Sexta-feira, Julho 26, 2024
spot_img

INP anuncia paralisação das actividades em Afungi

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia, através do Instituto Nacional do Petróleo (INP), anunciou, hoje, 26 Abril, a paralisação parcial das actividades do projecto LNG, da Total E&P Moçambique Área 1, Offshore da Bacia do Rovuma, devido a insegurança causada pela insegurança em Afungi.

Em comunicado, o INP informa que, “com a interrupção das operações, a Total não poderá, durante este tempo, cumprir  com as obrigações contratualmente assumidas  e poderá vir a suspender ou rescindir mais contratos com outros prestadores de bens e/ou serviços, dependendo do tempo que pode durar”.

A Petrolífera Francesa, declarou junto aos parceiros, força maior com vista a mitigar os efeitos negativos decorrentes da aplicação de contratos e custos em bens e serviços que não podem ser prestados ou utilizados durante este período em que as atividades estão suspensas, facto que teria efeitos negativos no custo global do projecto.

O projecto de Gás Natural Liquefeito “ Projecto LNG Golfinho/Atum(Mozambique LNG)”, vai  ser implementado a partir de uma plataforma em terra, num investimento de USD 20 bilhões, para viabilizar a exploração de 13,12 tcf de gás natural recuperável , num período de 25 anos e gerar lucros  directos de  na ordem  dos USD 60,8 bilhões  dos quais cerca de USD 30,9 bilhões para o estado durante 25 anos, refere o INP.

Consta ainda do comunicado que, ”todas as atividades de campo tais como a construção das infraestruturas do projeto Golfinho/atum estão temporariamente suspensas, mas com com isso não significa abandono do projecto, mas serão retomadas assim que a situação de segurança for reposta, para assegurar a integridade física e segurança dos trabalhadores, bem como a proteção destas infraestruturas”. 

Apesar desta suspensão, a Total mantém os trabalhos necessários nos seus escritórios, enquanto analisa o real impacto da situação do cronograma de implementação  do projecto, das actividades de financiamento e posição dos financiadores, com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e com o governo.

Com o investimento da Total, prevê-se também, a disponibilização de  de USD 2,5 bilhões para as despesas relacionadas com a contratação de bens e serviços a serem fornecidos  por empresas moçambicanas ao projecto de GNL, durante a fase da contratação da planta para além das oportunidades de emprego e treinamento para cidadãos nacionais.

A Total E&P Moçambique Área 1 Moçambique Área 1 Limitada, a maior investidora, com  com 26,5% de interesse  participativo, seguido da Mitsui E&P Moçambique Área 1 Limited, com (20%).

A petrolífera francesa também anunciou, hoje na sua página oficial, a paralisação das atividades em Afungi.

Entrevistas Relacionadas

Concorrência desleal: CTA reage ao regulamento de obras públicas

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) expressou...

26 estudantes moçambicanos iniciam estudos na França com bolsas do Mozambique LNG

Na Terça-feira, 23 de Julho, o programa de bolsas...

Petrolíferas obrigadas a divulgar informações de salários e contratações

O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), através...

Joaquim Henriques Ou-chim assume a liderança da EDM

O Governo de Moçambique anunciou, na Terça-feira, 23 de...