A ONU-Mulheres aponta a participação feminina em acções de prevenção, gestão e combate de conflitos como tendo regredido, nos últimos anos, mesmo depois da adopção, em 2000, da resolução 1325 do Conselho de Segurança sobre Mulher, Paz e Segurança.

A Directora-Executiva da ONU-Mulheres entende, por isso, que o alcance dos objectivos plasmados, no documento, só será possível se os países implementarem planos de mandatos, quotas e incentivos de participação feminina.

Intervindo no Debate Aberto sobre Mulher, Paz e Segurança promovido por Moçambique, esta terça-feira, na qualidade de presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Sima Bahous, disse ser urgente transformar a forma como se faz a paz e segurança, no mundo, para incluir as mulheres neste processo.

A líder da ONU-Mulheres diz que é apoiar a sociedade civil e os movimentos sociais nos países em conflitos, de forma mais intencional sobre o financiamento ou envolvimento com grupos e, especialmente, com mulheres jovens.

Já a enviada especial da União Africana, Bineta Diop, começou pelas consequências dos conflitos, no continente, incluindo o terrorismo, na província moçambicana de Cabo Delgado, particularmente no seio das mulheres e crianças.

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Bineta Diop recordou que África está atrasada no processo de implementação de uma estratégia continental para apoiar aumentar a protecção da mulher em situação de conflitos.

No mesmo sentido, estiveram os discursos de outras intervenientes como a Presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha Mirjana Spoljaric, a activista liberiana e Prémio Nobel da Paz em 2011, Leymah Gbowee, e a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto, em representação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

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