Moçambique confirmou sua participação na 7.ª edição do Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF), agendado para Fevereiro de 2024 na Argélia, anunciou nesta Segunda-feira, 18 de Dezembro, o jornal económico e empresarial peruano, Gestión.
O GECF é uma organização intergovernamental composta por países-membros que representam impressionantes 70% das reservas globais comprovadas de gás. Entre os membros plenos estão nações como Argélia, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Bolívia, Egito, Guiné Equatorial, Irã, Líbia, Nigéria, Qatar, Trindade e Tobago, Angola, Azerbaijão, Iraque, Malásia, Mauritânia, Moçambique, Noruega e Peru.
Durante o evento, está programada a inauguração da sede do Instituto de Investigação de Gás (GRI) do GECF, que será hospedada e dirigida pela Argélia. Além disso, a notícia destaca que serão assinados memorandos de entendimento entre os membros do GECF e organizações internacionais e regionais relevantes.
Moçambique, conhecido por suas vastas reservas de gás natural na bacia do Rovuma, terá a oportunidade de apresentar três projectos de desenvolvimento, aprovados durante o fórum. Essas reservas, classificadas entre as maiores do mundo, estão localizadas ao largo da costa da província de Cabo Delgado.
Dois dos projectos de maior envergadura visam canalizar o gás do fundo do mar para terra, onde será arrefecido em uma fábrica para posterior exportação por via marítima em estado líquido. Um deles é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1), cujas obras foram temporariamente suspensas após o ataque a Palma, em Março de 2021. A energética francesa declarou que retomará os trabalhos apenas quando a zona for segura. O segundo projecto, ainda sem anúncio oficial, é liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).
Um terceiro projecto de menor escala, pertencente ao consórcio da Área 4, já foi concluído. Este consiste em uma plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação directa no mar, iniciando suas operações em Novembro de 2022.