Segunda-feira, Abril 21, 2025
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Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo e Gás e Energia de Moçambique – MMEC

Moçambique será palco da 7ª edição do MMEC*, entre os dias 21 e 22 de Abril. Um evento que expõe a industria no sector de mineração, petróleo, gás e energia.

O objectivo é atrair investimentos, promover parcerias, ouvir decisores políticos e partilhar conhecimento sobre o sector.

Este evento deverá atrair expositores de cerca de 30 países. Além do sector privado, contará também, com a participação de quadros do governo como Ministros e Directores de empresas públicas.

A organização do evento desenvolveu um aplicativo para interacção dos participantes. A app permite ficar a par do programa do evento e até ver a lista de participantes. Conversar com os participante bem como marcar reuniões, são também duas funcionalidades a aplicação.

Caso esteja interessado em participar como espectador ou expositor, as inscrições podem ser feitas aqui.

*Em parceria com a ENH

Mozambique CEO Summit

A cidade de Maputo irá acolher o maior evento de negócios no país, que conecta executivos de nível “C”, o chamado Mozambique CEO Summit.

A decorrer no dia 25 de Fevereiro de 2021, numa modalidade híbrida (online e presencial), este evento promete promover partilha de experiência, oportunidades de negócios e investimentos nas áreas de GNL, agro-negócios, imobiliário e de inteligência artificial.

No evento, mais de 20 oradores nacionais e internacionais compartilharão a sua experiência e conhecimento. O Mozambique CEO Summit também promete ser uma plataforma de networking entre empresários nacionais e internacionais.

Caso queira participar, pode adquirir os bilhetes aqui.

Millennium Bim diz adeus às formas de pagamento convencionais com o Pay IZI

Foi recentemente disponibilizado o serviço Pay IZI do Millennium Bim, que se apresenta como alternativa moderna e ecológica aos pagamentos via cartão e dinheiro.

Através da parceria com o serviço de carteira móvel da Vodacom, M-Pesa, os comerciantes poderão receber pagamentos de usuários do Millennium IZI, do aplicativo Smart IZI e do M-Pesa, “sem custos de adesão, manutenção e de consumíveis associados”, segundo explica o comunicado de imprensa do Banco.

Além da adesão gratuita, outras vantagens do novo serviço incluem a notificação de todos os pagamentos, bem como a possibilidade de consultar o histórico de transacções.

Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “com este serviço, firmamos também o nosso compromisso de continuar a promover, de forma efectiva, a nossa estratégia de inclusão financeira dos moçambicanos”, lê-se no comunicado.

Já o Director Geral da Vodafone M-Pesa S.A, Gulamo Nabi, afirma que “um passo muito importante foi dado rumo ao objectivo de permitir que os clientes M-Pesa possam efectuar todas as suas transacções do dia-a-dia sem necessidade de recurso ao dinheiro físico”.

Esta iniciativa “deverá também ter um impacto positivo na aceleração da actividade económica no país”, acrescentou Nabi.

O canal de pagamento Pay IZI está disponível para download na Play Store para dispositivos Android.

Esta iniciativa é apresentada num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia e recorre à tecnologia para conceder soluções que auxiliem na redução do risco de contágio.

Outras inovações tecnológicas que estarão em alta, neste ano, estão descritas neste artigo do Profile.

Millennium Bim prevê inflação acelerada e juros brandos em 2021

A área de estudos económicos do Millennium Bim prevê que a inflação no país continuará a acelerar em 2021, rondando os 5.6%.

A previsão admite que esta aceleração está condicionada a vários factores como o mercado cambial, a oferta e procura de bens e serviços e a situação económica dos principais parceiros de Moçambique como a África do Sul.

Num documento publicado nesta quarta-feira, o Banco faz uma previsão de abrandamento das taxas de juro, pelo Banco Central, até segundo trimestre do próximo ano devido a “riscos inflacionários elevados”.

O Millennium Bim publica seu estudo na sequência da divulgação do Índice de Preços no Consumidor, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cujo resultado foi reportado pelo Profile.

Banco alemão doa €6M para apoiar MPME’s moçambicanas

Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s) moçambicanas terão acesso a um fundo de apoio emergencial de seis milhões de euros.

O valor é parte de um total de €17.5 milhões disponibilizados pela Cooperação Financeira Alemã através do Banco de Desenvolvimento daquele país – kfW.

Os seis milhões serão canalizados às empresas através do Banco de Moçambique, conforme anunciado pelo mesmo, nesta terça-feira, através de um comunicado.

O objectivo deste apoio é ajudar as empresas a mitigarem os efeitos negativos da COVID-19 e garantirem sua sobrevivência.

Sengundo o comunicado, este valor é destinado à “cobrir necessidades decorrentes do fluxo de caixa, incluindo, mas, não se limitando a, pagamentos de salários e outros custos fixos durante a pandemia”.

Nove milhões de Euros serão destinados à uma linha de crédito para MPME’s e finanças agrícolas.

Os restantes 2.5 milhões estarão alocados à assistência técnica que irão beneficiar as instituições financeiras participantes na linha de crédito para as MPME’s e finanças agrícolas.

A referida assistência servirá para “conferir maior rigor, transparência e fiabilidade da informação no processo de avaliação e monitoria”, lê-se no documento.

Total eleva comércio externo em Cabo Delgado

De acordo com Osvaldo Silva, director regional norte da Autoridade Tributária, de Janeiro a Outubro deste ano, no geral, a zona Norte do país registou uma redução nas importações e exportações.

Esta análise foi feita em comparação como o mesmo período do ano anterior.

Contudo, Silva afirmou, durante uma entrevista ao Jornal Notícias, que na província de Cabo Delgado, a situação foi diferente, tendo registado um aumento de mais de 100%.

Em termos concretos, no período em análise, foram importados 1124 contentores neste ano, contra 556 em 2019.

Para Silva, este aumento deve-se ao projecto de petróleo e gás da Total em Afungi.

Apesar de não ter se especificado a contribuição da petrolífera nestes números, em sua página web, a Total já havia se comprometido em trazer benefícios sócio-económicos ao país desde a fase da implanatação do projecto à exploração.

Financiador da Área 1 promete deixar de apoiar projectos de petróleo e gás

Reino Unido, um dos maiores financiadores do projecto da Área 1 da Total, deixará de financiar projectos de petróleo e gás.

Com isso, o país tornar-se-á o primeiro a dar este passo com vista a combater os efeitos das mudanças climáticas.

Esta promessa foi feita no Sábado, durante uma cimeira das Nações Unidas onde outros grandes países deverão apresentar as suas.

O Reino Unido, através da sua agência Finance Export, já havia dado garantias em milhares de milhões para ajudar companhias britânicas a se expandirem.

Moçambique estava no mapa do financiamento britânico no projecto de gás natural liquefeito da Total na Área 1.

O apoio planeado era de 20 mil milhões de dólares, assim sendo, a nação era um dos maiores financiadores do projecto.

É prematuro afirmar que o financiamento está em risco pois ainda não foi informada a data de implementação da medida.

Contudo, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que a entrada em vigor deverá acontecer “o mais rápido possível”.

Johnson ainda adiantou que haverá algumas excepções à nova regra, no que diz respeito a centrais eléctricas alimentadas a gás desde que estejam nos parâmetros do Acordo de Paris.

Ncondezi Energy angaria £750mil para projecto em Tete

Foi a partir de uma emissão de acções que a empresa de energia Ncondezi Energy conseguiu angariar o valor de £0.75 milhões.

Segundo a StockMarketWire, a empresa afirmou que este valor servirá “para o desenvolvimento de um projecto de energia alimentada a carvão em Tete, Moçambique”.

Dentre as despesas previstas estão as negociações tarifárias com a Electricidade de Moçambique (EDM) e outros acordos importantes como compra e concessão de energia.

As acções foram emitidas a £4.5 cada, o que, “segundo a Ncondezi Energy, foi um valor baixo para o preço médio ponderado do volume de 30 dias”, de acordo com a fonte supracitada.

Empreendedores moçambicanos entre os 3 mil seleccionados pelo Banco UBA para beneficiar de 15 M$

United Bank for Africa (UBA) seleccionou 3 mil jovens africanos empreendedores, entre os quais alguns moçambicanos, para a 11.ª edição do Programa de Empreendedorismo da Fundação Tony Elumelu (TEF, sigla em inglês). O programa contará com um apoio financeiro de 15 milhões de dólares (aproximadamente 960 milhões de meticais), disponibilizado pelo UBA.

De acordo com um comunicado recebido pelo DE, mais de 3 milhões de meticais do valor total serão directamente investidos em jovens empreendedores moçambicanos. Este montante será utilizado para fornecer aos seleccionados capital não reembolsável, formação empresarial e acesso a mentores internacionais, com o objectivo de apoiar a inovação local.

A TEF foi lançada há 10 anos com a meta de apoiar 10 mil empreendedores africanos até 2024, com um investimento total de 100 milhões de dólares (6,4 mil milhões de meticais). No entanto, a iniciativa ultrapassou todas as expectativas, tendo já beneficiado mais de 24 mil empreendedores e criado 5 milhões de empregos.

Tony Elumelu, presidente do UBA e fundador da fundação, destacou a importância do sector privado no desenvolvimento de África. “Celebramos o sucesso dos nossos empreendedores e estamos motivados a ampliar ainda mais o nosso impacto”, afirmou, agradecendo à equipa e aos parceiros da fundação.

Com presença em todos os 54 países africanos, o Programa de Empreendedorismo da TEF tornou-se uma plataforma-chave para jovens que procuram transformar desafios em oportunidades, oferecendo-lhes acesso a recursos financeiros, formação, mentoria e uma poderosa rede de apoio.

FINDUCO 2025: Moçambique lança a primeira Feira Internacional para impulsionar a Indústria e Comércio

O País prepara-se para acolher, de 7 a 9 de Agosto, a primeira edição da Feira Internacional da Indústria e Comércio de Moçambique (FINDUCO), um evento promovido pela PAEMO – Plataforma de Assistência aos Empresários Moçambicanos, em parceria com a Televisão de Moçambique (TVM), Conselho Municipal de Maputo e o Ministério da Economia, através da Direcção Nacional da Indústria e Comércio e da Direcção de Apoio ao Sector Privado (DASP). A feira decorrerá sob o lema “Industrializar Maputo”, e pretende posicionar-se como uma força motriz para a transformação económica e industrial do País.

O lançamento oficial foi feito esta quinta-feira, 17 de Abril, por Nilza da Graça, co-fundadora da PAEMO, que destacou o carácter estratégico da iniciativa num momento em que a economia nacional enfrenta transformações significativas. “A FINDUCO surge como uma resposta aos desafios globais e à necessidade de modernização. Este será um espaço de intercâmbio de ideias, inovação e promoção de parcerias estratégicas”, afirmou.

Mais do que uma simples exposição de produtos e serviços, a FINDUCO pretende ser um fórum de debate sobre temas cruciais para o futuro económico do País, como a digitalização, sustentabilidade, financiamento, logística e energia. “A feira será um catalisador para soluções concretas que respondam aos obstáculos que têm travado a industrialização de Moçambique”, acrescentou Nilza da Graça.

O evento conta com o apoio de parceiros e patrocinadores como a Mega Distribuição, Águas da Namaacha, Delta e Mozambique Facilities Management, conferindo à iniciativa uma base sólida para o sucesso.

Durante a cerimónia de lançamento, a Associação Industrial de Moçambique (AIMO) saudou a criação da FINDUCO e manifestou total disponibilidade para colaborar com a PAEMO. “Precisamos de plataformas como esta para fomentar o diálogo público-privado e encontrar soluções reais para os desafios da indústria nacional”, declarou Paulo Chibanga, representante da AIMO.

A feira é vista também como um símbolo de uma nova etapa para o sector industrial e comercial nacional, reflectindo uma aposta clara na modernização e no fortalecimento da economia nacional. “Se queremos um País economicamente independente, precisamos de industrializar Maputo e Moçambique. A FINDUCO representa o primeiro passo decisivo nessa caminhada”, sublinhou Osvaldo Faquir, representante do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.

Importa referir que está prevista a participação de 26 países na feira, que contará com 60 oradores e 20 mil participantes.

Oxford Economics prevê inflação de 5,3% em Moçambique este ano

A Oxford Economics estima que a inflação em Moçambique continuará a subir para uma média anual de 5,3 por cento este ano, após um crescimento dos preços de 3,2 por cento em 2024.

«Antecipamos que a inflação continuará a aumentar nos próximos meses, e esperamos agora que atinja uma média de 5,3 por cento em 2025, acima dos 3,2 por cento registados em 2024», escrevem os analistas do departamento africano desta consultora britânica.

Num comentário sobre a subida dos preços em Março, enviado aos clientes e ao qual a Lusa teve acesso, a Oxford Economics escreve que «a subida acentuada da inflação desde Dezembro reflecte a instabilidade pós-eleitoral, que resultou em protestos generalizados, greves, vandalismo e no encerramento temporário de fronteiras e portos».

Ainda assim, acrescentam, «o sentimento empresarial melhorou desde Janeiro com o abrandamento da violência, tendo o índice de gestores de compras (PMI) recuperado para um nível acima dos 50 pontos em Março, pela primeira vez desde Outubro».

«A inflação nos produtos alimentares e bebidas manteve-se elevada em comparação com o mínimo de 4,9 por cento registado no pico de 2024, impactada pelos preços regionais elevados do milho branco e pela escassez de divisas estrangeiras, que tem afectado os importadores de alimentos», assinalam os analistas.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que os preços em Moçambique subiram ligeiramente, em 0,06%, no mês de Março, devido sobretudo ao vestuário e calçado, com a inflação homóloga a atingir 4,77%.

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) do INE indica que Moçambique «registou um aumento de preços na ordem dos 0,06%» face a Fevereiro (0,52%), com o vestuário e calçado a destacarem-se, contribuindo com um total de 0,05 pontos percentuais para a variação mensal.

Este é o sétimo aumento mensal consecutivo, depois de o IPC ter registado quatro meses de deflação: 0,11% em Agosto, 0,05% em Julho, 0,21% em Junho e 0,38% em Maio.

O INE refere ainda que, quando comparado com 2024, o IPC aponta para uma subida homóloga dos preços de 4,77%, influenciada sobretudo pelas divisões de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que cresceram 12,08% e 6,09%, respectivamente, num ano.

A inflação acumulada em 2024, segundo dados anteriores do INE, situou-se nos 4,15%, o que compara com os 5,3% de 2023, mas permanece abaixo do pico de quase 13% registado em Julho de 2022.

MPDC investe 2 MM$ para melhoria e expansão dos terminais de contentores

A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) prevê investir, a partir deste ano, cerca de 2 mil milhões de dólares para melhorar as infra-estruturas portuárias, com destaque para a expansão dos terminais de contentores, carvão, carga geral e minérios, cais e aquisição de novos equipamentos.

Segundo uma publicação do jornal Domingo, para o terminal de contentores, arrancou, há dias, a primeira fase das obras de expansão com vista a aumentar a sua capacidade, dos actuais 270 mil unidades equivalentes a 20 pés, tecnicamente denominadas por TEU, para 530 TEU por ano e, progressivamente, para um milhão TEU até 2058.

Citando os gestores da MPDC, a mesma publicação refere que estas alterações permitirão que o terminal receba navios da classe Panamax, com até 366 metros de comprimento, após o aprofundamento do calado do cais dos actuais 12 metros para 16. “O aumento da capacidade também vai acontecer no terminal de carvão da Matola, que passará de 7,5 milhões de toneladas por ano (MTPA) para 12 MTPA e, gradualmente, alcançará 18 MTPA”.

Em relação à expansão do terminal de carga geral e minérios, já foi concluída a construção de uma nova banca de minérios com 2,77 hectares, aumentando a capacidade para 10,3 MTPA e, paralelamente, reforçou-se os sistemas digitais e adquiriu-se novos equipamentos, permitindo elevar a capacidade deste terminal para 14 milhões de toneladas por ano.

No que diz respeito às infra-estruturas marítimas, a empresa revelou que vai reabilitar os cais 1 a 4, vocacionados para navios de cruzeiro, operações “Ro-Ro” e cabotagem, como parte da diversificação dos serviços portuários.

Extracção ilegal de minerais ameaça arrecadação fiscal em Moçambique

arrecadação fiscal

As autoridades moçambicanas apreenderam 750 toneladas de fluorite alegadamente exploradas de forma ilegal nas províncias de Sofala, Manica e Tete. A carga foi interpelada em Sofala, quando se encontrava em fase de preparação para exportação, segundo avançou o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME).

O Governo estima que a tentativa de exportação clandestina teria causado ao Estado um prejuízo de cerca de cinco milhões de meticais. Segundo o MIREME, estão actualmente em curso avaliações técnicas e laboratoriais para determinar a qualidade e a composição química do minério apreendido. A fluorite é amplamente usada nas indústrias metalúrgica, química, de vidro e cerâmica, sendo, por isso, altamente valorizada no mercado internacional.

O ministério reconhece, no documento, os desafios enfrentados na fiscalização das principais rotas de escoamento de recursos minerais, agravados pela destruição de postos de controlo durante as recentes manifestações pós-eleitorais. Adicionalmente, a limitada capacidade de vigilância em zonas remotas e o aumento do garimpo ilegal têm contribuído para perdas de receita e uma exploração descontrolada dos recursos naturais.

Em Março deste ano, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, já havia manifestado a intenção do Governo de impor regras mais rigorosas na utilização dos recursos minerais e energéticos, de forma a assegurar benefícios concretos para o País e para as comunidades locais.

“Não há dúvidas de que Moçambique possui recursos de índole mundial, e chegou o momento de também impor regras na sua utilização”, declarou o governante, reiterando a importância de maximizar os ganhos nacionais provenientes da exploração mineira.

Moçambique possui actualmente cerca de três mil licenças activas de exploração nos sectores de recursos minerais e energéticos. Contudo, grande parte do território continua exposta a actividades informais e ilegais, o que compromete uma gestão sustentável dos recursos e a arrecadação de receitas fiscais.

As autoridades reafirmam o compromisso de reforçar os mecanismos de controlo e apelam à colaboração das comunidades locais na denúncia de práticas ilegais, promovendo uma exploração mais transparente, sustentável e vantajosa dos recursos do País.

Maputo acolhe RENMOZ 2025 e reforça papel na transição energética

Maputo acolhe RENMOZ 2025 e reforça papel na transição energética

A cidade de Maputo será palco da maior conferência dedicada ao sector das energias renováveis em Moçambique, a Conferência de Negócios das Renováveis – RENMOZ 2025, que decorre nos dias 23 e 24 de Abril de 2025. O evento terá como tema central “A Transição Energética de Moçambique” e visa reforçar o compromisso do país com um futuro mais sustentável, baseado em fontes limpas de energia.

Organizada pela Associação Moçambicana de Energias Renováveis (AMER) e pela Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), a conferência conta com o apoio do GET.Invest Moçambique – financiado pela União Europeia e Alemanha, do áfrica Energy Challenge Fund (AECF) e da Embaixada da Suécia.

Durante dois dias, líderes empresariais, representantes do governo, especialistas e investidores internacionais irão discutir soluções concretas para acelerar a transição energética, promover o investimento sustentável e garantir o acesso universal à energia moderna.

Um dos momentos mais aguardados será o lançamento oficial da Estratégia de Transição Energética de Moçambique, documento que vai definir os compromissos climáticos do país, apontar soluções para mitigar as alterações climáticas e propor mecanismos de financiamento inovadores para o sector.

Para Ricardo Pereira, presidente da AMER, “a RENMOZ 2025 é um fórum estratégico para transformar os compromissos climáticos de Moçambique em acções concretas, promovendo a colaboração entre os sectores público, privado e parceiros internacionais”.

Já a presidente da ALER, Mayra Pereira, sublinhou que o evento vai além de um simples encontro anual, afirmando Moçambique como “pólo regional das energias renováveis” e promovendo pontes estratégicas entre desafios locais e oportunidades globais.

A conferência irá ainda acolher a apresentação da 4.ª edição do relatório “Resumo: Renováveis em Moçambique 2024”, que traz uma análise detalhada do estado do mercado nacional, tendências e novas oportunidades no sector.

O RENMOZ 2025 será também uma plataforma vibrante para o networking, com sessões dedicadas à criação de parcerias, atracção de investimentos e geração de novas oportunidades de negócio, consolidando Moçambique como um dos actores centrais da transição energética em África.

Banco Mundial reforça apoio ao sector da energia e anuncia novos compromissos em reunião com o Ministro

O Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estêvão Pale, reuniu-se recentemente com uma missão do Banco Mundial com o objectivo de rever e aprofundar a cooperação no sector energético e alinhar estratégias de financiamento para projectos prioritários e estruturantes do Governo moçambicano nas áreas de geração, transporte e distribuição de electricidade.

A missão do Banco Mundial, chefiada por Erik Fernstrom, gestor da área de Energia para a África Oriental, reafirmou o compromisso da instituição em continuar a financiar e reforçar a carteira de projectos de geração e transporte de energia em Moçambique, com destaque para o ProEnergia e para o projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, incluindo a respectiva linha de transporte de energia de alta tensão, com vista a acelerar o alcance do objectivo de electrificação universal até 2030 e impulsionar a industrialização do país.

Através do projecto ASCENT (Transformação Acelerada do Acesso à Energia Sustentável e Limpa), uma das iniciativas prioritárias, está prevista a extensão do ProEnergia – Fase 3, com a disponibilização de cerca de 131 milhões de dólares norte-americanos, para acelerar o acesso sustentável à energia em zonas rurais e periurbanas, através de soluções tecnológicas limpas, energias renováveis e a criação de infra-estruturas resilientes.

Este financiamento permitirá a construção de cerca de 150.000 novas ligações eléctricas, bem como a construção de linhas de transporte de energia.

Moçambique está igualmente a preparar-se para aderir à Iniciativa Energy Compact, uma plataforma internacional que visa acelerar os investimentos em electrificação em países em desenvolvimento. Com esta iniciativa, o país poderá aumentar o número anual de novas ligações eléctricas das actuais cerca de 400.000 para aproximadamente 600.000, bem como melhorar o acesso à cozinha limpa, através do uso de fogões mais eficientes e de gás de petróleo liquefeito (GPL).

O Ministro Estêvão Pale salientou a importância da colaboração com o Banco Mundial, sublinhando que “estes compromissos reforçados, através dos referidos projectos, são essenciais para alavancar o sector energético, garantir o acesso a energia segura, limpa e, acima de tudo, acessível para os moçambicanos, pois é isto que impulsionará o desenvolvimento do país”.

Durante esta missão, o Banco Mundial avaliou positivamente o trabalho em curso no Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa e reiterou o seu compromisso em apoiar a estruturação das garantias de compra de energia pela EDM, bem como o financiamento da linha de transporte de energia de alta tensão, considerada essencial para a viabilidade e impacto regional do projecto. Esta linha de transporte será vital para levar a energia gerada aos principais centros de consumo nacional e para exportação, integrando a visão de longo prazo do Projecto de Corredores de Energia Verde (GECP) – Fase 2, uma iniciativa regional de integração energética e infra-estruturas verdes.

O Ministro Estêvão Pale agradeceu o apoio contínuo do Banco Mundial, sublinhando que “estes projectos estruturantes reforçam a posição de Moçambique como um hub energético regional e são essenciais para garantir um crescimento económico inclusivo e sustentável”.

A missão do Banco Mundial decorreu entre os dias 24 de Março e 14 de Abril, durante a qual foram realizadas diversas reuniões com instituições nacionais ligadas ao sector da electricidade.

“Crescimento económico mundial vai desacelerar para menos de 2%” – alerta Fitch

A agência de notação financeira Fitch Ratings prevê que a economia mundial cresça menos de 2% este ano, devido ao impacto da grave escalada da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

Segundo o relatório sobre a economia global, divulgada na quarta-feira (16), e a que o PROFILE teve acesso, a Fitch Ratings prevê que “um crescimento inferior a 2% seria o valor mais fraco desde 2009, excluindo o período da pandemia de covid-19”. Assim, a Fitch cortou o crescimento mundial em 2025 em 0,4 ponto percentual e o crescimento da China e dos EUA em 0,5 ponto percentual.

“Espera-se que o crescimento anual dos EUA em 2025 permaneça positivo em 1,2%, mas desacelerará ao longo do ano para apenas 0,4% em relação ao ano anterior. O crescimento da China deve cair abaixo de 4% este ano e no próximo, enquanto o crescimento da zona do euro permanecerá bem abaixo de 1%”, lê-se no documento.

Adicionalmente, a Fitch considera que os aumentos das tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações, anunciados pelo Presidente norte-americano Donald Trump “foram muito piores do que o esperado”. Por isso, “é difícil prever a política comercial dos EUA com alguma confiança, mas agora assumimos que a taxa média das tarifas efectivas dos EUA sobre a China permanecerá acima dos 100% durante algum tempo, antes de cair para 60% no próximo ano”.

Lei do Trabalho com versão oficial em inglês: AmCham abre caminho para um ambiente de negócios mais acessível e competitivo

A Câmara de Comércio Americana em Moçambique (AmCham) lançou oficialmente a tradução para a língua inglesa da Lei do Trabalho N.º 13/2023, um passo significativo rumo à internacionalização do ambiente jurídico laboral, numa altura em que operam diferentes multinacionais, sobretudo no sector industrial moçambicano.

A cerimónia do lançamento deste instrumento contou com a presença de juristas, empresários, gestores de Recursos Humanos e representantes do sector financeiro.

Na ocasião, em formato de painel de debate, os representantes dos patrocinadores e especialistas jurídicos analisaram os impactos práticos da nova legislação laboral na gestão de empresas e nos direitos dos trabalhadores. Entre os oradores, destacam-se a Dra. Gimina Langa e a Dra. Celvicta Chaúque (SAL & Caldeira), a Dra. Tânia Silva Taju (PwC) e o Dr. Benedito Cossa (Vista Bank).

Durante a sua intervenção, a Directora Executiva da AmCham, Faheema Sulemane, disse que a tradução técnica da Lei do Trabalho vem colmatar uma lacuna crítica para investidores, gestores e quadros executivos estrangeiros que não dominam a língua portuguesa.

“Esta versão em inglês é uma ferramenta de conformidade e clareza. Facilita o acesso à informação legal, reduz o risco jurídico, melhora a comunicação interna nas empresas e promove um ambiente de negócios mais transparente e competitivo”, afirmou.

Estão disponíveis, numa primeira fase, 300 exemplares físicos da Lei traduzida, cujo conteúdo poderá igualmente ser utilizado para processos de due diligence, preparação de investimentos e harmonização das práticas laborais com o quadro legal vigente.

“Esta tradução legal permite que o investidor saiba, antes mesmo de entrar no mercado, o que o espera em termos laborais. É uma ferramenta de gestão de risco e de planeamento estratégico”, sublinhou Gimina Langa, advogada e sócia responsável pela área de direito laboral na SAL & Caldeira.

A AmCham reafirma, com este acto, o seu papel como plataforma de diálogo e advocacia empresarial, dando voz às necessidades do sector privado e promovendo projectos estruturantes que favorecem a segurança jurídica e o investimento estrangeiro directo em Moçambique.

Refira-se que, a tradução integral do diploma será ainda submetida a um inquérito interno, de onde resultará um parecer consolidado da AmCham sobre a aplicação prática da nova legislação, a ser partilhado com as autoridades e parceiros institucionais.

Esta iniciativa, promovida pela AmCham vem responder a um apelo dos seus membros e contou com o apoio técnico da sociedade de advogados SAL & Caldeira, e com o patrocínio de empresas de referência como a PwC, Vista Bank, Ernst & Young, Intelect Holding, Invicta Group e Servtec SBM.

Seis milhões e quinhentos mil meticais para financiamento a PME’s de agro-negócio

Seis milhões e quinhentos mil meticais é o valor disponibilizado, esta terça-feira, para o financiamento a pequenas e médias empresas dedicadas ao agro-negócio na província de Tete.

Trata-se de pequenas e médias empresas que operam nos distritos de Dôa, Angónia e cidade de Tete, cuja entrega dos títulos de financiamento foi feita pela primeira-dama, Gueta Chapo, durante a nona conferência sobre o investimento as pequenas e médias empresas realizada, esta terça–feira, na cidade de Tete.

Esposa do Presidente da República, Gueta Chapo, falando, esta terça-feira, após proceder a entrega de títulos de financiamento a pequenas e médias empresas dedicadas ao agro – negócio na Província de Tete. (RM)