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Moçambique na Cimeira do Novo Pacto de Financiamento Global

O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, vai participar de 22 a 23 de Junho na Cimeira de Paris para um Novo Pacto Global de Financiamento, em França, em representação do Presidente da República Filipe Nyusi.

O principal objectivo do evento é o estabelecimento e aprovação de um novo Acordo Financeiro Global, proposto pelo governo francês. A cimeira intitula-se: “Cúpula de Paris para um Novo Pacto de Financiamento Global”.

O objectivo desta cúpula é enfrentar simultaneamente os desafios da mudança climática, proteção da biodiversidade e luta contra a desigualdade, a fim de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Adriano Maleiane vai falar num dos seis painéis da cimeira relativos à dívida dos países em desenvolvimento, para além de realizar algumas reuniões à margem deste evento.

A cimeira é co-organizada pela França e Índia, sendo que esta última detém, este ano, a presidência do Grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo (G20). O secretário-geral das Nações Unidas também vai participar deste encontro na capital francesa.

Também estarão presentes Olaf Scholz, Chanceler da Alemanha; Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia; e Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados. Este último lidera a Iniciativa Bridgetown, destinada a facilitar o acesso ao financiamento internacional para os países mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas.

Desenvolvimento Humano na agenda

A cimeira ocorre num contexto internacional único. É que em 2022, as Nações Unidas observaram uma reversão do desenvolvimento humano em nove entre dez países em todo o mundo, originada, principalmente, por uma diminuição na expectativa de vida e aumento da pobreza.

A pandemia da COVID-19 e o conflito na Ucrânia, com as suas consequências, reduziram, significativamente, o rendimento de muitos países, afectando a sua capacidade de financiar o acesso das suas populações aos serviços sociais básicos.

Os países do Sul Global, que poluem menos que o resto do mundo, são os mais ameaçados pela crise climática. Em 2022, os desastres naturais custaram mais de 300 milhões dólares, um enorme fardo em suas economias.

Como resultado, a “grande divisão financeira” continua a aumentar, deixando os países do Sul Global mais sensíveis a choques.

Os países em desenvolvimento carecem dos recursos urgentemente necessários para investir na recuperação, na acção climática e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Essa situação os deixa ainda mais atrasados ​​no caso da próxima crise e ainda menos propensos a se beneficiar de futuras transições, incluindo a verde

Todos estes factos estarão na mesa de dabates, na iniciativa de se encontrar fórmulas capazes de reverter o cenário e garantir a sustentabilidade dos países e suas populações.

 

 

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