Tuesday, October 21, 2025
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Italiana Eni vai construir central térmica de 75 megawatts em Temane

A petrolífera italiana Eni vai construir a Central Térmica com capacidade para gerar 75 MegaWatts de energia, no Posto Administrativo de Temane, distrito de Inhassoro, província de Inhambane, anunciou, ontem, em Maputo, o Presidente da República.

“Este empreendimento reforçará a capacidade nacional de geração de energia, contribuindo para a segurança energética e para a dinamização da nossa economia”, considerou o Daniel Chapo.

A infra-estrutura está orçada em cerca de 130 milhões de dólares, e o projecto será implementado pela Electricidade de Moçambique (EDM).

Chapo falava durante a cerimónia de assinatura da Decisão Final do Investimento (DFI) documento que viabiliza a aplicação de cerca de 7,2 mil milhões de dólares na construção da FLNG, por um consórcio liderado pela Eni, desta vez para ser ancorado no Coral Norte, na bacia do Rovuma.

A Eni vai ainda investir no desenvolvimento da cadeia de produção de biocombustíveis, através do fomento da produção agrícola.

“Estamos convictos de que este esforço contribuirá para diversificar a matriz energética de Moçambique, fortalecer a nossa agricultura e criar novas oportunidades económicas para as nossas comunidades locais” referiu.

A Central Térmica de Temane a ser construída pela Eni, vai se juntar a outra na fase de conclusão no mesmo posto administrativo, com uma capacidade de 450 MW, orçado em 650 milhões de dólares, acoplado à refinaria de gás de cozinha. A empresa inglesa Globelec, lidera o projecto, que também tem a participação da petroquímica sul-africana Sasol e da EDM.

BAD aprova 22,8 milhões de dólares para fortalecer produção de arroz | Profile

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou a aprovação de uma subvenção no valor de 22,8 milhões de dólares para reforçar a cadeia de valor do arroz em Moçambique e melhorar a resiliência climática, beneficiando 30 mil pequenos agricultores em quatro províncias do país.

Este financiamento destina-se ao Projecto da Cadeia de Valor do Arroz e Resiliência Climática (RIVACREP), cuja meta é aumentar a autossuficiência de arroz de Moçambique de 50% para 75% até 2030, enfrentando, assim, desafios críticos de segurança alimentar numa das nações africanas mais vulneráveis nesse aspecto.

Embora o arroz constitua um alimento básico, Moçambique produz apenas metade das 600 mil toneladas que consome anualmente, dependendo das importações para suprir um défice de 300 mil toneladas, uma situação que pressiona as reservas cambiais e agrava a pobreza rural.

Macmillan Anyanwu, representante residente do BAD em Moçambique, afirmou que a subvenção se concentra nas populações mais vulneráveis, destacando que 70% dos beneficiários são mulheres e 30% jovens. “Ao focar em tecnologias climaticamente inteligentes, esta iniciativa terá um impacto duradouro na segurança alimentar e nos meios de subsistência rurais”, sublinhou Anyanwu, enfatizando que o projecto está alinhado com a estratégia nacional de desenvolvimento do país.

O RIVACREP tem como objectivo quadruplicar a produção de arroz, passando de uma tonelada por hectare para quatro, e aumentar o rendimento anual das famílias de cerca de 590 para 1000 dólares. Os resultados iniciais do projecto deverão gerar um acréscimo de 6.000 toneladas de arroz por ano, uma contribuição que, embora represente apenas 2% do défice total do país, estabelece as bases para um aumento futuro da produção e uma menor dependência das importações.

O projecto prevê a reabilitação de 1.000 hectares de infraestruturas de irrigação, principalmente na província de Gaza, além da criação de cinco fábricas de moagem de pequena escala e 10 centros agregadores, através de uma parceria público-privada.

Entre as principais intervenções estão a reabilitação de sistemas de irrigação, o nivelamento do solo, melhorias na drenagem e a construção de instalações de armazenamento resistentes às alterações climáticas. Além disso, será promovida a introdução de variedades de arroz resistentes à seca e às inundações, em colaboração com instituições de investigação internacionais.

Estas acções são esperadas para reduzir as perdas pós-colheita em mais de metade, passando de 26% para 12%. “Ao construir infraestruturas resilientes e integrar atores do setor privado, o RIVACREP permitirá a Moçambique reduzir a dependência das importações, criar valor acrescentado interno e estabelecer as bases para um sector de arroz industrializado e climaticamente inteligente”, concluiu Anyanwu.

Arrancam estudos geotécnicos e geofísicos do projecto Mphanda Nkuwa

Arrancam ainda este mês os estudos geotécnicos e geofísicos no âmbito do desenvolvimento do projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, uma das iniciativas consideradas estratégicas para a expansão da matriz energética nacional.

Com duração prevista de três meses, os trabalhos serão conduzidos pelas empresas Geomechanics PTY Ltd e Open Ground Resources, e terão como objectivo aferir as condições geotécnicas e geofísicas das rochas onde será implantada a futura barragem.

Como parte das actividades preparatórias, foram já realizadas cerimónias tradicionais, a pedido das comunidades locais, em respeito pelos usos e costumes da região. Os rituais abrangeram as comunidades de Chirodzi Nsanangue, Chacocoma, Nwana Ngombe, no distrito de Marara, e Luzinga Mussafa, no distrito de Chiuta.

Paralelamente, decorrem os trabalhos de montagem do acampamento e de toda a logística necessária para o arranque dos estudos. Ao mesmo tempo, avança o processo de compensação às famílias cujas machambas se encontram abrangidas pelo projecto, medida que será implementada de forma faseada, acompanhando o progresso das actividades no terreno.

O início dos estudos técnicos representa um passo determinante rumo à concretização de Mphanda Nkuwa, empreendimento que se destaca por assentar em energia limpa, renovável e sustentável, e que se encontra inscrito entre os grandes projectos de impacto económico e social do país.

Emprego e dinamização local

A realização dos estudos vai criar pelo menos 40 oportunidades de emprego para membros das comunidades locais. Esta medida enquadra-se na política de conteúdo local do projecto e tem como objectivo assegurar a participação directa das populações no processo, ao mesmo tempo que contribui para dinamizar a economia nas zonas abrangidas.

Embora a duração esteja fixada em três meses, o prazo dos trabalhos poderá ser estendido por mais um mês, dependendo da evolução das actividades técnicas no terreno.

Eni formaliza investimento de 7,2 mil milhões de dólares no projecto Coral Norte

A petrolífera italiana Eni formalizou, esta quinta-feira, em Maputo, a Decisão Final de Investimento (FID) para o desenvolvimento do projecto Coral Norte, a segunda unidade flutuante de gás natural liquefeito (FLNG) na bacia do Rovuma. Avaliado em 7,2 mil milhões de dólares (equivalente a 456 mil milhões de meticais), o empreendimento consolida a posição de Moçambique como um dos protagonistas emergentes do mercado global de gás natural.

Localizado na Área 4 do Rovuma, o Coral Norte será operado pela Eni em nome da Rovuma Mozambique Venture (MRV), consórcio que integra ainda a ExxonMobil e a China National Petroleum Corporation (CNPC). O plano prevê a instalação de uma infra-estrutura flutuante com capacidade de produção de 3,55 milhões de toneladas anuais de GNL, seis poços de exploração e arranque operacional projectado para 2028. A unidade terá igualmente capacidade para produzir 4.300 barris diários de condensado, tornando Moçambique o 14.º maior exportador mundial de GNL e o 4.º em África, com ambição de ascender ao 3.º lugar, atrás apenas da Nigéria e da Argélia.

De acordo com Estêvão Pale, Ministro dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), o projecto assegurará ao Estado moçambicano receitas estimadas em 23 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 biliões de meticais) ao longo de três décadas, provenientes de impostos e outras contribuições. Ademais, 25 por cento do gás extraído será destinado ao mercado interno, enquanto a totalidade do condensado será utilizada para geração de energia, sob gestão da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), criando novas oportunidades de industrialização e contribuindo para a redução da dependência energética externa.

Falando à margem do DFI, o Presidente da República, Daniel Chapo, destacou a criação de 1.400 empregos directos para moçambicanos, a serem garantidos por um plano de sucessão orientado para o reforço da qualificação e da disponibilidade de mão-de-obra nacional no sector de petróleo e gás. Por outro lado, está prevista a atribuição de contratos no valor de 3 mil milhões de dólares (190 mil milhões de meticais) a empresas moçambicanas, reforçando o impacto do conteúdo local e multiplicando por quase quatro os 800 milhões alcançados no Coral Sul.

O plano de desenvolvimento do Coral Norte havia sido aprovado em Abril deste ano, sendo apontado pelo Executivo como de impacto estratégico para a economia nacional. A iniciativa representa a segunda fase de exploração do campo Coral, na sequência do sucesso do Coral Sul, que entrou em produção em 2022 e posicionou Moçambique no mapa energético mundial.

Durante a sua intervenção, o CEO da Eni, Cláudio Descalzi, sublinhou que o Coral Norte vai “projectar Moçambique no panorama global do gás natural”, reforçando o peso do país entre os grandes exportadores mundiais. O gestor destacou ainda que o Coral Norte “duplicará os benefícios já trazidos pelo Coral Sul”, elevando as receitas conjuntas dos dois projectos de 16 para 23 mil milhões de dólares e expandindo significativamente o investimento em conteúdo local.

Estudos divulgados em 2024 pela consultora Deloitte indicam que as reservas de gás natural liquefeito de Moçambique, com projectos liderados pela Eni, TotalEnergies e ExxonMobil, têm potencial para gerar cerca de 100 mil milhões de dólares em receitas no longo prazo.

Neste contexto, o Coral Norte surge não apenas como um investimento de vulto, mas também como um marco que reforça a confiança internacional no sector energético moçambicano, tornando-se peça central da estratégia nacional de transformação económica e de desenvolvimento sustentável.

Ajuste salarial evidencia disparidades estruturais e consolida dinamismo do sector financeiro | Profile

Moçambique entrou numa nova fase de ajustamento salarial, com a entrada em vigor, a 29 de Setembro, dos novos salários mínimos nacionais, que passam a variar entre 4.991,09 e 19.943,61 meticais. A actualização, publicada no Boletim da República, revela um quadro de forte diferenciação entre sectores, evidenciando tanto o dinamismo de algumas áreas de actividade como as fragilidades estruturais de outras.

O maior reajuste foi registado no sector financeiro, concretamente nos bancos e seguradoras, onde os salários mínimos aumentaram 1.162,29 meticais, fixando-se em 19.943,61 meticais, o mais elevado da tabela. Também no segmento das microfinanças e microseguradoras, verificou-se um incremento expressivo de 1.023,18 meticais, levando o valor de referência para 16.764,47 meticais. Estes números confirmam o sector financeiro como motor de resiliência e de atracção de talento no mercado laboral moçambicano, acompanhando a tendência de crescimento e digitalização que se verifica na indústria.

Por contraste, o menor aumento foi observado no sector das pescas, especificamente na pesca de kapenta, onde a actualização salarial ficou-se por apenas 49,41 meticais, fixando o mínimo em 4.991,09 meticais. Também outras áreas tradicionalmente ligadas à economia rural, como a agricultura, pecuária, caça e silvicultura, viram os seus salários mínimos fixar-se em 6.688 meticais, depois de um acréscimo de 350 meticais. Esta discrepância sublinha as desigualdades na produtividade e na capacidade de geração de valor entre sectores modernos, ligados ao capital financeiro e industrial, e os sectores primários, ainda marcados por baixa mecanização e informalidade.

No campo da indústria extractiva, as grandes empresas de mineração passam a praticar salários mínimos de 15.176,66 meticais, após uma subida de 992,86 meticais. Já as pedreiras e areeiros, com peso de médias empresas, ficaram em 8.008 meticais, e as salinas, enquadradas em micro e pequenas empresas, situaram-se em 6.538,44 meticais. O quadro mostra a heterogeneidade do sector mineiro, que concentra grandes investimentos internacionais, mas também unidades de menor escala e frágil sustentabilidade económica.

Na produção e distribuição de electricidade, gás e água, os salários variam agora entre 12.275 meticais, para grandes empresas, e 9.960 meticais, para pequenas e médias, revelando a diferença de capacidade financeira e organizacional entre categorias empresariais. Ao passo que, a indústria transformadora apresenta salários mínimos médios em torno de 10.147 meticais, com algumas especializações, como panificação e caju, a situarem-se entre 6.500 e 7.200 meticais.

Este reajuste salarial não só actualiza os rendimentos dos trabalhadores como lança desafios adicionais para as empresas, sobretudo em sectores de margens reduzidas. O incremento da folha salarial, sem correspondente crescimento da produtividade, pode pressionar a competitividade de segmentos mais frágeis. Por outro lado, a elevação dos mínimos no sector financeiro e mineiro reforça a atractividade destes mercados para mão-de-obra qualificada, mas pode aprofundar disparidades regionais e sectoriais.

Num momento em que a economia moçambicana enfrenta o desafio da diversificação e da inclusão, os novos salários mínimos traduzem um esforço de equilíbrio entre justiça social e viabilidade empresarial. O quadro salarial agora estabelecido deverá ser acompanhado de políticas complementares de fomento à produtividade, educação financeira e apoio às pequenas e médias empresas, de forma a garantir que o reajuste se traduza em ganhos reais de bem-estar e competitividade.

Texto: Simão Djedje

Governo aprova leis sobre crimes cibernéticos e extingue o Bureau de Informação Pública

O Conselho de Ministros aprovou esta terça-feira (30), na sua 33.ª Sessão Ordinária, a proposta de Lei sobre Segurança Cibernética e a proposta de Lei que estabelece o regime jurídico do Crime Cibernético, ambas a submeter à Assembleia da República.

As iniciativas visam proteger sistemas de informação e infra-estruturas críticas, bem como criminalizar práticas ilícitas no espaço digital, com mecanismos de cooperação internacional.

Na mesma sessão, o Governo aprovou o Decreto que extingue o Bureau de Informação Pública (BIP), transferindo as suas competências e recursos para o Gabinete de Informação, no quadro das Medidas de Aceleração Económica, para reduzir estruturas redundantes.

Foi igualmente criada a Comissão Técnica para o Redimensionamento das Áreas de Conservação (CTRAC), aprovada a implementação do Plano de Acção Digital de Arrecadação de Receitas e apreciado o Relatório sobre as áreas mineiras de Manica, que determinou a suspensão temporária das licenças de exploração e o reforço da presença das Forças de Defesa e Segurança.

III Conferência Anual das Seguradoras projecta estratégias para crescimento sustentável e inovação digital

A capital do país acolheu a III Conferência Anual das Seguradoras, um encontro que junta gestores, especialistas e académicos para reflectir sobre o futuro do sector segurador em Moçambique, num contexto de rápidas transformações digitais, novos riscos globais e exigências crescentes do mercado.

Sob o lema “O futuro dos seguros em Moçambique, digital, inclusivo e sustentável”, a conferência, organizada pela Associação de Seguradoras de Moçambique, decorreu no Centro Cultural Moçambique–China e proporcionou debates intensos em torno de quatro eixos estratégicos para a consolidação e expansão da indústria seguradora nacional.

No quadro do evento, a Associação Moçambicana de Seguradoras (AMS), firmou um memorando de entendimento com a Vodafone M-Pesa, visando alargar o acesso a soluções de micro-seguros e micro-pensões à população moçambicana, sobretudo a mais carenciada.

No seu decurso, o evento abriu com uma estreia absoluta, o tema “Gestão de riscos políticos – soluções para as crescentes demandas”, assunto de grande pertinência no actual contexto regional. A intervenção principal esteve a cargo a Damião Cardoso, tendo como painelistas os economistas e juristas Dário Passo e Fernando Lichicha, sob moderação de Miguel Jóia.

Seguiu-se o painel sobre “Educação financeira inclusiva em seguros”, que terá como oradores Agnélio Jossias e Sérgio Gomes. O debate contou ainda com a participação de Ilídio Malunguisse, Sebastião Sumbana e Elísio Nhantumbo, moderados por Celso Filimão.

Um dos momentos mais aguardados foi dedicado a “Seguros Climáticos e Rurais – soluções para Moçambique”, uma frente inovadora que ganha relevância perante os impactos das mudanças climáticas. A apresentação principal foi feita pelo engenheiro Norberto Mahalambe, com comentários dos especialistas Leonard Magara e Israel Muchena, sob moderação de Isaías Chembeze.

A conferência encerrou com o painel “Digitalização no sector segurador, catalisador de crescimento”, onde se perspectivou o papel das novas tecnologias na expansão e modernização do mercado. O tema foi introduzido por Raimundo Zandamela e debatido por Carlos Mutisse, Joaquim Zindoga e João Gaspar, com a moderação de Marlene Manave.

Com esta iniciativa, a Associação de Seguradoras de Moçambique reforça o compromisso de tornar o sector mais moderno, resiliente e próximo dos cidadãos, antecipando os desafios e oportunidades que moldarão o mercado nacional na próxima década.

Seguradoras e M-Pesa firmam parceria para expandir micro-seguros e promover inclusão financeira

A capital do país acolheu a III Conferência Anual das Seguradoras, um encontro que reuniu gestores, especialistas e académicos para reflectirem sobre o futuro do sector segurador em Moçambique, num contexto de rápidas transformações digitais, novos riscos globais e exigências crescentes do mercado.

No quadro do evento, a Associação Moçambicana de Seguradoras (AMS), liderada por Manuel Gamito, firmou um memorando de entendimento com a Vodafone M-Pesa, representada pelo seu director-geral, Sérgio Gomes, visando alargar o acesso a soluções de micro-seguros e micro-pensões à população moçambicana, sobretudo a mais carenciada.

De acordo com o documento, a parceria prevê a promoção do insurance marketplace do M-Pesa, uma plataforma digital aberta que permitirá às seguradoras disponibilizar os seus produtos a milhões de clientes, reforçando a distribuição e acessibilidade no mercado.

Entre os compromissos assumidos, destacam-se a implementação de iniciativas conjuntas de educação financeira e literacia em seguros, o desenho de produtos inovadores de impacto social, como seguros agrícolas e de saúde, bem como a partilha de conhecimento técnico e de melhores práticas internacionais.

O memorando estabelece ainda que as partes irão colaborar em programas-piloto de inclusão financeira, explorar modelos sustentáveis de distribuição digital de seguros e envolver reguladores, seguradoras e demais stakeholders para viabilizar soluções inovadoras que respondam aos desafios do sector.

Manuel Gamito, Presidente da Associação Moçambicana de Seguradoras e Sérgio Gomes, Director Geral da Vodafone M-Pesa.

Com esta parceria, a AMS e o M-Pesa afirmam a ambição de modernizar o mercado segurador nacional, promovendo a inclusão financeira através da digitalização e da inovação tecnológica, num momento em que o lema da conferência, “O futuro dos seguros em Moçambique: digital, inclusivo e sustentável”, ganha expressão prática e estratégica.

BVM empenhada na melhoria da Qualidade dos Serviços Prestados ao Mercado de Capitais

A Bolsa de Vores de Moçambique (BVM, S.A) é oficialmente, uma instituição certificada em sistema de Gestão de Qualidade ISO 9001:2015. A certificação, atribuída esta terça-feira, 30 de Setembro de 2025, pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), demonstra o compromisso da empresa com a excelência operacional e a melhoria contínua dos serviços prestados ao mercado de capitais moçambicano.

Intervindo durante a cerimônia, o Presidente do Conselho de Administração da BVM, S.A, Pedro Frederico Cossa, explicou que a certificação vai conferir à instituição maior competitividade e credibilidade junto das suas partes interessadas.

“Hoje recebemos um certificado que representa muito mais do que um documento. Trata-se de um testemunho do trabalho árduo, da dedicação incansável e do profissionalismo exemplar de toda a nossa equipa. É a materialização dos nossos valores institucionais: inovação, competência, eficiência, inclusão, equidade e transparência, com foco no compromisso do desenvolvimento do mercado financeiro nacional”.

Numa outra abordagem, Cossa referiu ainda que “esta distinção posiciona a BVM como uma referência regional, capaz de competir com os melhores mercados do continente africano e contribuir activamente para a integração de Moçambique nos mercados financeiros globais”.

Por sua vez, o Director-Geral do INNOQ, Geraldo Albasini, disse no seu discurso que a atribuição do certificação NM ISO 9001:2015 à BVM, S.A é o reflexo da dedicação, esforço conjunto, e visão estratégica voltada para o desenvolvimento sustentável e a credibilidade institucional.

Presidente do Conselho de Administração da BVM, S.A, Pedro Frederico Cossa.

“O certificado que hoje entregamos é mais do que um documento formal, é a prova de que a BVM adopta rigorosamente procedimentos que garantem eficiência, transparência e confiança nos serviços prestados ao público e aos investidores. Ao receber a certificação NM ISSO 9001:2015, a BVM, SA demonstra que não apenas cumpre requisitos formais, mas também valoriza a melhoria contínua, a satisfação dos clientes e a eficiência operacional”, frisou.

Mercado paralelo de divisas não afecta a inflacção de bens e serviços | Profile

O Governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela, disse que a actividade do mercado paralelo de divisas em moeda estrangeira não afecta o mercado de bens e serviços, ou seja, a sua inflacção.

Segundo o Zandamela, tal se deve ao facto de a maioria das transacções comerciais de bens e serviços serem, “de longe”, realizadas no mercado oficial de divisas.

“Não é um mercado relevante ainda hoje… não verificamos uma repassagem de preços desse mercado, com a sua volatilidade na evolução e no comportamento dos preços daqueles produtos que compõem o nosso índice de bens de preços ao consumidor” disse.

Ele referiu que o mercado paralelo, existente em todo o mundo, é extremamente volátil e funciona com regras próprias, inclusive com clientela com características específicas.

“E ela tem seu próprio comportamento, evolução, que não está, necessariamente, que não está ligado ao mercado oficial de divisas” explicou, notando que a uma eventual correlação significativa entre mercado paralelo e o oficial no fornecimento de bens e serviços vai exigir intervenção do BM.