do Instituto Nacional de Estatística (INE), comparado com os anos anteriores, o perfil do ICE registado no trimestre de referência, apresenta-se ligeiramente acima do verificado no trimestre homólogo de 2020.
De acordo com os dados do INE, em termos sectoriais, a conjuntura desfavorável da economia no terceiro trimestre de 2021 decorreu da apreciação negativa dos agentes dos sectores de produção industrial e de serviços (que incluem os de transportes, alojamento e restauração, construção e dos outros serviços não-financeiros), facto que permitiu suplantar o de comércio que registou um incremento substancial no período em análise.
A análise do INE indica que a procura futura prolongou a quebra no terceiro trimestre, ou seja, o indicador continuou a deteriorar-se no terceiro trimestre de 2021, apesar da ligeira diferença de saldo de respostas relativamente ao trimestre anterior, bem como o nível mais baixo da sua série temporal dos últimos quatro trimestres. Essa perspectiva desfavorável no trimestre em análise decorreu da avaliação pessimista do indicador nos sectores da produção industrial e de serviços, contrariando o sector do comércio que se apreciou positivamente face ao trimestre anterior.
Quanto ao emprego, o INE indica que, no período em análise, o mesmo continuou em queda, isto é, registou uma diminuição acentuada, se comparado com o trimestre anterior, facto que acontece pelo terceiro trimestre consecutivo, tendo o seu saldo atingido o nível mais baixo da respectiva série temporal.
Já os preços subiram de forma ténue no terceiro trimestre face ao anterior, tendo-se o seu saldo situado acima do observado no mesmo trimestre de 2020. A subida dos preços futuros no III trimestre foi impulsionada pelas opiniões inflacionistas vinculadas a todas as actividades alvos do inquérito com maior destaque para a produção industrial.