Segunda-feira, Junho 16, 2025
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Banco central adota nova estratégia de inclusão financeira

Os clientes de instituições de crédito já podem ter acesso a empréstimos, sem necessariamente apresentarem a sua casa como garantia de pagamento.

A informação foi dada pelo governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, que falava na segunda-feira, durante a abertura do 47º Conselho Consultivo do banco, evento realizado na cidade da Beira. Com o instrumento, pretende-se aumentar os níveis de inclusão financeira no país.

Segundo o governador do Banco de Moçambique, a iniciativa permitirá a quem tem mobílias de escritório, por exemplo, ou participações, títulos de crédito a usar para aceder ao crédito quando precisar.

O instrumento é parte da estratégia de inclusão financeira do banco central.

Zandamela, explicou ainda o recém-criado número de identificação bancária que cada um dos clientes dos bancos passa a ter, em linha com as melhores práticas a nível internacional, como forma de combater o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo, que, segundo disse, vem resolver um problema crónico que existia no sistema financeiro nacional.

Fazendo uma breve resenha do desempenho da economia nos primeiros 10 meses do ano em curso, bem como as perspetivas macro-económicas para o próximo ano, o governador do banco central referiu que o sistema financeiro nacional continua sólido, apesar de existir “crédito malparado extremamente elevado” no país.

Foi nesse contexto de dívidas não pagas à banca que, em Setembro deste ano, com as perspetivas de elevação da inflação, o Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique decidiu elevar a taxa de juro de política monetária (MIMO) pela segunda vez este ano em 200 pontos base, para os atuais 17,25 por cento.

Segundo o regulador do sistema financeiro, o custo de vida poderá continuar alto nos próximos meses, devido à repassagem do recente ajustamento dos preços dos combustíveis para os preços dos outros bens e serviços.

Rogério Zandamela lembrou ainda que, até à primeira metade do ano, o país registou melhorias na actividade económica, com uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto real na ordem de 4,6 por cento, após um modesto crescimento de 2,1 por cento em igual período de 2021.

 

BAfD aposta no financiamento de Energias Renováveis em Moçambique

Os recursos do Fundo de Energia Sustentável para África (SEFA), administrado pelo Banco, serão utilizados para a implementação do Programa de Integração de Energias Renováveis ​​de Moçambique (MREP).

“Com o apoio do Fundo de Energia Sustentável para África, a capacidade de Moçambique para integrar maiores quotas de renováveis vadeáveis irá aumentar, reforçando os esforços de Moçambique para se tornar um grande fornecedor regional de eletricidade”, afirmou Daniel Schroth, Director de Energias Renováveis ​​e Eficiência Energética do BAfD.

“Tendo em consideração que Moçambique é um país muito vulnerável às alterações climáticas, o projecto ajudará a construir uma infra-estrutura de geração de energia mais sustentável e resiliente”, acrescentou.

Este financiamento destina-se, essencialmente, a prestar assistência à Eletricidade de Moçambique (EDM) em quatro componentes principais: apoio financeiro para estudos de viabilidade técnica, económica, ambiental e social para o desenvolvimento de uma central solar flutuante na albufeira de Chicamba; apoio financeiro para um estudo de viabilidade para Armazenamento de Sistemas de Bateria de Energia em até 10 locais em Moçambique; qualificação do pessoal da EDM; e apoio à preparação de propostas.

“Estamos muito entusiasmados com o lançamento das actividades no âmbito do Fundo de Energia Sustentável para África em Moçambique, em conjunto com projectos estratégicos e inovadores, e que irão contribuir para a diversificação da matriz energética, bem como para o desenvolvimento de um estudo sobre as necessidades de armazenamento, que permitirá o desenvolvimento de mais projectos de energia renovável”, disse Marcelino Gildo Alberto, Presidente da EDM, a beneficiária.

O financiamento será usado, igualmente, para a elaboração de estudos que visam aumentar a participação da produção variável de energia renovável no mix energético de Moçambique e de estudos de viabilidade para o desenvolvimento de energia solar fotovoltaica flutuante, bem como auditorias financeiras sobre a assistência técnica concedida.

A iniciativa visa desbloquear 100 mil milhões de USD em capital público e privado e enfrentar, simultaneamente, três problemas humanos profundos: atingir mil milhões de pessoas com energias renováveis fiáveis; evitar quatro mil milhões de toneladas de emissões de carbono; e construir uma rampa de acesso às oportunidades através da criação, viabilização ou melhoria de 150 milhões de empregos.

O Banco Mundial desbloqueou 31,7 mil milhões de USD em 2022, para ajudar os países a lidarem com as alterações climáticas, o que representa um aumento de 19% em relação aos 26,6 mil milhões de dólares atingidos no ano anterior.

Fonte: BAfD

Nuno Quelhas- Vodacom passa de empresa de telecomunicações para empresa digital

Segundo o Nuno Quelhas  a Vodacom pretende proporcionar aos clientes e aos Moçambicanos no geral, produtos e serviços dotados de tecnologia de ponta e experiencias cada vez mais inovadoras.

A nova loja chega numa fase de transição da empresa de telecomunicações, para empresa digital.

O PCA avançou ainda que a aposta da Vodacom é ligar  as pessoas a rede de comunicação de qualidade, por esta razão a vodacom tem se empenhado para estender a sua rede para vários lugares com o principal destaque para as zonas rurais.

Até 2025 a Vodacom pretende atingir 25 milhões de Moçambicanos em todo o país, abrindo espaço para que mais pessoas possam se beneficiar dos serviços de telefonia móvel e aumentar a inclusão nos serviços financeiros e digitais.

Nuno defende que o objetivo da Vodacom é continuar a ser um dos membros ativos para o desenvolvimento do país.

A Vodacom Inaugura mais uma agência em Maputo

 

Uma infraestrutura moderna, que reflete a imagem da marca. Com a nova loja a Vodacom pretende demonstrar as suas mais recentes tecnologias e as soluções mais avançadas aos clientes individuais e empresas.

O serviço de banca móvel o M-pesa, conta com uma zona de serviço dedicada e altamente visível.

Com a nova loja, a Vodacom pretende igualmente prestar assistência aos clientes Vodacom Business numa secção designada para o efeito.

Os visitantes da nova loja irão, igualmente, disfrutar da zona digital, que inclui a realidade virtual o E-gaming e uma coleção  de soluções lOT.

A inauguração da loja, contou com a presença especial do PCA da Vodacom (Nuno Quelhas) e com a presença do Secretario do estado da cidade de Maputo (Vicente Joaquim) em representação do governo e ambos não esconderam a sua satisfação diante da nova conquista.

 

Taxa De Cambio (03 De Novembro De 2022)

 

Moeda                Compra               Venda

Euro                   62.04                   63.27

USD                   63.24                    64.5

ZAR                    3.46                     3.53

 

 

 

A crise energética no mundo gera oportunidades para Moçambique

Segundo o Instituto Nacional de Petróleo,  Moçambique detém um potencial considerável em recursos energéticos, por isso acredita-se que o pais pode tornar-se num dos principais geradores de energia limpa com a crise energética a que se assiste no mundo.

O responsável pela administração e promoção das operações petrolíferas a nível nacional sustenta que o país se encontra numa localização privilegiada para exportação de recursos para mercados europeus e asiáticos, bem como para os países da interland, da SADC.

“A actual crise energética mundial, que inclui a crescente demanda do mercado europeu por recursos energéticos e também os esforços da Ásia para fazer face àquilo que é volatilidade dos preços em relação aos mesmos, poderá criar oportunidades para os recursos energéticos provenientes de África e de Moçambique, em particular”, afirmou a representante do Instituto Nacional de Petróleo.

Refira-se que Moçambique é frequentemente afectado pelas mudanças climáticas, por isso as autoridades governamentais falam da necessidade de massificar o uso de energias de transição. A Direcção Nacional de Energias Renováveis espera, ainda, que a taxa de acesso à energia, até 2024, seja de 64%.

“Teremos uma boa contribuição da participação das energias renováveis, participação esta que é garantida pelas novas centrais de geração que injectam a energia na rede que também é garantida pela electrificação fora da rede através das mini-redes, sistemas solares residenciais feitos com recursos fotovoltaicos”, explicou Marcelina Mataveia, directora nacional-adjunta de Energia do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

Para a Câmara de Energia de Moçambique, é necessário agir para garantir a transição energética segura e combater as mudanças climáticas.

“Nós temos que começar a pensar em maneiras de descarbonizar a economia. Isso quer dizer que vamos parar com a produção de carvão, a pouco que ainda existe, quer dizer que temos de repensar a produção do gás, embora se tenha decidido que gás é uma energia de transição, mas não eterna. Temos que pensar o que a transição no seu verdadeiro sentido representa para Moçambique”, apelou Florival Mucave, presidente da Câmara de Energia de Moçambique.

A estratégia de electrificação em Moçambique foi aprovada em 2018 e tem como principal objectivo o acesso universal até 2030.

Os intervenientes falavam, esta quarta-feira, durante a Conferência sobre a Transição Energética, organizada pela Câmara de Energias de Moçambique.

Esta ser feito o estudo de reforma fiscal e tributária na agricultura em Moçambique

Este estudo, estará a cargo da Ernst & Young, vencedora do concurso público internacional lançado pelo Gabinete de Desenvolvimento do Compacto II (GDC-II), com o apoio do MCC, visa tornar o sector da agricultura atrativo para investimento, bem como garantir a competitividade dos negócios existentes.

Higino de Marrule, coordenador nacional do GDC-II, disse que as potencialidades do sector da agricultura, escolhido pelo Governo como área prioritária do Compacto II, foram confirmadas por uma Análise das Oportunidades do Sector Privado, levada a cabo no âmbito do desenvolvimento do programa em perspectiva, que terá como foco geográfico a província da Zambézia.

Assim, a pesquisa tem como objectivos analisar e avaliar a situação actual do Regime Fiscal agrícola relativamente aos Impostos Locais, Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC), Incentivos Fiscais, Zonas Económicas Especiais (ZEE) e o sistema digital e de gestão de informação, bem assim analisar quantitativamente o custo-benefício do actual sistema e o impacto no orçamento nacional.

Vai-se, igualmente, garantir alinhamento com as melhores práticas e/ou tendências internacionais e apresentar um conjunto de cenários e recomendações para o Pacote Final de Reforma Fiscal.

A versão inicial do relatório do estudo vai terminar em Junho de 2023 e será submetida às diversas partes interessadas para comentários e sugestões, antes da finalização.

Além da promoção da agricultura comercial, integrarão o Compacto II outras duas áreas, nomeadamente Conectividade e Transporte Rural e Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Costeiro. Prevê-se que o Acordo de Financiamento do Compacto II, entre o Governo de Moçambique e o dos Estados Unidos da América (EUA), através do MCC, seja rubricado entre Julho e Agosto de 2023.

Instituições públicas com interesse na matéria estiveram representadas no evento, nomeadamente o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Ministério da Indústria e Comércio, Ministério da Economia e Finanças, Autoridade Tributária, Conselhos de Representação do Estado e Executivo Provincial da Zambézia e o Município de Maputo.

Do lado do sector privado, destaque para a Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) e Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), bem como os parceiros de cooperação: a Embaixada dos EUA e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Maputo acolheu a 10ª edição do Economic Briefing

Na ocasião fez-se a radiografia sobre o desempenho empresarial no terceiro trimestre de 2022, onde se evidenciou a continuidade do processo de retoma empresarial, não obstante ao contexto adverso, principalmente, a nível externo onde observa-se uma desaceleração do ritmo de crescimento económico associado a pressões inflacionárias.

Sobre as apresentações e debates realizados, destacou-se também que o III Trimestre de 2022 o Índice de Robustez empresarial situou-se em 29% suportado pelo período de pico da época de comercialização agrícola, a recuperação do sector de transporte e do turismo.

Entretanto, indicou-se que este desempenho foi constrangido pelo aumento da inflação e o aumento de custos de matérias-primas com destaque para os combustíveis, e volatilidade das commodities explicado pelas distorções causadas pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Sobre as dinâmicas do mercado bolsista, verificamos um desempenho positivo dos seus principais indicadores no terceiro trimestre do ano.

Evidenciou-se o papel da bolsa de valores como instrumento alternativo para financiamento das PMEs.

No capitulo das perspetivas, realçou-se que apesar da conjuntura marcada por incertezas de diversa índole, Moçambique apresenta uma tendência crescente de crescimento económico, derivada de uma gestão macroeconómica prudente, o elevado o nível de vacinação contra a covid-19,o inicio da exportação de gás liqueito, entre outros factores.

Todavia, chamou-se atenção para a necessidade de navegar as incertezas com muita cautela, através da manutenção do ritmo de reformas, gestão macro fiscal consistente e previsível.

Durante o debate o Salim Vala, (PCA da BVM) clarificou a natureza da bolsa, as condições de adesão, e os esforços que a BVM está a empreender para facilitar mobilização do empresariado nacional.

No que tange ao sector de Caju o Domenico Borricelo em representacao a Aciana,   partilhou a tendência da sua comercialização que depende, fundamentalmente, do mercado internacional, sendo que EUA e Europa representam mais de 40% do mercado.

Em relação ao preço de transação, atualmente verifica-se uma grande redução do preço das amêndoas, devido a conjuntura internacional, sendo que urge consolidar o mercado doméstico por forma a proteger os produtores da volatilidade de preços.

Em relação ao sector do Turismo representado pelo Yassine Amuji, vincou-se que este tem registado um crescimento, sendo que em alguns polos turísticos (Vilankulo) os níveis atuais são equiparáveis ou mesmo acima dos verificados em 2019.

O turismo a nível nacional ressente-se também da situação de instabilidade na província de Cabo delgado.

Para impulsionar a retoma do sector advogou-se pela rápida implementação das medidas do pacote de aceleração económica, a semelhança do que sucede nos países da região.

Defendeu-se igualmente a necessidade de melhoria das infraestruturas rodoviárias e o funcionamento dos pontos de entrada no País.

Um dos temas dominantes do evento foi sobre a questão do financiamento das PMEs, numa altura que assistimos a um aperto da política monetária. Sobre este aspeto, chamou-se atenção para materialização do fundo de garantia, e por outro os bancos de maior expressão precisam de alargar as suas opções de financiamento de forma a responder a demanda especifica do sector privado, bem assim do lado da procura a necessidade dos proponente apresentarem projetos de investimento credíveis.

Nos debates ficou patente ainda a necessidade de instrumentos para apoiar o sector privado, em particular o sector agrícola devido ao alto risco inerente.

No final a produção do evento não escondeu a sua satisfação, e os participantes concordaram que o evento ira proporcionar um novo ambiente empresarial em Moçambique.

 

 

Standard Bank pretende financiar projectos sustentáveis com cerca de 250 mil milhões de rands até 2026

Segundo Jornal ” O País” desde o lançamento da política, em Março deste ano, já foram financiados projectos no valor aproximado de 40 mil milhões.

A nível de Moçambique, o Standard Bank tem promovido iniciativas de protecção e preservação do meio ambiente, através do plantio de árvores em diversas artérias das principais cidades.

Em 2019, o banco iniciou um projecto de plantio de árvores ao abrigo do qual já foram plantadas 6400 árvores de várias espécies nas cidades de Maputo, Matola e Beira.

Nesta empreitada em prol do meio ambiente, a instituição bancária mais antiga de Moçambique tem-se associado aos conselhos autárquicos, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, universidades e instituições religiosas.

Trata-se de uma política que oferece enormes oportunidades não só a Moçambique assim como para o restante dos países africanos, enquanto exportadores de energias transitórias e renováveis.

O crescimento da sua capacidade aumentará a base fiscal dos países, o que é essencial para uma soberania eficaz. Permitirá, igualmente que o continente africano aprofunde as cadeias de abastecimento global, importante para uma ampla industrialização”

Taxa de juro regista maior subida em 20 meses

A taxa calculada mensalmente pela AMB e pelo Banco de Moçambique (BM) tem por base um indexante único (calculado pelo banco central), que subiu para 17,2%, e um prémio de custo de 5,3%, (definido pela AMB), que se mantém inalterado.

Esta é terceira subida este ano: em maio, a ‘prime rate’ tinha subido 50 pontos base e em junho, cresceu 150.

É preciso recuar até março de 2021 para encontrar uma subida mais acentuada que a de hoje.

Na altura, a depreciação do metical e os riscos para a economia associados à covid-19, aos ciclones e à violência armada provocaram um salto de 230 pontos base.

Os aumentos da ‘prime rate’ têm estado associados à subida da taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da ‘prime rate’) pelo banco central, por forma a controlar a inflação.

A inflação homóloga foi de 12,01% em setembro, um ligeiro abrandamento de 0,09 pontos percentuais face a 12,1% de agosto, tão ligeiro que mais equivale a dizer que os preços estagnaram.

A alimentação, bebidas não alcoólicas e transportes têm sido os bens e serviços que mais contribuem para o aumento de preços em Moçambique.

A criação da ‘prime rate’ foi acordada em 2017 entre o banco central e a AMB para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro.

Na altura, foi lançada com um valor de 27,75% e está 525 pontos base abaixo desde então.

O objetivo é que todas as operações de crédito sejam baseadas numa taxa única, “acrescida de uma margem (spread), que será adicionada ou subtraída à ‘prime rate’ mediante a análise de risco” de cada contrato, de acordo com os promotores.