Moçambique será palco da 7ª edição do MMEC*, entre os dias 21 e 22 de Abril. Um evento que expõe a industria no sector de mineração, petróleo, gás e energia.
O objectivo é atrair investimentos, promover parcerias, ouvir decisores políticos e partilhar conhecimento sobre o sector.
Este evento deverá atrair expositores de cerca de 30 países. Além do sector privado, contará também, com a participação de quadros do governo como Ministros e Directores de empresas públicas.
A organização do evento desenvolveu um aplicativo para interacção dos participantes. A app permite ficar a par do programa do evento e até ver a lista de participantes. Conversar com os participante bem como marcar reuniões, são também duas funcionalidades a aplicação.
Caso esteja interessado em participar como espectador ou expositor, as inscrições podem ser feitas aqui.
A cidade de Maputo irá acolher o maior evento de negócios no país, que conecta executivos de nível “C”, o chamado Mozambique CEO Summit.
A decorrer no dia 25 de Fevereiro de 2021, numa modalidade híbrida (online e presencial), este evento promete promover partilha de experiência, oportunidades de negócios e investimentos nas áreas de GNL, agro-negócios, imobiliário e de inteligência artificial.
No evento, mais de 20 oradores nacionais e internacionais compartilharão a sua experiência e conhecimento. O Mozambique CEO Summit também promete ser uma plataforma de networking entre empresários nacionais e internacionais.
Caso queira participar, pode adquirir os bilhetes aqui.
Foi recentemente disponibilizado o serviço Pay IZI do Millennium Bim, que se apresenta como alternativa moderna e ecológica aos pagamentos via cartão e dinheiro.
Através da parceria com o serviço de carteira móvel da Vodacom, M-Pesa, os comerciantes poderão receber pagamentos de usuários do Millennium IZI, do aplicativo Smart IZI e do M-Pesa, “sem custos de adesão, manutenção e de consumíveis associados”, segundo explica o comunicado de imprensa do Banco.
Além da adesão gratuita, outras vantagens do novo serviço incluem a notificação de todos os pagamentos, bem como a possibilidade de consultar o histórico de transacções.
Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “com este serviço, firmamos também o nosso compromisso de continuar a promover, de forma efectiva, a nossa estratégia de inclusão financeira dos moçambicanos”, lê-se no comunicado.
Já o Director Geral da Vodafone M-Pesa S.A, Gulamo Nabi, afirma que “um passo muito importante foi dado rumo ao objectivo de permitir que os clientes M-Pesa possam efectuar todas as suas transacções do dia-a-dia sem necessidade de recurso ao dinheiro físico”.
Esta iniciativa “deverá também ter um impacto positivo na aceleração da actividade económica no país”, acrescentou Nabi.
O canal de pagamento Pay IZI está disponível para download na Play Store para dispositivos Android.
Esta iniciativa é apresentada num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia e recorre à tecnologia para conceder soluções que auxiliem na redução do risco de contágio.
Outras inovações tecnológicas que estarão em alta, neste ano, estão descritas neste artigo do Profile.
A área de estudos económicos do Millennium Bim prevê que a inflação no país continuará a acelerar em 2021, rondando os 5.6%.
A previsão admite que esta aceleração está condicionada a vários factores como o mercado cambial, a oferta e procura de bens e serviços e a situação económica dos principais parceiros de Moçambique como a África do Sul.
Num documento publicado nesta quarta-feira, o Banco faz uma previsão de abrandamento das taxas de juro, pelo Banco Central, até segundo trimestre do próximo ano devido a “riscos inflacionários elevados”.
O Millennium Bim publica seu estudo na sequência da divulgação do Índice de Preços no Consumidor, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cujo resultado foi reportado pelo Profile.
Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s) moçambicanas terão acesso a um fundo de apoio emergencial de seis milhões de euros.
O valor é parte de um total de €17.5 milhões disponibilizados pela Cooperação Financeira Alemã através do Banco de Desenvolvimento daquele país – kfW.
Os seis milhões serão canalizados às empresas através do Banco de Moçambique, conforme anunciado pelo mesmo, nesta terça-feira, através de um comunicado.
O objectivo deste apoio é ajudar as empresas a mitigarem os efeitos negativos da COVID-19 e garantirem sua sobrevivência.
Sengundo o comunicado, este valor é destinado à “cobrir necessidades decorrentes do fluxo de caixa, incluindo, mas, não se limitando a, pagamentos de salários e outros custos fixos durante a pandemia”.
Nove milhões de Euros serão destinados à uma linha de crédito para MPME’s e finanças agrícolas.
Os restantes 2.5 milhões estarão alocados à assistência técnica que irão beneficiar as instituições financeiras participantes na linha de crédito para as MPME’s e finanças agrícolas.
A referida assistência servirá para “conferir maior rigor, transparência e fiabilidade da informação no processo de avaliação e monitoria”, lê-se no documento.
De acordo com Osvaldo Silva, director regional norte da Autoridade Tributária, de Janeiro a Outubro deste ano, no geral, a zona Norte do país registou uma redução nas importações e exportações.
Esta análise foi feita em comparação como o mesmo período do ano anterior.
Contudo, Silva afirmou, durante uma entrevista ao Jornal Notícias, que na província de Cabo Delgado, a situação foi diferente, tendo registado um aumento de mais de 100%.
Em termos concretos, no período em análise, foram importados 1124 contentores neste ano, contra 556 em 2019.
Para Silva, este aumento deve-se ao projecto de petróleo e gás da Total em Afungi.
Apesar de não ter se especificado a contribuição da petrolífera nestes números, em sua página web, a Total já havia se comprometido em trazer benefícios sócio-económicos ao país desde a fase da implanatação do projecto à exploração.
Reino Unido, um dos maiores financiadores do projecto da Área 1 da Total, deixará de financiar projectos de petróleo e gás.
Com isso, o país tornar-se-á o primeiro a dar este passo com vista a combater os efeitos das mudanças climáticas.
Esta promessa foi feita no Sábado, durante uma cimeira das Nações Unidas onde outros grandes países deverão apresentar as suas.
O Reino Unido, através da sua agência Finance Export, já havia dado garantias em milhares de milhões para ajudar companhias britânicas a se expandirem.
Moçambique estava no mapa do financiamento britânico no projecto de gás natural liquefeito da Total na Área 1.
O apoio planeado era de 20 mil milhões de dólares, assim sendo, a nação era um dos maiores financiadores do projecto.
É prematuro afirmar que o financiamento está em risco pois ainda não foi informada a data de implementação da medida.
Contudo, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que a entrada em vigor deverá acontecer “o mais rápido possível”.
Johnson ainda adiantou que haverá algumas excepções à nova regra, no que diz respeito a centrais eléctricas alimentadas a gás desde que estejam nos parâmetros do Acordo de Paris.
Foi a partir de uma emissão de acções que a empresa de energia Ncondezi Energy conseguiu angariar o valor de £0.75 milhões.
Segundo a StockMarketWire, a empresa afirmou que este valor servirá “para o desenvolvimento de um projecto de energia alimentada a carvão em Tete, Moçambique”.
Dentre as despesas previstas estão as negociações tarifárias com a Electricidade de Moçambique (EDM) e outros acordos importantes como compra e concessão de energia.
As acções foram emitidas a £4.5 cada, o que, “segundo a Ncondezi Energy, foi um valor baixo para o preço médio ponderado do volume de 30 dias”, de acordo com a fonte supracitada.
O Banco de Moçambique passou a exigir que todos os cidadãos nacionais e residentes, singulares ou colectivos, que detenham activos financeiros ou patrimoniais fora do país, procedam à sua declaração formal junto da instituição. A medida enquadra-se na nova regulamentação cambial, aprovada ao abrigo da Lei n.º 11/2009, que visa reforçar a monitoria dos fluxos financeiros internacionais, promover a transparência e alinhar o país com as melhores práticas internacionais em matéria de controlo cambial e prevenção de branqueamento de capitais.
De acordo com as orientações do banco central, a obrigatoriedade de declaração incide sobre activos como contas bancárias no estrangeiro, participações em empresas, títulos mobiliários, aplicações em plataformas digitais de investimento, fundos e outros instrumentos financeiros mantidos fora do território nacional. A informação deve ser submetida ao Banco de Moçambique através de canais apropriados e actualizada, no mínimo, uma vez por ano ou sempre que houver alterações relevantes no valor ou natureza dos bens detidos.
A instituição alerta que o incumprimento desta disposição poderá resultar em sanções administrativas, incluindo multas e restrições em operações cambiais. Esta iniciativa surge no contexto de um esforço mais amplo de consolidação da governação económica, combate à evasão fiscal, protecção do sistema financeiro nacional e melhoria dos mecanismos de supervisão macroeconómica.
O Banco de Moçambique reitera que o reforço da cultura de reporte financeiro, por parte dos residentes com interesses no exterior, é fundamental para garantir uma gestão mais eficaz da política cambial, mitigar riscos sistémicos e assegurar um ambiente de negócios estável e competitivo.
Moçambique poderá iniciar, até ao princípio de 2026, a produção nacional de gás de cozinha em Inhassoro, província de Inhambane, num passo decisivo para reduzir a dependência externa e promover o acesso doméstico a energia limpa, segundo anunciou o Governo.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, confirmou que o projecto de produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) em Inhassoro está em fase final de conclusão e deverá entrar em funcionamento entre Dezembro de 2025 e o início de 2026. A implementação sofreu atrasos devido às manifestações pós-eleitorais, que afectaram infra-estruturas e colocaram em risco a segurança das equipas no terreno.
“Contamos que até ao final do ano ou princípio do próximo começará a funcionar”, afirmou Pale na cidade da Maxixe.
Este projecto integra-se no Projecto Integrado de Gás e Energia de Temane, que envolve a instalação de uma central térmica com 450 megawatts e a construção de uma unidade de produção de GPL com capacidade anual de 30 mil toneladas. O investimento inclui ainda uma linha de transporte de energia com 563 quilómetros entre Temane e Maputo.
Redução das Importações e Transição Energética
O GPL produzido internamente será um factor de transformação no acesso à energia doméstica em Moçambique. O Governo estabeleceu a meta de reduzir em 70% as importações de gás de botija, incentivando a utilização de fontes energéticas mais limpas e sustentáveis.
“O objectivo é disponibilizar às famílias uma alternativa acessível e ambientalmente responsável”, frisou o ministro.
Com esta medida, espera-se também contribuir para a mitigação do desmatamento, promovendo a substituição progressiva do uso de lenha e carvão vegetal no consumo doméstico.
Articulação Público-Privada
O projecto resulta de um acordo de partilha de produção entre o Governo de Moçambique, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e a Sasol, numa parceria que visa acelerar a industrialização energética nacional.
No mesmo evento, o ministro Pale reiterou que estão a ser criadas as condições para a retoma do Projecto Mozambique LNG, em Afungi, esperando-se que a TotalEnergies levante a cláusula de “força maior” em breve. O Presidente Daniel Chapo reafirmou, nesse contexto, o compromisso do Governo em garantir um ambiente estável e favorável ao investimento.
O início da produção de gás de cozinha em Inhassoro simboliza um passo estratégico para a autonomia energética de Moçambique e uma resposta prática aos desafios da transição para fontes mais limpas. A concretização deste projecto poderá significar uma revolução no consumo doméstico, com impacto social, ambiental e económico profundo.
A Agência COTUR alcançou um feito inédito no setor de transportes e turismo em Moçambique. A empresa tornou-se a primeira do ramo a receber o Certificado Internacional de Qualidade ISO 9001 atribuído pela entidade Bureau Veritas.
Num marco histórico para o setor dos transportes e turismo em Moçambique, a agência COTUR recebeu esta terça-feira o Certificado Internacional de Qualidade ISO 9001, emitido pela conceituada entidade certificadora Bureau Veritas.
Para a instituição não é apenas o reconhecimento da excelência dos serviços prestados pela COTUR, mas também uma elevação do padrão de qualidade.
“Este reconhecimento internacional com a certificação ISO 9001 não é apenas uma meta interna alcançada, mas uma ferramenta do nosso setor para servir o futuro do turismo moçambicano. Mais do que um diploma na parede, esta certificação é um compromisso com aquilo que mais nos importa, os nossos clientes e o nosso país. É a garantia de processos sólidos, de qualidade consistente, de um serviço fiável e à altura das expectativas”, disse Muhammad Abdullah, CEO da Agência COTUR.
Com esta certificação, Segundo Guilherme Drehmer, representante da Bureau Veritas, aCOTUR torna-se a primeira empresa moçambicana do setor de transportes e turismo a obter o ISO 9001 uma norma reconhecida internacionalmente pela gestão da qualidade, emitida por uma entidade de referência global.
“Esta certificação não é só um certificado que vai ser entregue, vai ficar estampado dentro da COTUR, mas sim é uma ótima ferramenta de gestão, onde vai permitir que a COTUR dê continuidade à evolução contínua de procedimentos”, avançou.
Apesar deste momento de celebração, o setor manifesta crescente preocupação com a escassez de divisas no mercado nacional.
“Temos estado a alertar a quem de direito que é preciso tomar uma ação concreta para a resolução ou a amenização, pelo menos, desta situação. Devo também dizer que alguma melhoria ainda não muito significativa já fez-se sentir, mas infelizmente temos várias companhias aéreas com os seus acessos cortados para o nosso mercado. Há muita limitação. Temos recebido avisos todos os dias de possíveis novos cortes, o que faz com que o mercado das viagens ressinta-se diretamente”, revelou.
A COTUR reforça o seu compromisso com a qualidade, inovação e resiliência, apelando à continuação de esforços conjuntos entre o setor público e privado para assegurar um ambiente econômico mais estável e favorável ao investimento.
Organizações ambientais internacionais interpuseram terça-feira (15) uma acção civil no Tribunal do Distrito de Colúmbia, nos Estados Unidos, para impedir o desembolso de 4,7 mil milhões de dólares em financiamento do projecto de Gás Natural Liquefeito de Moçambique (GNL) ao largo da costa da província de Cabo Delgado, operado pela empresa francesa TotalEnergies.
De acordo com uma notícia publicada na edição de quarta-feira da publicação online “Mozambique Times”, o caso está a ser liderado pela Friends of the Earth U.S. e pela Justiça Ambiental/Friends of the Earth Mozambique, representadas pelo grupo de advocacia EarthRights International, sediado nos Estados Unidos.
As ONGs alegam que a aprovação do financiamento pelo Banco de Exportação-Importação dos Estados Unidos (Exim Bank) foi ilegal e que o projecto “deslocou milhares de residentes locais, foi palco de alegadas violações dos direitos humanos, está rodeado de conflitos violentos e causará uma destruição ambiental significativa”.
Segundo a mesma publicação, as organizações acusam o Exim Bank de ter apressado o processo de aprovação “sem realizar as avaliações ambientais e económicas necessárias e sem permitir a participação do público e do Congresso, tal como previsto”.
“O Exim não cumpriu os seus próprios estatutos e a lei federal, criando um precedente perigoso para futuras decisões”, lê-se na declaração das ONG.
A acção judicial acusa ainda o Presidente dos EUA, Donald Trump, de ter nomeado ilegalmente membros do conselho de administração do Exim Bank sem confirmação do Senado, violando os procedimentos oficiais de nomeação.
“Poucas semanas depois, em Março, esse conselho ‘interino’ indevidamente constituído aprovou um empréstimo maciço para apoiar um projecto controverso liderado pelo gigante petrolífero TotalEnergies”, afirmam as ONG. “A decisão foi tomada apesar do conflito armado em curso e da crise humanitária na região, bem como da própria declaração de força maior da TotalEnergies”.
A directora-adjunta de Política Económica da Friends of the Earth U.S., Kate DeAngelis, é citada no comunicado como tendo dito, “existem procedimentos legais e salvaguardas para garantir que o Banco de Exportação-Importação dos EUA não desperdice o dinheiro dos contribuintes em projectos arriscados em áreas afectadas por insurgências violentas”.
A mesma publicação refere ainda que as organizações ambientais contrataram especialistas em insurgência jihadista para argumentar em tribunal que o financiamento do projecto de exploração de gás em Cabo Delgado contribui para alimentar o conflito. Alegam que o projecto é uma das causas estruturais da insurreição, exacerbando as desigualdades locais entre as comunidades afectadas e os trabalhadores trazidos pelo projecto.
“O GNL de Moçambique só beneficiaria as empresas de combustíveis fósseis e uma pequena elite política. Continuar a financiar projectos de gás em Cabo Delgado seria uma traição a Moçambique e à humanidade. Seria um desrespeito pela justiça devida àqueles que sofreram violações dos direitos humanos. Seria ignorar as vozes das famílias que carregam os fardos mais pesados, aquelas que perderam as suas terras, o acesso ao mar e os seus meios de subsistência”, afirmam as ONG.
Entretanto, caso o tribunal dos EUA decida suspender o desembolso dos fundos, o reinício do projecto da TotalEnergies em Cabo Delgado, previsto para o terceiro trimestre de 2025, poderá sofrer mais um atraso, pois a contribuição do Exim Bank representa cerca de 25% do investimento total necessário para o projecto de 20 mil milhões de dólares.
O Absa Bank Moçambique foi reconhecido como o “Melhor Banco Para Empresas” pela conceituada revista internacional Global Banking & Finance Review, sediada no Reino Unido, no âmbito dos prestigiados Global Banking and Finance Awards 2025.
De acordo com um comunicado partilhado pelo banco, este prémio “reflecte o contínuo investimento da instituição em inovação e na oferta de produtos e serviços bancários alinhados às necessidades do mundo empresarial. Como parte de um dos maiores grupos financeiros de África, o Absa Bank Moçambique contribui activamente para o crescimento da economia nacional, apoiando as necessidades de financiamento das empresas locais e internacionais que operam no País.”
A directora da Banca Corporativa e de Investimentos no Absa Bank Moçambique, Patrícia Darsam, afirmou que o prémio evidencia a “excelência em toda a cadeia de valor do banco, incluindo a qualidade dos serviços, a satisfação dos clientes e a capacidade do organismo se manter relevante num mercado dinâmico e competitivo.”
“O nosso compromisso é criar impacto na economia e na comunidade apoiando o crescimento sustentável dos nossos clientes e ajudando-os a escrever a história de sucesso dos seus negócios. Somos um banco que apoia aspirações sob medida para cada negócio, projecto e sector através de soluções diferenciadas e inovadoras. Este reconhecimento não é apenas do Absa – é também de todas as empresas que confiam nos nossos serviços”, destacou Patrícia Darsam, reforçando o compromisso do banco com o crescimento empresarial.
Para assegurar uma relação sólida com as empresas, o Absa tem investido em inovação tecnológica, eficiência operacional e resiliência da sua infra-estrutura, garantindo protecção contra riscos emergentes e prestação de serviços contínuos e fiáveis, aponta o comunicado.
Esse compromisso estende-se à oferta de soluções digitais avançadas, como ferramentas de gestão financeira online, plataformas de pagamento e sistemas de análise e protecção de dados, que facilitam as operações diárias dos seus clientes empresariais.
Profile Mozambique: Conte-nos um pouco sobre o seu percurso profissional, o que o trouxe ao sector hoteleiro em Moçambique e, em particular, ao VIP Hotels?
Gulamhussen: Chamo-me Gulamhussen, embora seja mais conhecido por Dado. Nasci em Pemba há 41 anos. A minha infância foivivida entre Maputo e Pemba e desde cedo tive interesse pela área do turismo. Em Moçambique, o grupo está presente desde 2002, ano em que foi inaugurado o VIP Grand Maputo. Passados 23 anos, contamos actualmente com quatro unidades hoteleiras no país, somando cerca de 660 quartos, o que faz do VIP Hotels um dos maiores grupos hoteleiros nacionais em termos de capacidade instalada. Temos ainda um plano de expansão ambicioso para levar a marca a outras províncias e cidades do país.
A maior parte da minha carreira profissional está directamente ligada à história do Grupo VIP Hotels, que nasceu em Portugal em 1978 fruto da migração de muitas famílias, incluindo a minha.
Sendo um negócio de cariz familiar, escolhi formar-me em Administração de Empresas e Turismo para dar continuidade a este projecto, que abracei desde cedo.
PM: Quais foram os principais desafios que o Grupo VIP tem enfrentado no mercado moçambicano?
Gulamhussen: Os desafios têm sido constantes, especialmente num mercado como o moçambicano, onde tudo exige maior esforço no arranque. Nos últimos 23 anos, o percurso do VIP Hotels teve momentos de franco crescimento, seguidos de fases mais difíceis, marcadas por adversidades socioeconómicas.
Entre os principais obstáculos enfrentados, destaco o período de instabilidade em 2011-2012, os impactos das dívidas ocultas, a pandemia de COVID-19 e, mais recentemente, as manifestações que afectaram o país.
Perante este contexto, tornou-se essencial cultivar resiliência e capacidade de adaptação para garantir que o grupo continua a servir com qualidade e a manter-se competitivo no mercado.
PM: Como define a estratégia de crescimento do VIP Hotels em Moçambique? Há planos de expansão para outras regiões como Beira, Tete ou Nampula?
Gulamhussen: Actualmente, o VIP Hotels conta com quatro unidades em Moçambique: duas em Maputo, incluindo o VIP Suites, um apart-hotel localizado na Machava, e ainda hotéis nas cidades da Beira e de Tete.
Relativamente à estratégia de crescimento, temos projectos de expansão previstos para novas localizações como Pemba, Nacala, Nampula, Lichinga e Quelimane, além de uma unidade na Zona Sul, em Inhambane, focada no segmento de resorts. Também equacionamos reforçar a presença na Beira..
Gulamhussen, CEO do Grupo VIP Hotels
No entanto, sublinho que o avanço destes investimentos está directamente condicionado pela evolução do contexto político, social e económico do país, assim como pelos reflexos de fenómenos internacionais que acabam por impactar o mercado interno. Por isso, acompanhamos de perto os indicadores e realizamos análises de viabilidade para determinar o momento mais adequado para retomar e concretizar estes projectos de expansão.
PM: Como equilibra o investimento em inovação com a manutenção de qualidade de serviço e conforto para o hóspede?
Gulamhussen: A indústria do turismo, e em particular a hotelaria, está em constante reinvenção, acompanhando tendências que privilegiam cada vez mais o digital e a automatização de processos, como por exemplo o self check-in, que já é prática em várias partes do mundo.
No contexto de Moçambique, reconhecemos que existem limitações legislativas, regulamentares e estruturais que condicionam a adopção imediata dessas soluções. Ainda assim, temos procurado adaptar-nos progressivamente, introduzindo melhorias que reforcem a interacção do hóspede com os nossos serviços e assegurem padrões consistentes de qualidade e conforto.
Com mais de duas décadas de actividade no sector, acreditamos que o futuro da hotelaria nacional passará inevitavelmente por integrar essas novas tecnologias, ajustando-as à realidade local, de forma a manter o compromisso de bem-servir e posicionar Moçambique como destino competitivo no panorama internacional.
PM: Como avalia a evolução do turismo de negócios no país, e que impacto tiveram factores como o surgimento de novas plataformas digitais e a escassez de divisas no desempenho do sector hoteleiro?
Gulamhussen: Durante muitos anos, o turismo de negócios foi o motor do sector hoteleiro nas principais cidades moçambicanas, sustentado por grandes infraestruturas com capacidade para acolher conferências, reuniões e eventos corporativos.
Contudo, este cenário começou a mudar com a sucessão de adversidades, desde a pandemia da Covid-19, que popularizou plataformas de reuniões online como Zoom ou Teams, até ao surgimento de novas tendências globais, como o Airbnb, alojamento local e guesthouses, que passaram a concorrer directamente com as grandes cadeias.
Apesar destes desafios, acredito que há espaço para todos, desde que haja maior diversificação da oferta, regulamentação e fiscalização adequadas para o sector. Por outro lado, a insuficiência de divisas representa hoje um problema transversal, afecta as companhias aéreas, encarece bilhetes e reduz a vinda de turistas e investidores.
Este efeito em cadeia acaba por atingir toda a cadeia de valor, hotéis, restaurantes, transportes e guias turísticos.
PM: Na sua perspectiva, qual deve ser o papel do empresariado nacional na promoção do desenvolvimento sustentável e na afirmação do país como destino económico e turístico?
Gulamhussen: Participo activamente em várias estruturas ligadas ao sector, como a CTA e a Associação dos Hotéis, porque acredito que cabe a todos nós trabalhar para valorizar e divulgar as potencialidades que Moçambique oferece, seja nos recursos naturais, minerais, agrícolas, na logística, nas infraestruturas ou no turismo, sectores que têm um enorme peso no nosso potencial de exportação.
Tem havido um esforço conjunto, tanto do governo como do sector privado, para mostrar estas oportunidades ao mundo, nomeadamente através de feiras e conferências internacionais. É um processo que requer compromisso, planeamento e visão estratégica de longo prazo para produzir resultados sustentáveis.
Moçambique dá um passo decisivo na sua estratégia de autonomia energética e industrialização ao assinar, em Maputo, um contrato EPC para a construção de uma refinaria modular com capacidade de processamento de 240 000 barris por dia (bpd). A iniciativa, resultado de uma parceria entre a empresa nigeriana Aiteo US Corporation e a petrolífera estatal Petromoc, representa uma ambição clara de reduzir a importação de combustíveis refinados e posicionar o país como um fornecedor de referência na região da SADC.
O anúncio oficial foi feito durante a 11.ª edição da Mozambique Mining and Energy Conference (MMEC), presidida pelo Presidente Daniel Chapo, que sancionou o início das obras. O contrato com a empresa norte-americana Deerfield Energy Services LLC visa uma abordagem modular, iniciando com uma linha de fabrico de 80 000 bpd, com expansão programada para atingir os 240 000 bpd em fase seguinte.
Impacto económico e posicionamento estratégico
O novo empreendimento está alinhado com o plano nacional para reforço da capacidade energética interna, industrialização e geração de emprego, especialmente para jovens.
O projecto deverá incluir infraestruturas de armazenamento para 160 000 toneladas de combustíveis líquidos e 24 000 toneladas de gás liquefeito de petróleo (GPL), com conclusão da primeira fase prevista em 24 meses, ou seja, até meados de 2027.
Vê-se além das refinarias
A iniciativa integra um pacote mais vasto de investimentos no sector energético: um memorando de entendimento paralelo antecipa a construção de um oleoduto de 1.400 km ligando o Porto da Beira a Ndola, na Zâmbia, e projecta o sector do gás natural, com destaque à segunda fase do Coral Norte FLNG e à retoma do projecto de LNG em Afungi, em parceria com a TotalEnergies e a ExxonMobil.
Criação de uma refinaria modular de 240 000 bpd, em parceria Aiteo–Petromoc, com o apoio da EPC Deerfield.
Estratégia faseada: 80 000 bpd na primeira fase, expansão até 240 000 bpd.
Ampliação de armazenamento para combustíveis e GPL.
Reforço industrial, económico e laboral para Moçambique e região SADC.
Integração a um ecossistema energético mais amplo, incluindo oleoduto regional e projetos de LNG.
Este projecto simboliza uma viragem estratégica para Moçambique, que busca não apenas garantir segurança energética nacional, mas também afirmar-se como hub regional no mercado de combustíveis refinados e gás natural.
O nível geral de preços em Moçambique registou um aumento significativo de 4,15% emJunho, comparativamente ao mesmo mês de 2024, após uma relativa estabilidade em Maio, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O comportamento inflacionário foi impulsionado principalmente por três categorias de consumo:
Alimentos: +9,38%
Refeições e bebidas fora de casa: +8,65%
Vestuário e calçado: +2,30%
Geograficamente, as províncias mais afetadas foram Tete (+6,31%), Xai-Xai (+5,67%) e Inhambane (+5,53%), índices superiores à média nacional.
No acumulado do primeiro semestre, todos os distritos registaram subida dos preços, com Tete a liderar, com uma inflação acumulada de 3%, seguida de Inhambane e Xai-Xai.
O governo manteve a previsão de que a inflação deverá fechar 2025 em torno dos 7%, cumprindo a meta do Banco de Moçambique de manter a taxa abaixo dos 10% anuais.
Esta crescente pressão inflacionária, especialmente nos produtos essenciais, está directamente a impactar o nível de vida dos moçambicanos e poderá exigir reacções de política monetária para controlar a escalada de preços e atenuar as consequências sociais no trimestre em curso.
As exportações de algodão moçambicano registaram, em 2024, uma redução significativa nas receitas, apesar do ligeiro aumento da produção nacional, apontando para um cenário misto que conjuga desafios imediatos e sinais de resiliência do sector a médio prazo.
De acordo com dados recentemente divulgados, o país exportou cerca de 24 mil toneladas, valor que representa um crescimento de 2% face ao ano anterior. Ainda assim, as receitas totais provenientes destas exportações caíram para aproximadamente 14,2 milhões de dólares, menos de metade do registado em anos anteriores, atingindo assim o valor mais baixo dos últimos cinco anos.
Entre as principais causas desta redução, destacam-se a descida dos preços internacionais do algodão, agravada por factores internos como secas sazonais associadas ao fenómeno El Niño e desafios logísticos em algumas regiões produtoras. A combinação destes elementos comprometeu o rendimento dos exportadores, mesmo com o aumento do volume exportado.
O Governo, através do Ministério da Agricultura, tinha lançado no último ano agrícola um subsídio de cinco meticais por quilograma, medida que beneficiou directamente mais de 600 mil produtores e procurou mitigar o impacto da descida dos preços no mercado internacional. Apesar de ter sido descontinuado por limitações orçamentais, o subsídio permitiu garantir maior estabilidade durante a campanha passada.
Os dados oficiais indicam ainda que, nos últimos cinco anos, o sector do algodão gerou cerca de 120,9 milhões de dólares em receitas de exportação, mantendo-se como uma das fileiras agrícolas com maior potencial para contribuir para o crescimento económico, redução da pobreza e criação de emprego nas zonas rurais.
Analistas consideram que, para consolidar a retoma do sector, será fundamental garantir maior modernização da produção, melhorar a competitividade externa e reforçar a transparência no mercado internacional, de forma a proteger os produtores das flutuações dos preços globais. Ainda assim, a manutenção da área cultivada e a recuperação parcial da produção são sinais de que, mesmo perante adversidades, o algodão moçambicano continua a ter margem para retoma e crescimento sustentado
A Money Savvy Mozambique, representada pela sócia-gerente Dra. Sany Weng, lançou oficialmente o Programa de Educação Financeira para a Cadeia de Valor do Agronegócio, uma iniciativa que visa apoiar produtores, empreendedores e agentes económicos de diferentes segmentos do sector.
A formação, que contará com 150 beneficiários, foi desenvolvida com base em conteúdos práticos e acessíveis da International Labour Organization (ILO), reforçando o compromisso da entidade em promover maior literacia financeira junto de quem dinamiza o agronegócio local.
O Município de Marracuene, por intermédio do seu Presidente, Shafee Sidat, acolheu e apoiou a iniciativa desde o primeiro contacto, tendo cedido salas para a realização das sessões de formação, um gesto concreto que reflecte o compromisso da autarquia com o desenvolvimento económico local.
No acto de lançamento, o Vereador de Urbanização e Infra-Estruturas, Aníbal Bechel, destacou a importância da parceria entre entidades públicas e privadas para o fortalecimento da cadeia de valor agrícola no distrito.
A iniciativa conta ainda com o apoio da Fundação Salimo Abdula, representada pelo Presidente, Paulo Oliveira, e pela São Abdula, que disponibilizaram apoio financeiro para cobrir parte dos custos logísticos associados ao programa.
Antes do arranque oficial, equipas de extensionistas realizaram trabalho de campo junto às comunidades, mobilizando beneficiários, apresentando os objectivos da formação e recolhendo as principais preocupações e expectativas dos participantes. Este contacto directo foi apontado como essencial para garantir que os conteúdos da formação estejam alinhados com as reais necessidades identificadas no terreno.