Terça-feira, Setembro 10, 2024
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Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo e Gás e Energia de Moçambique – MMEC

Moçambique será palco da 7ª edição do MMEC*, entre os dias 21 e 22 de Abril. Um evento que expõe a industria no sector de mineração, petróleo, gás e energia.

O objectivo é atrair investimentos, promover parcerias, ouvir decisores políticos e partilhar conhecimento sobre o sector.

Este evento deverá atrair expositores de cerca de 30 países. Além do sector privado, contará também, com a participação de quadros do governo como Ministros e Directores de empresas públicas.

A organização do evento desenvolveu um aplicativo para interacção dos participantes. A app permite ficar a par do programa do evento e até ver a lista de participantes. Conversar com os participante bem como marcar reuniões, são também duas funcionalidades a aplicação.

Caso esteja interessado em participar como espectador ou expositor, as inscrições podem ser feitas aqui.

*Em parceria com a ENH

Mozambique CEO Summit

A cidade de Maputo irá acolher o maior evento de negócios no país, que conecta executivos de nível “C”, o chamado Mozambique CEO Summit.

A decorrer no dia 25 de Fevereiro de 2021, numa modalidade híbrida (online e presencial), este evento promete promover partilha de experiência, oportunidades de negócios e investimentos nas áreas de GNL, agro-negócios, imobiliário e de inteligência artificial.

No evento, mais de 20 oradores nacionais e internacionais compartilharão a sua experiência e conhecimento. O Mozambique CEO Summit também promete ser uma plataforma de networking entre empresários nacionais e internacionais.

Caso queira participar, pode adquirir os bilhetes aqui.

Millennium Bim diz adeus às formas de pagamento convencionais com o Pay IZI

Foi recentemente disponibilizado o serviço Pay IZI do Millennium Bim, que se apresenta como alternativa moderna e ecológica aos pagamentos via cartão e dinheiro.

Através da parceria com o serviço de carteira móvel da Vodacom, M-Pesa, os comerciantes poderão receber pagamentos de usuários do Millennium IZI, do aplicativo Smart IZI e do M-Pesa, “sem custos de adesão, manutenção e de consumíveis associados”, segundo explica o comunicado de imprensa do Banco.

Além da adesão gratuita, outras vantagens do novo serviço incluem a notificação de todos os pagamentos, bem como a possibilidade de consultar o histórico de transacções.

Para José Reino da Costa, PCE do Millennium bim, “com este serviço, firmamos também o nosso compromisso de continuar a promover, de forma efectiva, a nossa estratégia de inclusão financeira dos moçambicanos”, lê-se no comunicado.

Já o Director Geral da Vodafone M-Pesa S.A, Gulamo Nabi, afirma que “um passo muito importante foi dado rumo ao objectivo de permitir que os clientes M-Pesa possam efectuar todas as suas transacções do dia-a-dia sem necessidade de recurso ao dinheiro físico”.

Esta iniciativa “deverá também ter um impacto positivo na aceleração da actividade económica no país”, acrescentou Nabi.

O canal de pagamento Pay IZI está disponível para download na Play Store para dispositivos Android.

Esta iniciativa é apresentada num momento em que o mundo enfrenta uma pandemia e recorre à tecnologia para conceder soluções que auxiliem na redução do risco de contágio.

Outras inovações tecnológicas que estarão em alta, neste ano, estão descritas neste artigo do Profile.

Millennium Bim prevê inflação acelerada e juros brandos em 2021

A área de estudos económicos do Millennium Bim prevê que a inflação no país continuará a acelerar em 2021, rondando os 5.6%.

A previsão admite que esta aceleração está condicionada a vários factores como o mercado cambial, a oferta e procura de bens e serviços e a situação económica dos principais parceiros de Moçambique como a África do Sul.

Num documento publicado nesta quarta-feira, o Banco faz uma previsão de abrandamento das taxas de juro, pelo Banco Central, até segundo trimestre do próximo ano devido a “riscos inflacionários elevados”.

O Millennium Bim publica seu estudo na sequência da divulgação do Índice de Preços no Consumidor, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cujo resultado foi reportado pelo Profile.

Banco alemão doa €6M para apoiar MPME’s moçambicanas

Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s) moçambicanas terão acesso a um fundo de apoio emergencial de seis milhões de euros.

O valor é parte de um total de €17.5 milhões disponibilizados pela Cooperação Financeira Alemã através do Banco de Desenvolvimento daquele país – kfW.

Os seis milhões serão canalizados às empresas através do Banco de Moçambique, conforme anunciado pelo mesmo, nesta terça-feira, através de um comunicado.

O objectivo deste apoio é ajudar as empresas a mitigarem os efeitos negativos da COVID-19 e garantirem sua sobrevivência.

Sengundo o comunicado, este valor é destinado à “cobrir necessidades decorrentes do fluxo de caixa, incluindo, mas, não se limitando a, pagamentos de salários e outros custos fixos durante a pandemia”.

Nove milhões de Euros serão destinados à uma linha de crédito para MPME’s e finanças agrícolas.

Os restantes 2.5 milhões estarão alocados à assistência técnica que irão beneficiar as instituições financeiras participantes na linha de crédito para as MPME’s e finanças agrícolas.

A referida assistência servirá para “conferir maior rigor, transparência e fiabilidade da informação no processo de avaliação e monitoria”, lê-se no documento.

Total eleva comércio externo em Cabo Delgado

De acordo com Osvaldo Silva, director regional norte da Autoridade Tributária, de Janeiro a Outubro deste ano, no geral, a zona Norte do país registou uma redução nas importações e exportações.

Esta análise foi feita em comparação como o mesmo período do ano anterior.

Contudo, Silva afirmou, durante uma entrevista ao Jornal Notícias, que na província de Cabo Delgado, a situação foi diferente, tendo registado um aumento de mais de 100%.

Em termos concretos, no período em análise, foram importados 1124 contentores neste ano, contra 556 em 2019.

Para Silva, este aumento deve-se ao projecto de petróleo e gás da Total em Afungi.

Apesar de não ter se especificado a contribuição da petrolífera nestes números, em sua página web, a Total já havia se comprometido em trazer benefícios sócio-económicos ao país desde a fase da implanatação do projecto à exploração.

Financiador da Área 1 promete deixar de apoiar projectos de petróleo e gás

Reino Unido, um dos maiores financiadores do projecto da Área 1 da Total, deixará de financiar projectos de petróleo e gás.

Com isso, o país tornar-se-á o primeiro a dar este passo com vista a combater os efeitos das mudanças climáticas.

Esta promessa foi feita no Sábado, durante uma cimeira das Nações Unidas onde outros grandes países deverão apresentar as suas.

O Reino Unido, através da sua agência Finance Export, já havia dado garantias em milhares de milhões para ajudar companhias britânicas a se expandirem.

Moçambique estava no mapa do financiamento britânico no projecto de gás natural liquefeito da Total na Área 1.

O apoio planeado era de 20 mil milhões de dólares, assim sendo, a nação era um dos maiores financiadores do projecto.

É prematuro afirmar que o financiamento está em risco pois ainda não foi informada a data de implementação da medida.

Contudo, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que a entrada em vigor deverá acontecer “o mais rápido possível”.

Johnson ainda adiantou que haverá algumas excepções à nova regra, no que diz respeito a centrais eléctricas alimentadas a gás desde que estejam nos parâmetros do Acordo de Paris.

Ncondezi Energy angaria £750mil para projecto em Tete

Foi a partir de uma emissão de acções que a empresa de energia Ncondezi Energy conseguiu angariar o valor de £0.75 milhões.

Segundo a StockMarketWire, a empresa afirmou que este valor servirá “para o desenvolvimento de um projecto de energia alimentada a carvão em Tete, Moçambique”.

Dentre as despesas previstas estão as negociações tarifárias com a Electricidade de Moçambique (EDM) e outros acordos importantes como compra e concessão de energia.

As acções foram emitidas a £4.5 cada, o que, “segundo a Ncondezi Energy, foi um valor baixo para o preço médio ponderado do volume de 30 dias”, de acordo com a fonte supracitada.

BdM cria fundo de garantia mutuária para facilitar crédito às MPME

De acordo com o documento consultado esta segunda-feira (9) pelo DE, as sociedades de garantia mútua têm como objectivo facilitar o acesso ao crédito para as MPME, oferecendo garantias e contra-garantias que minimizem o risco para os credores. Estas sociedades funcionam como uma rede de apoio que permite às empresas reunir recursos e partilhar o risco de crédito, criando um ambiente mais favorável ao financiamento. As sociedades gestoras dos fundos de garantia mutuária, por sua vez, são responsáveis pela administração destes fundos e pela execução de outras operações permitidas por lei, assegurando uma gestão eficiente dos recursos.

A decisão do BdM baseia-se na Lei n.º 20/2020, de 31 de Dezembro, que regulamenta as instituições de crédito e sociedades financeiras, incluindo a criação de sociedades de garantia mútua. Esta iniciativa é complementada pelo Decreto n.º 37/2024, de 10 de Junho, que cria o Fundo de Garantia Mutuária, um instrumento destinado a promover o acesso ao financiamento pelas MPME e a dinamizar o sector privado.

“Com um capital inicial estimado em 30 milhões de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de meticais), o fundo tem como finalidade reduzir as barreiras ao financiamento para as pequenas e médias empresas, oferecendo garantias financeiras aos bancos e outras instituições de crédito”

O Fundo de Garantia Mutuária foi criado no âmbito do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE) promovido pelo Governo e será implementado pelo Banco Nacional de Investimento (BNI). Com um capital inicial estimado em 30 milhões de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de meticais), o fundo tem como finalidade reduzir as barreiras ao financiamento para as pequenas e médias empresas, oferecendo garantias financeiras aos bancos e outras instituições de crédito.

Além disso, o Aviso n.º 11/GBM/2024 complementa o Aviso n.º 10/GBM/2024, também emitido a 30 de Agosto, que introduz novas directrizes sobre prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e financiamento da proliferação de armas de destruição em massa. Estas directrizes reforçam o compromisso do Banco de Moçambique em assegurar a integridade e a estabilidade do sistema financeiro nacional, impondo normas rigorosas de gestão de risco e conformidade para todas as instituições financeiras sob sua supervisão.

Ao definir um capital social mínimo de 30 milhões de meticais, o BdM visa não só garantir a solidez financeira das sociedades de garantia mútua e dos fundos de garantia, mas também fomentar a confiança dos investidores e promover um ambiente económico mais dinâmico e seguro no País.

Com estas medidas, espera-se um impacto positivo na economia nacional, incentivando o desenvolvimento do sector privado e facilitando o acesso ao crédito para milhares de pequenas e médias empresas que desempenham um papel crucial no crescimento económico de Moçambique.

Moçambique avança no comércio internacional com o lançamento da ExportaMoz Solutions

A ExportaMoz Solutions anunciou o seu lançamento oficial durante a 59ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM) 2024. Este projecto inovador surge com o objectivo de transformar o cenário de exportação em Moçambique, especialmente no que se refere ao apoio às pequenas e médias empresas (PMEs), que frequentemente enfrentam desafios significativos para acessar mercados internacionais.

Diante das dificuldades encontradas pelas PMEs moçambicanas para se inserirem no comércio global, a ExportaMoz Solutions apresenta-se como uma solução prática e estratégica para impulsionar o crescimento económico sustentável do país. O projecto foi concebido para fornecer às empresas moçambicanas as ferramentas e o conhecimento necessários para que possam competir de forma eficaz no mercado global.

A iniciativa está alicerçada em três pilares fundamentais: difusão de conhecimento, interação e divulgação no marketplace virtual, e capacitação e formação. O primeiro pilar envolve o lançamento do “Guia do Exportador”, um recurso essencial que será atualizado trimestralmente e que oferecerá informações valiosas sobre mercados internacionais, com um enfoque inicial em produtos agrícolas e uma expansão planeiada para sectores como minerais críticos, produtos artesanais, serviços de logística, turismo e produtos industrializados.

O segundo pilar é a Plataforma do Exportador, um marketplace virtual gratuito que permite às PMEs expor os seus produtos a nível global, além de se conectarem com clientes, fornecedores e prestadores de serviços de apoio à exportação, que vão desde finanças e seguros até logística e consultoria. Este ambiente virtual promete ser uma ponte vital entre as PMEs moçambicanas e os mercados internacionais, facilitando o comércio e aumentando a visibilidade global dos produtos nacionais.

Por fim, a capacitação e formação serão promovidas através da Incubadora ExportaMoz, que oferecerá workshops, feiras e outros eventos destinados a preparar empresas com potencial exportador. Esses programas específicos visam capacitar as PMEs para que superem os desafios impostos pelos mercados externos e atendam às suas exigências.

Com o apoio de parceiros governamentais, empresários e diversos stakeholders do sector, a ExportaMoz Solutions está firmemente comprometida em criar um ambiente propício ao comércio internacional, abrindo novas oportunidades para o sector empresarial moçambicano.

Além de facilitar as exportações, a iniciativa busca posicionar Moçambique como um mercado competitivo no cenário global, contribuindo para o desenvolvimento económico do país.

O lançamento da ExportaMoz Solutions na FACIM 2024 marca um passo significativo na promoção de Moçambique como um player relevante no comércio internacional, oferecendo novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento para as PMEs locais.

MultiChoice lidera iniciativa contra pirataria digital e recebe reconhecimento global

Só no ano passado, 2023, foram eliminados cerca de 4000 clips ilegais das redes sociais, evitando quase quatro mil milhões de visualizações ilegais. O roubo de conteúdos de entretenimento não é apenas um ataque a uma indústria. É um ataque ao coração criativo de África, em particular, de Moçambique.

É facto! Na actual era digital em rápida evolução, a pirataria de conteúdos não é apenas um desafio tecnológico – é uma ameaça à subsistência de inúmeros profissionais criativos que dão vida às histórias. Como principal fornecedor de entretenimento do continente, a MultiChoice há muito está empenhada na luta contra a pirataria, não só para salvaguardar o nosso negócio, mas também para proteger os profissionais por detrás do entretenimento que traz alegria, conexão e significado a milhões de clientes.

Um ano de reconhecimento e resiliência

Este ano, as nossas marcas de consumo DStv e GOtv lançaram algumas iniciativas para sensibilizar o público sobre esta causa importante e orgulhamo-nos de ver os nossos esforços reconhecidos. A campanha da DStv “A pirataria não conta as nossas histórias” foi reconhecida ao ser finalista em duas categorias dos ‘Global Entertainment Marketing Awards’. Estas nomeações são um reflexo dos efeitos devastadores da pirataria de conteúdos. O vídeo da campanha da DStv retrata de forma vívida como a pirataria corrói não só os meios de subsistência individuais, mas também o rico património narrativo do continente. É um lembrete claro de que o roubo de conteúdos de entretenimento não é apenas um ataque a uma indústria; é um ataque ao coração criativo de África.

Angerie van Wyk, Diretora Executiva de Marketing do Grupo MultiChoice África, afirma que “ser nomeada é uma vitória para nós e para a indústria. Atesta os nossos esforços intencionais para educar e sensibilizar continuamente sobre esta causa, mas também ilustra o impacto mais alargado que a pirataria tem na indústria do entretenimento. É uma vitória ainda maior para as pessoas cujas carreiras lutamos para proteger – dos guionistas aos técnicos de iluminação, dos maquilhadores aos assistentes de produção, que são os heróis invisíveis de todos os programas que os nossos clientes adoram”.

A ideia por detrás de tudo isto

Angerie van Wyk explica: “a ideia por detrás da campanha surgiu de um brainstorming com o Dr. Keabetswe Modimoeng, (Executivo do Grupo para os Assuntos Empresariais e Relações com as Partes Interessadas da MultiChoice África) em Angola, um dos vários países africanos fortemente afectados pela pirataria. Sabíamos que uma campanha de sensibilização pode não impedir as pessoas de piratear, mas queríamos que, pelo menos, sentissem algo quando compreendessem o impacto. Sempre adorei a imagem de um campo de futebol vazio e poeirento, onde os miúdos estão a dar uns pontapés na bola. É um sítio onde começam os sonhos de grandeza. Muitos dos nossos heróis do futebol favoritos começaram a sua jornada para o sucesso em lugares como este, no entanto, sem uma indústria de entretenimento televisivo protegida, infelizmente esse sonho nunca poderá ser realizado e desfrutado tanto pelos futebolistas como também pelos fãs.”

Frikkie Jonker, Director de Cibersegurança e Anti-pirataria da Irdeto, um parceiro da MultiChoice Africa, afirma “o nosso trabalho com os reguladores e membros influentes da comunidade continua a ser um sucesso. Continuamos empenhados em fazer mais e estamos apaixonados por influenciar o comportamento do nosso público para melhor, fornecendo-lhes mais vídeos educativos que influenciam a mudança”.

Bron Schultz, Director de Estratégia da Birthmark, deu vida a este projecto e afirmou que “queríamos chamar a atenção para as pessoas frequentemente marginalizadas na conversa sobre pirataria. Não se trata apenas de figuras sem rosto num sistema – são artistas, contadores de histórias e profissionais cujo trabalho dá vida à rica narrativa cultural de África. Este vídeo é um lembrete de que, quando pirateamos conteúdos, não estamos apenas a roubar das empresas; estamos a roubar as vozes e o futuro dos criadores africanos”.

O vídeo, agora mundialmente reconhecido, termina num campo de futebol vazio; o que aconteceu foram personagens a desaparecerem no fundo.  O vídeo transmite aos telespectadores a verdade que deve ser confrontada se optarem pela pirataria; o talento atrás e à frente do ecrã é afectado negativamente, as suas histórias não são contadas.

O que é que se pode fazer?

Na DStv, não estamos apenas no negócio do entretenimento; estamos no negócio de proteger o futuro da narração de histórias africanas. Juntamente com os nossos parceiros e clientes, continuaremos a evoluir, a inovar e a ganhar a batalha contra a pirataria. Encorajamos os clientes a denunciarem quaisquer actividades de pirataria ou sites suspeitos que encontre. As suas acções podem ajudar a proteger a economia criativa que é fundamental para o crescimento e a riqueza cultural de África.

A luta global contra a pirataria

A pirataria, especialmente a pirataria de streaming digital, representa 95% da actividade ilegal que afecta os organismos de radiodifusão em todo o mundo. África, com a sua população jovem e com conhecimentos digitais, tornou-se um alvo preferencial para estes sindicatos. Na DStv, investimos em tecnologia de ponta e estabelecemos parcerias com líderes globais como a Irdeto para rastrear e processar o roubo de conteúdos de forma mais eficaz. Só no ano passado, eliminámos cerca de 4000 clips ilegais das redes sociais, evitando quase quatro mil milhões de visualizações ilegais.

A nossa luta vai para além da tecnologia. Trabalhamos em estreita colaboração com as agências de aplicação da lei para encerrar operações piratas e instaurar processos judiciais. Estamos a aperfeiçoar as nossas campanhas de informação para educar os consumidores sobre os efeitos devastadores da pirataria na indústria criativa e na economia. Os riscos são elevados e a nossa mensagem é clara: quando se pirateia um conteúdo, não se está apenas a roubar as empresas; está-se a retirar a oportunidade de criação de futuros conteúdos.

Veja os vídeos sobre a campanha “A pirataria não conta as nossas histórias”:

Conteúdo local – https://we.tl/t-eBtKI2ieZn

Desporto – https://we.tl/t-f6KSMaal0s

Lucros da Banca aumentam 28% em média no primeiro semestre de 2024

Nos primeiros seis meses de 2024, os maiores bancos comerciais de Moçambique apresentaram resultados financeiros sólidos, reflectindo um cenário de resiliência e adaptação às condições económicas desafiadoras do país. De acordo com os documentos consultados pelo PROFILE, os números mais recentes divulgados pelo Absa Bank Moçambique, Moza Banco, Standard Bank Moçambique, Millennium Bim e Banco Comercial e de Investimentos (BCI) demonstram, em maior ou menor grau, um crescimento significativo na lucratividade e na capacidade de adaptação a um ambiente financeiro volátil.

Absa Bank Moçambique: Lucro salta quase 120%

O Absa Bank Moçambique revelou um desempenho notável, com um aumento impressionante de 119,67% nos lucros, atingindo 1.712.680 mil meticais (aproximadamente US$ 26,76 milhões) no primeiro semestre de 2024, comparado aos 779.658 mil meticais (aproximadamente US$ 12,18 milhões) no mesmo período do ano anterior. Esse crescimento expressivo foi obtido apesar da queda nos juros e rendimentos similares, que diminuíram 8,94%, para 4.268.421 mil meticais (aproximadamente US$ 66,69 milhões), refletindo o impacto de condições desafiadoras de mercado.

A margem financeira do banco reduziu ligeiramente para 2.759.835 mil meticais (aproximadamente US$ 43,12 milhões), representando uma queda de 6,38% em comparação ao mesmo período de 2023. Em contraste, o rendimento operacional líquido cresceu 29,92%, totalizando 4.440.411 mil meticais (aproximadamente US$ 69,38 milhões), destacando a eficiência operacional do banco.

O banco também relatou uma leve redução em seus ativos totais, que caíram 4,73% para 73.275.497 mil meticais (aproximadamente US$ 1,14 bilhão). No entanto, o capital próprio do banco aumentou 9,28%, para 11.233.300 mil meticais (aproximadamente US$ 175,52 milhões), fortalecendo ainda mais sua posição financeira.

Moza Banco: Da recuperação ao lucro

O Moza Banco, por sua vez, teve um desempenho significativo ao sair de um prejuízo de 55,6 milhões de meticais (795 mil euros) no primeiro semestre de 2023 para um lucro de 11,2 milhões de meticais (161 mil euros) no mesmo período de 2024. Este progresso marca a continuidade de uma recuperação que começou em 2022, quando o banco inverteu anos de prejuízos para finalmente registar lucros.

O banco também viu um aumento modesto de 1,3% em seus ativos totais, que somaram 59.782 milhões de meticais (855,7 milhões de euros) até junho de 2024, enquanto o passivo total subiu 2%, alcançando 50.199 milhões de meticais (718,5 milhões de euros). A designação do Moza Banco como uma instituição sistêmica pelo Banco de Moçambique destaca sua importância no sector financeiro nacional.

Standard Bank Moçambique: Crescimento modesto, mas sólido

O Standard Bank Moçambique, outro banco considerado sistêmico, registou um aumento modesto de 3% nos lucros, que somaram 3.936 milhões de meticais (57 milhões de euros) no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. O banco também apresentou um crescimento de 6,25% nos seus activos totais, que chegaram a 168.874 milhões de meticais (2.447 milhões de euros), enquanto os passivos cresceram 9,7%, atingindo 135.069 milhões de meticais (1.957 milhões de euros).

Apesar de desafios como a queda na proporção de ativos remunerados, o Standard Bank conseguiu manter um desempenho financeiro sólido, evidenciando a eficácia de sua estratégia de negócio.

Millennium bim: Lucros em queda, mas com crescimento de activos

O Millennium bim, um dos principais bancos do país, viu seus lucros caírem 4% no primeiro semestre de 2024, totalizando 3.225 milhões de meticais (46,7 milhões de dólares), em contraste com os 3.367 milhões de meticais (48,8 milhões de dólares) no mesmo período de 2023. No entanto, o banco registou um crescimento de 4,6% em seus activos totais, atingindo 199.129 milhões de meticais (2.880 milhões de dólares), e um aumento de 7,5% em seus passivos, que somaram 165.040 milhões de meticais (2.387 milhões de dólares).

O banco continuou a fortalecer sua posição no mercado sob a nova liderança de Moisés Jorge, destacando seu compromisso com a valorização dos quadros internos e a gestão eficaz de custos.

BCI: Crescimento sólido e liderança de mercado

Por fim, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) reforçou sua posição como o maior banco de Moçambique, apresentando um crescimento de 2,8% nos lucros, que somaram 3.549 milhões de meticais (51,4 milhões de dólares) no primeiro semestre de 2024. O banco também reportou um aumento de 7,8% nos seus activos totais, que alcançaram 226,3 mil milhões de meticais (3.279 milhões de dólares), e um crescimento de 10% nos passivos, que chegaram a 196,9 mil milhões de meticais (2.852 milhões de dólares).

O BCI manteve a liderança no sector bancário moçambicano, com uma quota de mercado de 25,80% no crédito, 25,39% nos depósitos e 22,89% nos ativos, servindo actualmente 2,3 milhões de clientes em todo o país.

Em linhas gerais, o primeiro semestre de 2024 mostrou-se desafiador, mas também promissor para os principais bancos de Moçambique. Embora cada instituição tenha enfrentado desafios específicos, o panorama geral indica uma resiliência robusta no sector bancário do país, com diversas instituições relatando crescimento nos lucros, expansão de ativos e fortalecimento de suas posições no mercado. Esses resultados não só reflectem a eficácia das estratégias implementadas, como também preparam o terreno para um crescimento sustentável no futuro.

Genius Behind the Brands – 27 de Setembro 2024

Anunciamos que as inscrições para o lançamento do “Genius Behind the Brands: O Impacto dos Profissionais nos Bastidores das Marcas” estão oficialmente abertas!

O evento vai decorrer no dia 27 de setembro de 2024 e será uma jornada inspiradora, onde tu poderás colher insights valiosos com os profissionais que fazem a diferença por trás das marcas.

Inscreve-te já!

🔗 https://lnkd.in/dnkhJ7Ng

Gratuito

📅 Data: 27 de setembro de 2024
🕒 Hora: 16h
📍 Local: Orange Corners

Não perca a oportunidade de te inspirares e aprenderes com os “Genius”.

Concurso: Mulheres na Economia Azul – 31 de Outubro de 2024

A Embaixada da França e a MUVA, em atendimento ao pedido dos(as) participantes, estenderam até o dia 19 de Setembro o prazo de submissão das obras, para o Concurso Cultural Mulheres na Economia Azul. O evento Mar Nosso também passa para uma nova data, dia 31 de Outubro.

Clica no link para ver os Termos de Referência e participar https://bit.ly/3AV5I1l

Branqueamento de capitais: Moçambique poderá sair da lista cinzenta em Outubro próximo

Moçambique prevê sair da lista cinzenta até Outubro próximo após obter progressos significativos no combate ao branqueamento de capitais, com a reclassificação em alta de sete recomendações do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), aprovada pelo Conselho de Ministros do Grupo de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais da África Austral e Oriental (ESAAMIG).

Segundo uma publicação do jornal Notícias, os progressos favoráveis estão relacionados com a implementação de medidas de prevenção ao financiamento do terrorismo e ao fortalecimento do quadro legal que rege as organizações sem fins lucrativos, garantindo que estas não sejam usadas para actividades ilícitas.

Citando uma nota do Ministério da Economia e Finanças, a publicação refere que os avanços foram reconhecidos durante a 24.ª reunião do Conselho de Ministros do ESAAMIG, realizada no Quénia, onde Moçambique solicitou ainda a reclassificação de mais 15 recomendações.

“No encontro, Moçambique foi representado pelos vice-ministros da Economia e Finanças, Carla Laveira, e da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suazi, que reforçaram o empenho nacional em aprimorar o quadro legal e enfrentar as ameaças associadas ao terrorismo e à proliferação de armas”, lê-se na publicação.

Entretanto, antes desta, Moçambique também recebeu, no mês passado, uma avaliação preliminar positiva do GAFI sobre o cumprimento de 10 das 26 acções exigidas, restando apenas oito para serem superadas. Com os avanços esperados até Outubro, o país pode alcançar a tão desejada saída da lista cinzenta no próximo encontro governamental em França.

Moçambique foi colocado na lista cinzenta do GAFI em Outubro de 2022, tendo o organismo instado o país a trabalhar para a sua remoção da lista de países com alguns desafios no combate ao terrorismo e no branqueamento de capitais e proliferação de armas de destruição em massa.

Lançado o prémio aurora tech 2025 para mulheres fundadoras de tecnologia ($ 85.000)

As inscrições já estão abertas para o Aurora Tech Award 2025. Um prémio mundial para mulheres fundadoras de startups de tecnologia criadas e apoiadas pela inDrive.

Requisitos:

Para participar, sua startup precisa:

  • Ser fundada ou cofundada e liderada por uma mulher
  • Tenha um protótipo funcional de um produto
  • Enquadrar-se no limite de investimento de US$ 4 milhões em financiamento, incluindo a ronda inicial
  • Ter menos de 5 anos.

 Benefícios

  • Fundo de prêmios de US$ 85.000: fornecimento de suporte financeiro para os 5 vencedores
  • Insights profissionais: desenvolvendo um programa educacional forte para os candidatos
  • Oportunidades de networking: construindo uma comunidade para mulheres em TI.

Prémios em dinheiro para uma lista de vencedores ampliada:

  • Primeiro prêmio: $ 30.000
  • Segundo prêmio: $ 20.000
  • Terceiro prêmio: $ 15.000
  • Quarto prêmio: $ 10.000
  • Quinto prêmio: $ 10.000

Cronograma de inscrição:

02.09.2024: Início da chamada aberta

21.11.2024: Fim da chamada aberta

Processo de pré-selecção

  • Anúncio da lista longa: 20.12.2024
  • Anúncio da lista do meio: 20.01.2025
  • Anúncio da lista final: 26.02.2025
  • Anúncio dos vencedores: primavera de 2025
  • Programa de mentoria para finalistas: primavera de 2025.

Prazo para inscrição: 21 de Novembro de 2024

Países da CPLP elegíveis para esta oportunidade:

Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Para mais oportunidades como esta, junte-se a nós através da tua rede social favorita através do seguinte link:

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Cristiana Paco Langa: “Investimentos em capacitação e apoio às PMEs são essenciais para transformar o potencial em benefícios práticos”

Com vasta experiência na Gestão da Cadeia de Abastecimento de Conteúdo Local nos sectores de Petróleo e Gás, bem como na indústria das telecomunicações, Cristiana Paco Langa, Directora de Conteúdo Local e Procurement no Grupo Paco, conversou com o Profile para oferecer uma análise aprofundada sobre o actual panorama da Indústria Extractiva em Moçambique.

Durante a entrevista, Cristiana também abordou a introdução e evolução das políticas de conteúdo local no sector de petróleo e gás, propondo soluções para os desafios e oportunidades que o país atravessa.

Profile Mozambique: Como caracteriza o actual momento do sector da Indústria Extractiva em Moçambique?

Cristiana Paco Langa: O sector está em uma fase de crescimento e diversificação, com projectos de grande escala em gás natural, carvão, e minerais como grafite e titânio. As oportunidades geradas têm impactado positivamente a economia nacional, sobretudo em áreas como emprego e infra-estrutura, ao mesmo tempo, o sector enfrenta desafios significativos, incluindo a necessidade de equilibrar o desenvolvimento económico com a responsabilidade social e ambiental, a integração de práticas sustentáveis, com foco no impacto ambiental e nas comunidades locais, é fundamental para garantir o desenvolvimento a longo prazo.

O conteúdo local tornou-se uma peça central nas políticas de desenvolvimento da indústria extractiva em Moçambique. Empresas multinacionais são incentivadas a priorizar fornecedores e trabalhadores locais, promovendo a capacitação técnica e o desenvolvimento de pequenas e médias empresas (PMEs) locais.

Essa prática está contribuindo para a industrialização e a criação de uma economia mais diversificada e autossustentável. A digitalização e automação são tendências que estão ganhando força, ajudando a melhorar a eficiência operacional e a atrair mais investimentos internacionais.

PM: No meio deste cenário que acaba de descrever, que oportunidades o país pode ou deve explorar?

CPL: Em meio ao cenário actual da Indústria Extractiva em Moçambique, há várias oportunidades estratégicas que o país pode e deve explorar como o desenvolvimento de Capacidades Locais, pois o fortalecimento do capital humano através de treinamentos especializados e educação técnica pode transformar Moçambique em um centro de competências no sector.

O país pode explorar programas de capacitação alinhados às necessidades da indústria, permitindo que a força de trabalho local participe mais directamente de projectos de alta complexidade tecnológica, a expansão das Cadeias de Suprimentos Locais pois Moçambique deve fomentar o desenvolvimento de uma cadeia de fornecedores locais, apoiando pequenas e médias empresas (PMEs) a se tornarem fornecedoras qualificadas para o sector extractivo.

Isso pode ser feito através de parcerias público-privadas (PPP’s) e programas de incubação que facilitem o acesso a financiamento, inovação e capacitação técnica, uma das maiores oportunidade que o País deve explorar também é o Conteúdo Local como Factor de Competitividade, sendo que a implementação eficaz de políticas de conteúdo local pode atrair mais investimentos estrangeiros, especialmente de empresas que buscam não apenas explorar recursos, mas também contribuir para o desenvolvimento sustentável das economias locais.

O país pode se posicionar como líder regional ao adoptar políticas inovadoras que priorizem a inclusão social e o desenvolvimento económico local.

PM: Como é que o país está em termos de introdução de conteúdo local na indústria de petróleo e gás?

CPL: Em termos de introdução de conteúdo local na indústria de petróleo e gás, Moçambique tem feito avanços significativos, mas ainda enfrenta desafios para consolidar essa prática de forma ampla e sustentável, um dos maiores desafios é a Participação de Empresas Locais, existem esforços para aumentar a participação de empresas locais nas cadeias de valor da indústria.

No entanto, muitos fornecedores locais ainda enfrentam dificuldades para atender aos rigorosos requisitos técnicos e operacionais das grandes empresas internacionais de petróleo e gás. O desenvolvimento de programas de capacitação para aumentar a competitividade desses fornecedores é uma área que continua a precisar de atenção, a capacitação e treinamento, vários projectos de treinamento e capacitação têm sido implementados para garantir que a mão de obra local possa atender às demandas do sector de petróleo e gás.

Essas iniciativas são realizadas tanto pelo governo quanto por empresas multinacionais como parte dos acordos de responsabilidade social e conteúdo local. No entanto, ainda há uma lacuna significativa entre a oferta e a demanda de mão de obra qualificada, principalmente em áreas técnicas especializadas, de um modo geral o nosso país tem mostrado progresso na introdução do conteúdo local na indústria de petróleo e gás, mas o caminho para uma plena integração ainda requer investimento contínuo em infraestrutura, capacitação e políticas de suporte mais eficazes.

O sucesso desse esforço depende da cooperação entre o governo, empresas multinacionais e o sector privado local para construir uma cadeia de valor sustentável e competitiva.

PM: A proposta de lei de Conteúdo Local foi submetida em 2019 ao Conselho de Ministros. Estamos em 2024. Parece-lhe necessário rever o seu conteúdo?

CPL: Na minha opinião, a revisão da proposta de Lei de Conteúdo Local submetida em 2019 ao Conselho de Ministros é essencial, dado o contexto actual e as transformações económicas e sociais que Moçambique tem enfrentado, especialmente no sector de petróleo e gás.

Portanto, vários são os factores, que justificam essa necessidade como as mudanças no Contexto Económico e Industrial, a indústria de petróleo e gás, assim como outros sectores relevantes, evoluíram desde 2019 novos projectos foram iniciados, a pandemia de COVID-19 teve impactos significativos na economia global e em Moçambique.

Ademais, revisar a regulamentação permitiria ajustar as políticas para apoiar a recuperação económica e garantir que as empresas locais possam se beneficiar de forma justa nas novas condições económicas.

PM: O que falta para se transformar este potencial teórico em benefícios práticos para as comunidades residentes nas zonas de produção?

CPL: Transformar o potencial teórico da Lei de Conteúdo Local em benefícios práticos para as comunidades nas zonas de produção depende de uma abordagem mais estratégica e integrada, como a capacitação Eficiente e Sustentável pois um dos maiores desafios é garantir que as comunidades locais tenham acesso a capacitação técnica que as prepare para trabalhar nas indústrias de petróleo, gás e mineração.

Actualmente, muitas das comunidades residentes nas zonas de produção carecem de qualificação e acesso a treinamentos especializados.

É necessário que o governo, em parceria com as empresas, desenvolva programas de capacitação focados nas necessidades específicas dessas indústrias, garantindo que as populações locais sejam mais do que apenas observadoras passivas do desenvolvimento econômico, o poio ao desenvolvimento de PMEs Locais, permitiriam com que as comunidades locais vejam os benefícios econômicos diretos, é crucial que pequenos negócios e empreendedores locais sejam integrados às cadeias de valor das grandes empresas de petróleo e gás.

PM: Que investimentos acha que devem ser feitos para que se incremente as actividades de petróleo e gás?

CPL: Para incrementar as actividades de petróleo e gás em Moçambique, é crucial realizar investimentos estratégicos em várias áreas. Minha opinião como especialista em conteúdo local e procurement se baseia em alguns pontos como a Capacitação Técnica, pois um investimento significativo deve ser feito no desenvolvimento de uma força de trabalho qualificada, os programas de treinamento técnico, parcerias com universidades e escolas técnicas são fundamentais para que a mão de obra local possa ocupar posições técnicas e especializadas nas operações de petróleo e gás, o desenvolvimento de Cadeias de Suprimentos Locais, pois incentivar o desenvolvimento de fornecedores locais para que possam atender às necessidades do sector é crucial pois requer investimentos em programas de incubação e apoio financeiro para pequenas e médias empresas (PMEs).

Fora o facto de garantir que as políticas de conteúdo local sejam implementadas de forma eficaz, esses investimentos podem não só incrementar as atividades de petróleo e gás, mas também criar um ecossistema económico sustentável, impulsionando o desenvolvimento industrial e social do país.

Siga e acompanhe o percurso profissional da entrevistada no seguinte link: Cristiana Paco Langa

Blue Forest inicia restauração de mangais em Moçambique

Blue Forest

Moçambique será palco do maior projecto de restauração de mangais em África, com um investimento estimado em 60 milhões de dólares (3,7 mil milhões de meticais). A iniciativa, liderada pela empresa Blue Forest, sediada nos Emirados Árabes Unidos, visa restaurar e proteger florestas de mangais ao longo da costa moçambicana, abrangendo uma área duas vezes maior que Singapura.

O projecto, denominado MozBlue, terá início em Novembro e prevê o plantio de 200 milhões de árvores de mangue nas províncias da Zambézia e Sofala. A primeira fase abrangerá 5116 hectares de floresta degradada. O financiamento será garantido através da pré-venda de créditos de carbono, que serão gerados a partir do carbono absorvido pelas árvores.

Os mangais são conhecidos por sua capacidade de absorver até dez vezes mais carbono do que árvores terrestres, tornando-se essenciais no combate ao aquecimento global. Ao longo de 60 anos, o projecto MozBlue espera remover 20,4 milhões de toneladas de carbono da atmosfera. A eficácia do projecto será monitorada pela medição do crescimento e da sobrevivência das árvores plantadas.

Além dos benefícios ambientais, o projecto prevê a criação de 5 mil empregos e a destinação de 60% das receitas para as comunidades locais, contratantes e governo. A Blue Forest, que já investiu cerca de 63,2 milhões de meticais na preparação do projecto, vê na restauração dos mangais uma oportunidade de promover o desenvolvimento sustentável e o bem-estar das comunidades costeiras.

Fundada por Vahid Fotuhi, ex-executivo da BP Plc, a Blue Forest possui vasta experiência em projectos de impacto social e energias renováveis na África. Este é o primeiro projecto comercial da empresa, que já desenvolveu iniciativas financiadas por recursos filantrópicos na Costa do Marfim e no Quénia, e planeia expandir suas actividades para a Tanzânia e a África Ocidental.

O projecto MozBlue representa um marco na conservação ambiental e no combate às mudanças climáticas em África. Com potencial para cobrir até 215 mil hectares em África e na Ásia, a Blue Forest reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconómico das regiões onde actua.