A Digital Realty, fornecedora global de soluções de centros de dados, colocation e interconexão independentes de operadoras e plataformas de nuvem, anunciou a abertura de um novo ponto de presença do Mozambique Internet Exchange (MOZIX) no centro de dados Maputo One (MPM1). Este avanço estratégico reforça a infra-estrutura digital nacional, permitindo uma troca de tráfego mais eficiente e económica entre operadores de redes.
A presença do MOZIX no MPM1 constitui um marco significativo na trajectória de transformação digital do País. Sendo o único Ponto de Troca de Tráfego de Internet (IXP) em Moçambique, o MOZIX desempenha um papel crucial na retenção do tráfego nacional dentro das fronteiras, reduzindo a latência, melhorando a experiência dos utilizadores e diminuindo a dependência de largura de banda internacional dispendiosa.
“O MOZIX tem sido determinante para o fortalecimento do ecossistema da Internet em Moçambique,” afirmou Luís Neves Cabral Domingos, Director do Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM). “Com picos de tráfego superiores a 150 Gbps e 19 membros activos em peering, a nossa expansão para o centro de dados MPM1 da Digital Realty permite-nos reforçar ainda mais a eficiência e a resiliência das redes.”
Localizado no coração da cidade de Maputo, o MPM1 oferece um ambiente altamente interligado para operadoras nacionais e internacionais, fornecedores de conteúdos e empresas. Com mais de 15 redes já conectadas, a instalação assume-se como um ponto nevrálgico para a troca de tráfego e inovação digital na região.
“A integração do MOZIX na nossa infra-estrutura de Maputo representa um avanço significativo para a conectividade em Moçambique,” declarou José Almeida, Director-Geral da iColo – Uma Empresa Digital Realty em Moçambique. “Enquanto instalação neutra em termos de operadoras, o MPM1 disponibiliza uma plataforma robusta para peering e interconexão, e orgulhamo-nos de apoiar o crescimento da economia digital local com infra-estruturas modernas.”
Segundo dados da Internet Society Pulse, mais de 35% do tráfego nacional é actualmente encaminhado através de IXPs situados em território moçambicano. Com uma taxa de penetração da Internet de 19,8% e mais de 6,9 milhões de utilizadores em linha no início de 2025, a necessidade de infra-estruturas digitais escaláveis e de alto desempenho torna-se cada vez mais premente.
A Digital Realty mantém o seu compromisso com o desenvolvimento de um ecossistema pan-africano de interconexão. Para além de Moçambique, a empresa opera centros de dados neutros no Quénia, onde acolhe IXPs como o Kenya Internet Exchange Point (KIXP), o London Internet Exchange (LINX) e o Asteroid IX, em instalações localizadas em Nairobi e Mombaça.
No seu conjunto, estas plataformas processam volumes médios de tráfego na ordem dos 100 Gbps, sustentando a visão da empresa de proporcionar conectividade digital sem fronteiras em todo o continente africano.
Este anúncio consolida o papel da Digital Realty como impulsionadora da transformação digital em África. Com operações activas em Moçambique, Quénia, Nigéria e África do Sul, a empresa está a construir uma plataforma de interconexão pan-africana que favorece o crescimento regional e a integração global. A Digital Realty foi recentemente classificada em primeiro lugar no continente africano no Cloudscene’s Data Centre Ecosystem Leaderboard, o que reforça a sua posição como facilitadora de infra-estruturas digitais no continente.
A Digital Realty conecta empresas e dados, oferecendo um leque completo de soluções de centros de dados, colocation e interconexão. Através da PlatformDIGITAL, a sua plataforma global, disponibiliza um espaço seguro para interacção de dados, com uma arquitectura comprovada – a PDx (Pervasive Datacentre Architecture) – que impulsiona a inovação, desde a transformação digital e computação em nuvem, até tecnologias emergentes como a inteligência artificial (IA) e a gestão eficiente de fenómenos como a Gravidade de Dados.
A empresa oferece acesso a comunidades de dados interligadas em mais de 300 centros de dados, distribuídos por mais de 50 grandes cidades em mais de 25 países, cobrindo seis continentes.
Fonte: Inteligetcio