Com os recentes investimentos da nova fábrica, que permitiram o aumento dos níveis de produção da matéria-prima, a descida do preço de cimento de construção que se regista nos últimos dias no mercado nacional era o que o Governo esperava.
A afirmação foi feita, há dias, pelo Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, quando respondia a jornalistas sobre uma carta subscrita por seis empresas de produção de cimento e enviada ao seu gabinete de trabalho, acusando a Dugongo Cement, localizada no distrito de Matutuíne, de estar a violar a Lei de Concorrência.
Segundo Carlos Mesquita, com a actual quantidade de cimento no mercado é de esperar a descida do preço, uma vez que os custos de produção têm de ter um impacto nas necessidades do consumidor final.
“Nós, como Governo, sabemos o que estamos a fazer. Temos os nossos regulamentos e, acima de tudo, uma responsabilidade perante o sector empresarial e o povo moçambicano”, afirmou.
Carlos Mesquita diz estar atento a toda esta situação e confirmou ter recebido a carta dos produtores do cimento na região sul, ao que prometeu analisar as queixas e apelou à calma por parte destes.
“Temos estado a dizer, nos últimos tempos, não só em relação à indústria de cimento, como também a outras, que é preciso avaliar aquilo que são os custos de produção para se chegar depois às margens de lucro adequadas e a um preço fiável do produto”, disse.
De acordo com o governante, embora haja reclamação das outras indústrias produtoras de cimento, a verdade é que a economia está a reagir com a descida dos preços do produto.
“A Dugongo usa matéria-prima nacional, diferentemente dos outros, e também vende aos concorrentes. Por isso é preciso analisarmos com calma e vamos ter as conclusões brevemente. Mas certamente, se o povo está satisfeito, iremos analisar com cautela”, declarou.