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Sexta-feira, Julho 4, 2025
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Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo e Gás e Energia de Moçambique – MMEC

Moçambique será palco da 7ª edição do MMEC*, entre os dias 21 e 22 de Abril. Um evento que expõe a industria no sector de mineração, petróleo, gás e energia.

O objectivo é atrair investimentos, promover parcerias, ouvir decisores políticos e partilhar conhecimento sobre o sector.

Este evento deverá atrair expositores de cerca de 30 países. Além do sector privado, contará também, com a participação de quadros do governo como Ministros e Directores de empresas públicas.

A organização do evento desenvolveu um aplicativo para interacção dos participantes. A app permite ficar a par do programa do evento e até ver a lista de participantes. Conversar com os participante bem como marcar reuniões, são também duas funcionalidades a aplicação.

Caso esteja interessado em participar como espectador ou expositor, as inscrições podem ser feitas aqui.

*Em parceria com a ENH

Mozambique CEO Summit

A cidade de Maputo irá acolher o maior evento de negócios no país, que conecta executivos de nível “C”, o chamado Mozambique CEO Summit.

A decorrer no dia 25 de Fevereiro de 2021, numa modalidade híbrida (online e presencial), este evento promete promover partilha de experiência, oportunidades de negócios e investimentos nas áreas de GNL, agro-negócios, imobiliário e de inteligência artificial.

No evento, mais de 20 oradores nacionais e internacionais compartilharão a sua experiência e conhecimento. O Mozambique CEO Summit também promete ser uma plataforma de networking entre empresários nacionais e internacionais.

Caso queira participar, pode adquirir os bilhetes aqui.

Millennium Bim diz adeus às formas de pagamento convencionais com o Pay IZI

Foi recentemente disponibilizado o serviço Pay IZI do Millennium Bim, que se apresenta como alternativa moderna e ecológica aos pagamentos via cartão e dinheiro.

Através da parceria com o serviço de carteira móvel da Vodacom, M-Pesa, os comerciantes poderão receber pagamentos de usuários do Millennium IZI, do aplicativo Smart IZI e do M-Pesa, “sem custos de adesão, manutenção e de consumíveis associados”, segundo explica o comunicado de imprensa do Banco.

Além da adesão gratuita, outras vantagens do novo serviço incluem a notificação de todos os pagamentos, bem como a possibilidade de consultar o histórico de transacções.

Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “com este serviço, firmamos também o nosso compromisso de continuar a promover, de forma efectiva, a nossa estratégia de inclusão financeira dos moçambicanos”, lê-se no comunicado.

Já o Director Geral da Vodafone M-Pesa S.A, Gulamo Nabi, afirma que “um passo muito importante foi dado rumo ao objectivo de permitir que os clientes M-Pesa possam efectuar todas as suas transacções do dia-a-dia sem necessidade de recurso ao dinheiro físico”.

Esta iniciativa “deverá também ter um impacto positivo na aceleração da actividade económica no país”, acrescentou Nabi.

O canal de pagamento Pay IZI está disponível para download na Play Store para dispositivos Android.

Esta iniciativa é apresentada num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia e recorre à tecnologia para conceder soluções que auxiliem na redução do risco de contágio.

Outras inovações tecnológicas que estarão em alta, neste ano, estão descritas neste artigo do Profile.

Millennium Bim prevê inflação acelerada e juros brandos em 2021

A área de estudos económicos do Millennium Bim prevê que a inflação no país continuará a acelerar em 2021, rondando os 5.6%.

A previsão admite que esta aceleração está condicionada a vários factores como o mercado cambial, a oferta e procura de bens e serviços e a situação económica dos principais parceiros de Moçambique como a África do Sul.

Num documento publicado nesta quarta-feira, o Banco faz uma previsão de abrandamento das taxas de juro, pelo Banco Central, até segundo trimestre do próximo ano devido a “riscos inflacionários elevados”.

O Millennium Bim publica seu estudo na sequência da divulgação do Índice de Preços no Consumidor, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cujo resultado foi reportado pelo Profile.

Banco alemão doa €6M para apoiar MPME’s moçambicanas

Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s) moçambicanas terão acesso a um fundo de apoio emergencial de seis milhões de euros.

O valor é parte de um total de €17.5 milhões disponibilizados pela Cooperação Financeira Alemã através do Banco de Desenvolvimento daquele país – kfW.

Os seis milhões serão canalizados às empresas através do Banco de Moçambique, conforme anunciado pelo mesmo, nesta terça-feira, através de um comunicado.

O objectivo deste apoio é ajudar as empresas a mitigarem os efeitos negativos da COVID-19 e garantirem sua sobrevivência.

Sengundo o comunicado, este valor é destinado à “cobrir necessidades decorrentes do fluxo de caixa, incluindo, mas, não se limitando a, pagamentos de salários e outros custos fixos durante a pandemia”.

Nove milhões de Euros serão destinados à uma linha de crédito para MPME’s e finanças agrícolas.

Os restantes 2.5 milhões estarão alocados à assistência técnica que irão beneficiar as instituições financeiras participantes na linha de crédito para as MPME’s e finanças agrícolas.

A referida assistência servirá para “conferir maior rigor, transparência e fiabilidade da informação no processo de avaliação e monitoria”, lê-se no documento.

Total eleva comércio externo em Cabo Delgado

De acordo com Osvaldo Silva, director regional norte da Autoridade Tributária, de Janeiro a Outubro deste ano, no geral, a zona Norte do país registou uma redução nas importações e exportações.

Esta análise foi feita em comparação como o mesmo período do ano anterior.

Contudo, Silva afirmou, durante uma entrevista ao Jornal Notícias, que na província de Cabo Delgado, a situação foi diferente, tendo registado um aumento de mais de 100%.

Em termos concretos, no período em análise, foram importados 1124 contentores neste ano, contra 556 em 2019.

Para Silva, este aumento deve-se ao projecto de petróleo e gás da Total em Afungi.

Apesar de não ter se especificado a contribuição da petrolífera nestes números, em sua página web, a Total já havia se comprometido em trazer benefícios sócio-económicos ao país desde a fase da implanatação do projecto à exploração.

Financiador da Área 1 promete deixar de apoiar projectos de petróleo e gás

Reino Unido, um dos maiores financiadores do projecto da Área 1 da Total, deixará de financiar projectos de petróleo e gás.

Com isso, o país tornar-se-á o primeiro a dar este passo com vista a combater os efeitos das mudanças climáticas.

Esta promessa foi feita no Sábado, durante uma cimeira das Nações Unidas onde outros grandes países deverão apresentar as suas.

O Reino Unido, através da sua agência Finance Export, já havia dado garantias em milhares de milhões para ajudar companhias britânicas a se expandirem.

Moçambique estava no mapa do financiamento britânico no projecto de gás natural liquefeito da Total na Área 1.

O apoio planeado era de 20 mil milhões de dólares, assim sendo, a nação era um dos maiores financiadores do projecto.

É prematuro afirmar que o financiamento está em risco pois ainda não foi informada a data de implementação da medida.

Contudo, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que a entrada em vigor deverá acontecer “o mais rápido possível”.

Johnson ainda adiantou que haverá algumas excepções à nova regra, no que diz respeito a centrais eléctricas alimentadas a gás desde que estejam nos parâmetros do Acordo de Paris.

Ncondezi Energy angaria £750mil para projecto em Tete

Foi a partir de uma emissão de acções que a empresa de energia Ncondezi Energy conseguiu angariar o valor de £0.75 milhões.

Segundo a StockMarketWire, a empresa afirmou que este valor servirá “para o desenvolvimento de um projecto de energia alimentada a carvão em Tete, Moçambique”.

Dentre as despesas previstas estão as negociações tarifárias com a Electricidade de Moçambique (EDM) e outros acordos importantes como compra e concessão de energia.

As acções foram emitidas a £4.5 cada, o que, “segundo a Ncondezi Energy, foi um valor baixo para o preço médio ponderado do volume de 30 dias”, de acordo com a fonte supracitada.

Paulo Chibanga: “Queremos que as MPMEs cresçam e se tornem mais competitivas”

Profile Mozambique: Quais serão as principais prioridades estratégicas da sua liderança à frente da AIMO?

Paulo Chibanga: Enquanto nova direcção da Associação Industrial de Moçambique (AIMO), a nossa prioridade imediata será reforçar a coesão entre os membros da Associação, promovendo o seu fortalecimento técnico, financeiro e institucional. Queremos garantir que as pequenas e microindústrias, que representam mais de 90% do tecido industrial moçambicano, tenham condições para crescer e tornar-se mais competitivas.

Pretendemos dar continuidade a iniciativas de grande impacto, como o Mozindus – Mozambique Industrial Forum and Exhibition, e avançar com novos projectos como a Agência de Desenvolvimento Industrial e o programa de Acreditação Industrial, para apoiar a formação técnica, a certificação das empresas e a modernização tecnológica.

Outro eixo estratégico é impulsionar o conteúdo local nos grandes projectos, sobretudo no sector extractivo e energético. Vamos actualizar os cursos do nosso centro de formação metalomecânica, de forma a responder às necessidades reais do mercado, e com isto criar mais e melhores condições de empregabilidade dos jovens, e articular com o Governo e parceiros soluções para melhorar o acesso ao financiamento, um dos maiores desafios que a indústria enfrenta.

O nosso compromisso é, no final do mandato, ter um sector industrial mais forte, mais competitivo e mais preparado para criar emprego e gerar valor para Moçambique.

PM: A questão do acesso a financiamento e linhas de crédito competitivas tem sido apontada como uma das principais dificuldades do sector industrial. Que propostas específicas a AIMO trará ao diálogo com o Governo e o sistema financeiro?

PC: Na perspectiva da nova direcção, a questão do acesso ao financiamento competitivo continua a ser um dos maiores desafios para o fortalecimento da indústria nacional, em particular para as micro e pequenas empresas, que representam a larga maioria do sector.

No mandato anterior, iniciamos este caminho em parceria com a banca comercial, nomeadamente com o Millennium BIM, através da criação de uma linha de financiamento específica para a indústria, no valor de cerca de 5 mil milhões de meticais. Esta experiência permitiu perceber melhor as reais necessidades do sector e, ao mesmo tempo, revelou que mesmo com reduções marginais nas taxas de juro, o custo do dinheiro se mantém elevado e pouco acessível para a maioria dos industriais.

Para enfrentar este desafio, estamos a preparar um estudo de base (baseline study) que permita conhecer em detalhe o panorama actual da indústria moçambicana e identificar com maior precisão quais as áreas que precisam de apoio prioritário. Este trabalho será articulado com o projecto da futura Agência de Desenvolvimento Industrial, que deverá concentrar esforços no apoio técnico, capacitação e financiamento orientado sobretudo para as micro e pequenas empresas, de modo a impulsionar a competitividade e modernização do tecido produtivo nacional.

Ao mesmo tempo, defendemos que o Governo desempenhe um papel essencial como facilitador, criando mecanismos e condições que reduzam custos estruturais, isentem taxas em momentos críticos e ajudem a proteger a indústria nacional, sem se substituir ao mercado. Nesse sentido, estamos a intensificar o diálogo com parceiros estratégicos como o Millennium, BNI, ABSA Bank, Banco Mundial e o IFC, para desenvolver pacotes integrados de apoio financeiro e técnico aos nossos associados.

PM: O fortalecimento do diálogo público-privado foi destacado como elemento central do seu mandato. Que passos práticos serão tomados para dinamizar essa relação?

PC: No âmbito do nosso mandato na AIMO, assumimos o fortalecimento do diálogo público-privado como um pilar estratégico para impulsionar a competitividade do sector industrial.

De forma prática, iniciamos ainda no mandato passado contactos directos com o Governo, incluindo um encontro de trabalho com o Ministro da Economia, onde propusemos a criação de um grupo de trabalho conjunto. Este grupo servirá para aprofundar o diálogo técnico, identificar os principais constrangimentos enfrentados pelos nossos membros e, em conjunto, traçar soluções que reforcem a protecção da indústria nacional, sobretudo em sectores vulneráveis às importações.

Paralelamente, estamos a trabalhar na criação de clusters que permitam reunir empresas por áreas estratégicas, fomentando uma reflexão colectiva sobre desafios e oportunidades das cadeias de valor que são consideradas estratégicas para o país. Pretendemos igualmente alargar a presença da AIMO para além de Maputo, através da abertura de representações regionais, garantindo que a informação e as preocupações das indústrias de todo o país sejam levadas ao centro das decisões.

Por fim, no quadro da nossa participação na CTA, continuaremos a liderar o Pelouro da Indústria, mecanismo que nos permite propor reformas concretas e articular de forma directa as prioridades do sector industrial junto do Executivo. Acreditamos que este caminho fortalecerá a voz da indústria moçambicana e contribuirá para a definição de políticas públicas mais ajustadas às reais necessidades do sector.

PM: Importamos mais do que exportamos. Como pretende a AIMO inverter este cenário e estimular a produção nacional, sobretudo nos sectores prioritários?

PC: Para inverter o actual cenário em que Moçambique importa mais do que exporta, apostamos numa abordagem estruturada e estratégica, começando pela realização de um estudo de base (industrial baseline) que nos permitirá mapear com rigor o parque industrial existente, identificar potencialidades e perceber quais produtos podem, numa primeira fase, ser produzidos localmente em substituição das importações. Acreditamos que a substituição de importações é um dos caminhos incontornáveis para independência económica e robustez da nossa balança de pagamentos que neste momento é deficitária.

Paralelamente, estamos a avançar com o projecto de Acreditação Industrial, iniciado no mandato passado, que visa certificar empresas nacionais e elevar a sua competitividade no mercado interno e externo. Pretendemos igualmente incentivar a instalação de unidades de transformação agroindustrial e metalomecânica, olhando com atenção para produtos estratégicos que possam gerar maior valor acrescentado.

Esta estratégia assenta ainda no desenvolvimento de fornecedores locais e na promoção da certificação, medidas que, em conjunto, reforçarão a capacidade produtiva nacional, criando condições para que a indústria moçambicana reduza gradualmente a dependência de produtos importados e contribua de forma mais robusta para a balança comercial do país.

PM: Na perspectiva da AIMO, qual deve ser o papel da indústria moçambicana no actual ciclo de investimentos no sector extractivo e energético?

PC: Na AIMO, acreditamos que a indústria moçambicana deve ter um papel central no actual ciclo de investimentos no sector extractivo e energético, e para isso, temos de apostar fortemente na formação técnica dos nossos profissionais. Se não investirmos na capacitação, estaremos a limitar a possibilidade das nossas empresas participarem de forma competitiva nestes grandes projectos.

Defendemos que esta aposta deve ser feita de forma integrada, através de centros de formação, programas de on-job training e maior aproximação entre as empresas nacionais e os projectos internacionais. Queremos que as nossas micro, pequenas e médias indústrias não só participem, mas também ganhem experiência prática e técnica para responder às exigências do sector.

Estamos conscientes de desafios como o poaching, em que os nossos técnicos mais qualificados são aliciados por novas operadoras com melhores condições. Por isso, trabalhamos em equipa para garantir que, mesmo após fases de construção dos grandes projectos, consigamos reintegrar estes profissionais em outras empresas industriais nacionais, mantendo o saber-fazer e a competitividade dentro do país.

Outro eixo essencial é a certificação das empresas moçambicanas, que, embora onerosa, é crucial para garantir padrões internacionais e aumentar o nível de conteúdo local. Como equipa, queremos que, daqui a cinco anos, possamos medir e comprovar que a indústria nacional está mais presente, mais qualificada e mais integrada nestes grandes projectos.

PM: Que visão de longo prazo projecta para a indústria nacional, tendo em conta as exigências impostas pela globalização e pela necessidade de integração regional?

PC: A nossa visão de longo prazo para a indústria nacional assenta, antes de mais, na construção de um sector verdadeiramente competitivo, capaz de responder às exigências da globalização e de aproveitar as oportunidades da integração regional.

Para isso, apostamos, como equipa, na formação de mão-de-obra qualificada, que consideramos ser a base para qualquer transformação estrutural. Queremos chegar ao fim dos próximos cinco anos com uma indústria mais moderna, profissionais preparados e um sistema financeiro capaz de oferecer melhores condições, tornando o custo do dinheiro mais acessível para projectos industriais.

O nosso grande objectivo colectivo é ver a indústria moçambicana recuperar espaço no contexto africano, voltar a figurar entre as mais relevantes do continente e, gradualmente, conquistar mercados além-fronteiras. Primeiro, reforçando as exportações na região, e depois, com ambição e trabalho conjunto, posicionando os nossos produtos a nível global. É este o caminho que traçamos, movidos pelo espírito de liderança, união e confiança no potencial do nosso sector industrial.

Conheça melhor a AIMO e acompanhe de perto o desenvolvimento das suas actividades neste link: Associação Industrial de Moçambique

Transparência e impacto social: o que diz o modelo moçambicano de partilha de recursos?

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Num contexto global em que a gestão responsável dos recursos naturais se torna cada vez mais central para a sustentabilidade económica, o modelo moçambicano de partilha de receitas provenientes da exploração mineira e petrolífera tem ganho atenção pela tentativa de conciliar interesses do Estado, empresas e comunidades locais.

Mateus Mosse, Director de Relações Corporativas na Sasol Moçambique

De acordo com Mateus Mosse, Director de Relações Corporativas na Sasol Moçambique, em uma análise publicada pela revista brasileira Financial Times Brasil, Moçambique implementou um modelo que, embora ainda recente e com desafios, procura garantir que uma percentagem das receitas fiscais geradas por projectos de grande dimensão seja directamente canalizada para as zonas onde decorrem as operações extractivas.

Modelo moçambicano: percentagem destinada às comunidades

Desde 2013, a legislação moçambicana prevê que 2,75% das receitas fiscais provenientes da exploração de recursos naturais sejam destinadas às comunidades locais afectadas pelos projectos. Este mecanismo procura promover desenvolvimento local, inclusão social e redução das assimetrias regionais, sobretudo em províncias ricas em recursos como Cabo Delgado, Tete e Inhambane.

Na prática, os valores são aplicados em infra‑estruturas comunitárias – estradas, escolas, centros de saúde ou projectos de geração de rendimento – identificadas em consulta com as populações locais e autoridades distritais.

Comparação internacional: onde Moçambique se posiciona

Segundo a análise, Moçambique destaca-se, entre os países africanos lusófonos, por ter legislação específica que define um percentual fixo para as comunidades. Em contraste:

  • Em Angola, por exemplo, não existe uma percentagem definida por lei; a alocação é decidida caso a caso ou via fundos específicos.
  • Em países como Gana ou Nigéria, estruturas de fundos soberanos e fundos comunitários são mais consolidadas, contando com regras claras para reinvestimento em educação, saúde ou diversificação económica.

A nível global, países como Noruega são frequentemente citados como modelo pelo investimento rigoroso de receitas petrolíferas num fundo soberano para garantir benefícios intergeracionais.

Desafios e oportunidades

Especialistas ouvidos na análise apontam que, apesar dos avanços, Moçambique enfrenta desafios significativos na transparência, fiscalização e eficiência na aplicação destes recursos, especialmente em contextos de tensão social ou limitada capacidade institucional local.

Ademais, a volatilidade dos preços internacionais de carvão, gás e minerais influencia directamente o montante disponível para comunidades e orçamento nacional.

Ainda assim, o país tem procurado alinhar‑se com boas práticas internacionais, aderindo à Iniciativa para a Transparência nas Indústrias Extractivas (EITI) e aprofundando debates sobre o reforço de mecanismos de participação local.

Impacto potencial para a coesão económica

A partilha justa e transparente das receitas dos recursos naturais é vista como chave para:

  • Reduzir desigualdades regionais;
  • Reforçar a confiança entre Estado, empresas e cidadãos;
  • Transformar recursos não‑renováveis em investimentos de longo prazo.

Segundo analistas, a consolidação e monitoria eficaz do modelo moçambicano podem servir de referência para outros países africanos, especialmente no actual ciclo de expansão do sector do gás natural na bacia do Rovuma.

Leia a pesquisa completa aqui: https://revistaft.com.br/como-os-paises-partilham-as-receitas-de-recursos-naturais-o-modelo-de-mocambique/

Porto seco zambiano em Nacala reforça comércio e corta custos na região

Moçambique vai disponibilizar uma área de terra para que a Zâmbia construa um porto seco na província de Nacala, reforçando a cooperação bilateral e o potencial logístico do Corredor de Nacala, um dos mais estratégicos do continente africano.

O anúncio foi feito pelo Ministro dos Transportes e Logística da Zâmbia, Frank Tayali, no domingo, em declarações à emissora estatal Zambia National Broadcasting Corporation (ZBC). Segundo Tayali, a decisão foi confirmada pelo homólogo moçambicano, João Matlombe, durante o Global Transport Connectivity Forum 2025, realizado na Turquia.

Marco para a integração logística regional

Equipas técnicas de ambos os países irão trabalhar em conjunto para acelerar a formalização e implementação do projecto, que Tayali classificou como “um marco na cooperação bilateral” e uma medida que vai reduzir custos operacionais para o comércio zambiano.

A gestão do porto seco ficará a cargo da estatal Zamcargo, responsável também por instalações logísticas semelhantes na Namíbia e na Tanzânia.

Ligação estratégica ao Corredor de Nacala

O futuro porto seco surge integrado numa visão mais ampla da Zâmbia para dinamizar a sua infra-estrutura de transportes, nomeadamente através do projecto ferroviário Chipata–Serenje, que deverá ligar-se à linha Chipata–Mchinji no Malawi.

Com esta ligação, as mercadorias zambianas terão acesso facilitado ao Porto de Nacala, considerado um dos portos naturais mais profundos de África e peça central no escoamento de exportações e importações para os mercados internacionais.

A iniciativa reforça o posicionamento de Nacala como ponto logístico estratégico e confirma o papel de Moçambique como plataforma regional de comércio e transporte no eixo que liga o Oceano Índico ao interior da África Austral.

Lucros da banca moçambicana recuam mais de 20% em 2024, mas sector mantém robustez financeira

Os bancos comerciais que operam em Moçambique registaram, em 2024, uma redução de 21,9% nos seus lucros, que se fixaram em cerca de 24 mil milhões de meticais (aproximadamente 319,4 milhões de euros), segundo revela o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado em Junho pelo Banco de Moçambique.
Em termos médios diários, o lucro líquido do sector bancário caiu para menos de 900 mil euros por dia.

De acordo com o documento, esta quebra foi influenciada principalmente pelo aumento dos custos operacionais, com destaque para os custos com pessoal, que cresceram 7,88%, e ainda pelo agravamento das perdas por imparidade, que subiram 44,6%, penalizando os resultados operacionais.

Lucro concentrado nos bancos sistémicos

Apesar do recuo, o sector bancário manteve uma elevada concentração dos lucros em três instituições classificadas como sistémicas, que representaram 64,63% do total:

  • Banco Comercial e de Investimentos (BCI), detido maioritariamente pela portuguesa Caixa Geral de Depósitos;
  • Standard Bank Moçambique, filial do grupo sul-africano;
  • Banco Internacional de Moçambique (BIM), integrado no grupo português BCP.

Juntas, estas instituições alcançaram lucros de cerca de 16,82 mil milhões de meticais (cerca de 223,8 milhões de euros) ao longo do ano.

Crédito malparado agrava-se, mas liquidez permanece sólida

O rácio de crédito vencido (NPL ratio) do sistema bancário subiu de 8,23% em 2023 para 9,32% em 2024, mantendo-se acima do limite internacionalmente aceite de 5%.
Já o rácio de cobertura do crédito vencido caiu para 60,29%, face aos 66,02% registados no ano anterior.

Ainda assim, o Banco de Moçambique destaca que o sector “continua a apresentar níveis adequados de capitalização, liquidez e rentabilidade, apesar da redução na qualidade dos activos”.

O rácio global de solvabilidade fixou-se em 26,11%, mais do que duplicando o requisito regulamentar mínimo de 12%, enquanto o rácio de cobertura de liquidez a curto prazo alcançou 49,64%, também acima do mínimo exigido de 25%.

Queda nos indicadores de rentabilidade

O relatório aponta igualmente para uma descida dos principais indicadores de rentabilidade:

  • Return on Assets (ROA) recuou de 4,66% (2023) para 3,38% (2024);
  • Return on Equity (ROE) diminuiu de 19,11% (2023) para 13,91% (2024).

Retrato do sistema bancário nacional

Actualmente, Moçambique conta com:

  • 15 bancos comerciais;
  • 12 microbancos;
  • Cooperativas de crédito e outras instituições de poupança e crédito que complementam o sistema financeiro.

O Banco de Moçambique sublinha, no entanto, que apesar dos desafios macroeconómicos, o sector bancário “mantém-se resiliente”, desempenhando um papel essencial na canalização de recursos para a economia, mesmo perante o agravamento do risco de crédito e aumento dos custos operacionais.

Fonte: Relatório de Estabilidade Financeira – Banco de Moçambique

Dane Kondic lidera comissão de gestão da LAM

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) garante que o Presidente da sua Comissão de Gestão, o australiano Dane Kondić, continua a liderar o processo de reestruturação da companhia, tal como anunciado pelo IGEPE (Instituto de Gestão das Participações do Estado), em maio último. A garantia foi dada na noite de ontem, em comunicado de imprensa, após o recente anúncio da contratação de Kondić para liderar o Conselho de Administração da Air Botswana.

Dane Kondić, Presidente da Comissão de Gestão da LAM

Segundo o Conselho de Administração da LAM (composto pelos Presidentes dos Conselhos de Administração dos CFM, HCB e EMOSE), o cargo a ser ocupado pelo ex-CEO e Presidente do Grupo EuroAtlantic Airways e I-Jet Aviation na Air Botswana não é executivo, sendo de “natureza consultiva, exercido em regime de tempo parcial”.

No entanto, apesar desta situação, o Conselho de Administração da LAM entende que Kondić “deverá exercer as suas funções na LAM em regime de exclusividade”, uma proposta que, de acordo com a nota, “foi acolhida com disponibilidade pelo próprio”.

“Encontram-se, neste momento, em curso conversações com o referido gestor para viabilizar a implementação desta decisão, considerada essencial para a continuidade do exercício das suas funções à frente da Comissão de Gestão”, afirma a LAM, defendendo que “a função de Presidente da Comissão de Gestão da LAM exige dedicação exclusiva e um compromisso integral com os objectivos estratégicos da companhia”.

Lembre-se que Dane Kondić chegou à LAM em meados de Maio último, para liderar a nova Comissão de Gestão da companhia, após a demissão do anterior Conselho de Administração, que era liderado por Gildo Marcelino.

Na altura, a LAM explicou que a nomeação de Kondić, um australiano de origem sérvia (tem dupla nacionalidade), constituía “uma decisão estratégica” dos novos accionistas (EMOSE, CFM e HCB), “sustentada na necessidade de, em virtude da situação actual da empresa, e depois de sucessivas tentativas de resgate falhadas, trazer para esta fase de transição, um gestor com uma vasta experiência internacional na gestão e reestruturação de companhias aéreas, assente nos mais elevados padrões internacionais da indústria de aviação”. Até ao momento, não são conhecidos os resultados do trabalho realizado por Kondić.

Cimeira Empresarial EUA–África: MozParks apresenta-se no painel “Investir em Moçambique” 

 A MozParks participou esta semana no painel “Investir em Moçambique”, inserido na Cimeira Empresarial EUA–África 2025, realizada em Luanda e organizada pelo Corporate Council on Africa (CCA), em parceria com o Governo de Angola. A sessão reuniu representantes dos sectores público e privado de Moçambique para apresentar oportunidades de investimento e prioridades nacionais para o desenvolvimento industrial e económico.

Em representação da MozParks, o Director-Geral Onório Manuel partilhou reflexões sobre o panorama industrial em transformação no país e o papel das zonas económicas no apoio a um crescimento inclusivo e sustentável a longo prazo. Apresentou o principal projecto da MozParks, o Parque Industrial de Beluluane, que já atraiu mais de 3 mil milhões de dólares norte-americanos em investimento e acolheu mais de 60 empresas de 18 países. Falou também sobre a estratégia de expansão nacional da empresa, incluindo os desenvolvimentos em Topuito (Província de Nampula) e a futura rede de novos parques industriais e bases logísticas em Cabo Delgado.

“Estamos orgulhosos por fazer parte de um esforço crescente para posicionar Moçambique como um destino de excelência para o investimento industrial em África,” afirmou Onório Manuel. “A MozParks está pronta para apoiar novos investidores com infra-estruturas prontas para produção, apoio governamental centralizado e oportunidades de crescimento sustentável.”

Expansão em Cabo Delgado: Uma Estratégia Industrial Nacional

Como parte da sua expansão nacional, a MozParks está a desenvolver uma rede de seis parques industriais e bases logísticas em Cabo Delgado, estrategicamente localizados em torno dos principais projectos de investimento nos sectores do gás, mineração e agro-indústria.

Esta expansão segue o modelo de parques de fornecedores da MozParks, onde os principais fornecedores e prestadores de serviços para os projectos âncora estão instalados em zonas dedicadas, com infra-estruturas prontas. O modelo visa reforçar as cadeias de fornecimento locais, criar ligações económicas sustentáveis e melhorar o acesso ao mercado para as PME em todo o país.

Prevê-se que cada parque crie até 10.000 empregos e apoie a geração de rendimento para mais de 100.000 moçambicanos, contribuindo significativamente para a recuperação económica inclusiva e para a estabilidade regional a longo prazo.

Esta visão assenta na dinâmica criada pela Mesa Redonda de Cabo Delgado Parks, organizada em 2024 pelo Governo Provincial de Cabo Delgado. O evento reuniu intervenientes do governo, do sector privado e de empresas multinacionais a operar na região, incluindo a ExxonMobil, TotalEnergies, ENI e a Twigg Exploration and Mining, com o objectivo de alinhar as necessidades de infra-estrutura industrial com as prioridades da província.

BCI e Sir Motors lançam programa de mobilidade sustentável para educação infantil com autocarros eléctricos

O Banco Comercial e de Investimentos (BCI), em parceria com o Grupo Sir Motors, lançou, na Quinta-feira, 26 de Junho, no seu Auditório, na cidade de Maputo, o programa “Metrobus: Daqui Pr’Aqui”, uma iniciativa que alia mobilidade sustentável, educação e inclusão social.

Recorrendo a autocarros eléctricos, o programa visa assegurar o transporte periódico de crianças da província à cidade de Maputo e vice-versa, para promover visitas a instituições e espaços de interesse público, proporcionando-lhes experiências educativas enriquecedoras.

Na sua intervenção, o Presidente da Comissão Executiva do BCI, Francisco Costa, enquadrou a intervenção do Banco: “trata-se de mais uma iniciativa sustentável que o BCI apoia. Temos uma nova Direcção de Sustentabilidade, e esta acção enquadra-se exemplarmente na missão deste sector. Este projecto cruza duas dimensões essenciais para nós: a responsabilidade social e a sustentabilidade ambiental”, disse.

Adiante, destacou: “com esta iniciativa, acrescentamos uma componente inovadora, a utilização de autocarros eléctricos, que representa não só uma experiência inédita para estas crianças, como também um passo concreto rumo a uma mobilidade mais ecológica”.

Já o CEO da Sir Motors, Amade Camal, partilhou um testemunho pessoal, para sublinhar a importância de dar espaço à descoberta: “o primeiro passo para o crescimento e o desenvolvimento é este: sonhar. Para isso, é fundamental conhecer, estudar e aprender a aprender.

Só depois de sabermos o que nos inspira, conseguimos descobrir algo de que realmente gostamos e, com isso, nasce o verdadeiro sonho, aquele pelo qual vale a pena lutar”, afirmou. E prosseguiu: “Este projecto visa precisamente isso”.

O evento contou com a presença de representantes dos municípios de Maputo e da Matola, de colaboradores do BCI, bem como de dezenas de alunos da Escola Primária 16 de Junho.

Com esta acção, o BCI reafirma o seu compromisso com a inclusão e a sustentabilidade, promovendo iniciativas que aproximam pessoas, ampliam horizontes e contribuem para um futuro mais consciente e responsável.

O percurso de Augusta Maíta na alta Administração do Estado

Augusta de Fátima Charifo Maíta nasceu a 24 de Março de 1980, na Cidade da Beira, capital da província de Sofala. É filha de Domingos Mutizo António Maíta, Polícia, e de Maria de Fátima Charifo Maíta, tesoureira.

Augusta Maíta fez seus estudos na Cidade de Maputo, concluiu o ensino primário na Escola Primária 24 de Julho e o ensino secundário na Escola Secundária Josina Machel em 2000. Em 2006, terminou a licenciatura em História na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), na qual fez mestrado em 2011 em Sociologia Rural.

Maíta foi docente universitária na UEM, entre 2006 e 2011; Directora Nacional Adjunta de Estudos no Ministério da Economia e Finanças, entre 2011 e 2016; Presidente do Conselho de Administração do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS), entre 2016 e 2017, Secretária Permanente Provincial em Sofala, entre 2017 e 2018; e Directora-Geral do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades (INGC), entre 2018 e 2020.

Enquanto Directora Adjunta de Estudos, Augusta Maíta foi membro do Conselho Universitário, na Universidade Pedagógica, entre 2013 e 2015; altura em que também foi simultaneamente membro suplente do Conselho Superior de Estatística. Participou na Elaboração da Estratégia Nacional de Desenvolvimento e na proposta da Política da População.

Augusta de Fátima Charifo Maíta

Entre 2017 e 2018, foi Presidente do Conselho de Administração não Executivo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS). Foi homenageada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas “Às mulheres Humanitárias”, em reconhecimento dos esforços na resposta ao ciclone “Idai” e “Kenneth” em 2019.

Frequentou cursos de curta duração em Microeconomia e Macroeconomia na London School of Economics, em Londres. Frequentou o módulo sobre “Gestão Descentralizada do Desenvolvimento Regional” na Universidade de Humboldt, em Berlim, e o curso sobre Políticas de Emprego da ILO em Turim. Maíta é membro do Partido Frelimo, pelo qual foi cabeça-de-lista para as Eleições Autárquicas no Município da Cidade da Beira, em 2018 e professa a religião cristã, na Igreja Católica.

Moçambique vai receber mais investimentos do Brasil e Egipto

Os Embaixadores do Brasil e do Egipto manifestaram, ontem, a intenção de canalizar mais recursos para investir em sectores da saúde, agricultura, pesca, turismo, gás, energias renováveis, indústrias criativas e infra-estruturas.

Em encontros separados com o Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Álvaro Massingue, os diplomatas acreditados no país referiram que os seus países querem explorar oportunidades de desenvolvimento no território moçambicano.

O Embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra Cruz, disse que os próximos passos incluem a definição uma estratégia nacional de desenvolvimento, concebida por ambos países, incluindo o sector privado devido a sua preponderância para o crescimento económico.

“Não é possível o Estado trabalhar sozinho, portanto tem a responsabilidade de dinamizar diversos sectores produtivos do país” notou.

O Presidente da CTA referiu que a CTA está disponível a apoiar empresas brasileiras interessadas em explorar o mercado moçambicano, estabelecer parcerias com empresas locais e investir nos sectores prioritários.

Por outro lado, o diplomata egípcio, Mohamed Farghal, reconheceu que as trocas comerciais entre Moçambique e o Egipto não atravessam o melhor momento, pelo que o desiderato é “aumentar o volume de transacções comerciais” entre os países.

Dados disponíveis indicam que, nos últimos anos, as exportações de Moçambique para o Egipto situaram-se em torno de 6 a 8 milhões de dólares por ano, com destaque para produtos agrícolas e minerais, enquanto as importações do Egipto para Moçambique incluem fertilizantes, medicamentos e equipamentos, num volume anual médio de mais de 10 milhões de dólares.

Massingue adiantou que o início das conversações, será para breve, via online e está prevista a deslocação de uma delegação empresarial moçambicana ao Egipto, “para ver se aumentamos esta parceria nos próximos meses”.

Moçambicanos vencem Final Global do Hackfest 2025 com solução inovadora para atendimento ao cliente

A equipa moçambicana “Beyond Lungano” conquistou a Final Global do Hackfest 2025, promovido pelo grupo Vodafone, que teve lugar recentemente em Londres. Esta vitória surge após a consagração na fase continental do campeonato, realizada no início de Junho na África do Sul.

Composta por Adila Mussá, Abel Xavier, Célio Cumba e Idelaine Uaciquete, todos formados pelo Programa de Graduados da Vodacom Moçambique em 2024, a equipa foi distinguida na categoria Simplicidade, graças ao desenvolvimento de uma solução tecnológica que optimiza o serviço de atendimento ao cliente, tornando-o mais rápido e eficiente.

A solução premiada recorre a inteligência artificial para reduzir o número de etapas nos processos de apoio ao cliente, permitindo que os agentes deixem de se ocupar de tarefas repetitivas e burocráticas, automatizadas através da tecnologia.

“Esta proposta simplifica substancialmente os fluxos de trabalho, garantindo respostas mais céleres e eficazes aos utilizadores dos nossos serviços”, explicou o Almirante Dimas, coordenador do Programa de Graduados da Vodacom Moçambique.

A Vodacom Moçambique apresentou-se no Hackfest 2025 com projectos em quatro categorias, nomeadamente Cliente, Propósito, Crescimento e Simplicidade, todas elas apuradas nas fases nacional e continental. A proposta da equipa “Beyond Lungano” destacou-se na competição global, que reuniu jovens talentos de várias geografias onde o grupo Vodafone está presente.

O Hackfest é uma maratona internacional de programação que desafia jovens programadores a desenvolverem soluções digitais inovadoras num ambiente intensivo de colaboração e criatividade. O evento promove o uso de tecnologias emergentes para resolver desafios reais, com impacto directo na experiência dos clientes.

Esta conquista reflecte o forte investimento da Vodacom Moçambique em inovação e no desenvolvimento do talento nacional, ao proporcionar aos jovens moçambicanos formação de excelência, desafios estimulantes e oportunidades para brilhar no palco internacional.