O Fundo Nacional de Energia (FUNAE) enfatizou a necessidade de maior participação do sector privado na expansão da oferta energética por meio de pequenas redes, que actualmente representam 7% da rede eléctrica do país.
“O quadro regulatório foi ajustado para permitir que o sector privado apoie esse processo de expansão da rede por meio das mini-redes”, declarou Isália Munguambe, presidente do FUNAE, à Lusa, durante a reunião do Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, no distrito do Mossuril, na província de Nampula.
Moçambique possui uma cobertura de rede de energia de 54%, dos quais 7% são representados por pequenas redes autónomas, que funcionam principalmente com energia renovável e são uma alternativa em áreas rurais não alcançadas pela rede nacional.
Para fortalecer a capacidade desses sistemas alternativos à rede nacional, o FUNAE elaborou o Plano de Electrificação Fora da Rede, que abrirá em breve concursos para a entrada de financiamento do sector privado.
“O plano visa promover o investimento do sector privado nesse tipo de rede. A participação dos parceiros nesses projectos ajuda a reduzir a necessidade de investimento por parte do Estado”, enfatizou.
Segundo dados oficiais, o país, que visa alcançar o acesso universal à energia até 2030, possui um total de 97 pequenas redes espalhadas principalmente em áreas rurais, complementando a rede eléctrica nacional.
Sob o lema “Por uma transformação e uso local dos recursos minerais e energéticos para o desenvolvimento sustentável”, o encontro do conselho coordenador em Nampula encerrou após dois dias de reuniões entre vários quadros do Ministério dos Recursos Minerais e Energia e presidentes de diversas empresas públicas.