Moçambique está a intensificar os esforços para combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, através da implementação de um programa de formação intensiva. O programa, que teve início no dia 25 e decorrerá até 28 de Março, na cidade da Beira, centro do país, reúne autoridades policiais, reguladores e instituições não financeiras.
A iniciativa faz parte da estratégia mais ampla de Moçambique para sair da lista cinzenta do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) e cumprir as normas globais de conformidade financeira. O objectivo é reforçar as defesas do país contra o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição maciça.
Marina Macamo, porta-voz do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção, destacou a importância da formação para reforçar as capacidades internas de Moçambique no combate aos crimes financeiros. Ela enfatizou a necessidade de reforçar o sistema financeiro nacional para prevenir e combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo, bem como para fornecer formação sobre a Avaliação Nacional de Risco (ANR).
A inclusão na lista cinzenta do GAFI pode afectar as relações financeiras internacionais e o desenvolvimento económico de qualquer nação, por isso, a participação neste programa é vista como um passo crucial para remover Moçambique desta lista e fortalecer a posição do país no combate aos crimes financeiros.