O Ministério dos Recursos Minerais e Energia, através do Instituto Nacional do Petróleo (INP), anunciou, hoje, 26 Abril, a paralisação parcial das actividades do projecto LNG, da Total E&P Moçambique Área 1, Offshore da Bacia do Rovuma, devido a insegurança causada pela insegurança em Afungi.
Em comunicado, o INP informa que, “com a interrupção das operações, a Total não poderá, durante este tempo, cumprir com as obrigações contratualmente assumidas e poderá vir a suspender ou rescindir mais contratos com outros prestadores de bens e/ou serviços, dependendo do tempo que pode durar”.
A Petrolífera Francesa, declarou junto aos parceiros, força maior com vista a mitigar os efeitos negativos decorrentes da aplicação de contratos e custos em bens e serviços que não podem ser prestados ou utilizados durante este período em que as atividades estão suspensas, facto que teria efeitos negativos no custo global do projecto.
O projecto de Gás Natural Liquefeito “ Projecto LNG Golfinho/Atum(Mozambique LNG)”, vai ser implementado a partir de uma plataforma em terra, num investimento de USD 20 bilhões, para viabilizar a exploração de 13,12 tcf de gás natural recuperável , num período de 25 anos e gerar lucros directos de na ordem dos USD 60,8 bilhões dos quais cerca de USD 30,9 bilhões para o estado durante 25 anos, refere o INP.
Consta ainda do comunicado que, ”todas as atividades de campo tais como a construção das infraestruturas do projeto Golfinho/atum estão temporariamente suspensas, mas com com isso não significa abandono do projecto, mas serão retomadas assim que a situação de segurança for reposta, para assegurar a integridade física e segurança dos trabalhadores, bem como a proteção destas infraestruturas”.
Apesar desta suspensão, a Total mantém os trabalhos necessários nos seus escritórios, enquanto analisa o real impacto da situação do cronograma de implementação do projecto, das actividades de financiamento e posição dos financiadores, com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e com o governo.
Com o investimento da Total, prevê-se também, a disponibilização de de USD 2,5 bilhões para as despesas relacionadas com a contratação de bens e serviços a serem fornecidos por empresas moçambicanas ao projecto de GNL, durante a fase da contratação da planta para além das oportunidades de emprego e treinamento para cidadãos nacionais.
A Total E&P Moçambique Área 1 Moçambique Área 1 Limitada, a maior investidora, com com 26,5% de interesse participativo, seguido da Mitsui E&P Moçambique Área 1 Limited, com (20%).
A petrolífera francesa também anunciou, hoje na sua página oficial, a paralisação das atividades em Afungi.