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Moçambique busca do Quénia experiências no transporte e servicos financeiros

Moçambique quer ver replicadas experiências de desenvolvimento de transportes e inovação de serviços financeiros digitais, entre outras potencialidades do Quénia no país. O repto é do Presidente da República, Filipe Nyusi, que falava, na sexta-feira, durante o Fórum de Negócios Moçambique-Quénia, na cidade de Maputo.

Mesmo ciente de que há várias oportunidades que os dois países podem explorar no âmbito do seu desenvolvimneto económico, Nyusi orientou a sua atenção para determinadas áreas que as considera pontuais.

O dirigente entende que os serviços financeiros, o transporte, turismo e agricultura são, no momento, as áreas prioritárias que devem dominar as relações das duas nações.

Para Filipe Nyusi, nestes aspectos, o Quénia já deu grandes passos, tendo conseguido construir sistemas robustos que servem de amostra para  Moçambique, no sentido de os replicar a bem do desenvolvimento local.

“Os serviços financeiros, onde a inovação do Quénia com a moeda electrónica, por via da telefonia móvel se expandiu para vários países, mas que se apresentam outros segmentos como os serviços financeiros de corretagem para o desenvolvimento da Bolsa de Valores e novos instrumentos de financiamento, como Fundos de Investimento e o Private Equity, com cariz de capital de risco para alavancar Pequenas e Médias Empresas com potencial de crescimento”, exemplicou  o governante.

No tocante à logística e transportes, Nyusi apontou que é crucial que Moçambique capitalize o desenvolvimento de relações comerciais com a cidade portuária de Mombaça. Mas também falou de outras intenções em transportes com o Quénia.

“O desenvolvimento de linhas no sentido vertical “Norte-Sul”, passando por Tanzania, ligando, dessa forma, vários actores e agentes económicos nas cadeias de valor que devem ser integradas nas nossas economias”, afirmou o Chefe do Estado.

Sobre a agricultura, Nyusi refere que o país tem muito a oferecer ao Quénia, podendo este fazer investimentos atinentes ao fomento do agroprocessamento de várias culturas de que o país dispõe ou tem potencial de produzir, como o chá, cana de açúcar ou a banana.

Na ocasião, o Presidente do Quénia, William Ruto, apontou para a vulnerabilidade que todos os investimentos estão sujeitos com a crise climática que arrasa Moçambique, inclusive ao Quénia, o continente e o mundo, em geral.

Nesse sentido, Ruto, sugere a criação de um banco verde africano, como um mecanismo capaz de responder ao deficit de financiamento às soluções que visam reduzir os impactos da crise climática.

“Sendo financiado por impostos verdes aplicados na economia global, o banco verde permitirá libertar mais fundos alocados às mudanças climáticas e reduzir o peso do endividamento dos países em desenvolvimento”, explicou o dirigente queniano.

O Fórum de Negócios Moçambique-Quénia decorreu no contexto da visita de dois dias do Presidente queniano. A delegação queniana, para além de membros do governo do Quénia, foi acompanhada por mais de 20 empresários, que puderam estreitar relações com o empresariado nacional.

 

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