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Ruanda de olhos no marisco moçambicano

O empresariado ruandês demonstra um forte interesse em encontrar parceiros moçambicanos no fornecimento de mariscos diversos, com destaque para o apetecido camarão, que está a estimular uma grande procura no mercado alimentar do Ruanda. Esta informação foi avançada pelo embaixador do Ruanda em Moçambique, Claude Nikobisanzwe, durante uma entrevista exclusiva ao Profile, realizada durante a 58ᵃ edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM).

O Ruanda marcou presença no stand internacional da FACIM com um total de 22 empresas dos sectores de processamento alimentar, cosméticos, serviços informáticos e agro-processamento. Destaca-se a presença de café, chá e piri-piri como produtos em evidência.

De acordo com Claude Nikobisanzwe, esta é a segunda vez que o Ruanda participa na FACIM, e desde a primeira aparição no evento, tem crescido o interesse dos empresários ruandeses em estabelecer parcerias com Moçambique, devido à diversidade de oportunidades que o país oferece.

“Os nossos investidores estão à procura de parcerias para iniciar negócios em Moçambique, mas também temos interesse em adquirir alguns bens de consumo que o mercado moçambicano oferece, como é o caso de mariscos, principalmente o camarão”, afirmou Claude Nikobisanzwe.

Além de fortalecer relações com o empresariado nacional, Ruanda encontrou na FACIM uma plataforma para promover os seus produtos para outros mercados da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) que também estavam representados no evento.

Jean Luc, um empresário ruandês que participou pela primeira vez na FACIM este ano em representação da sua empresa, especializada na produção e processamento de café, destacou, em conversa com o Profile: “Encontramos um grande potencial de expansão do nosso mercado em Moçambique e esperamos estabelecer boas parcerias que resultem num bom relacionamento comercial entre os dois países.”

Vale referir que a agricultura é um dos sectores-chave em desenvolvimento no Ruanda, com o chá e o café entre os principais bens de exportação do país, avaliados em cerca de 100 milhões de dólares por ano.

Enquanto isso, de acordo com dados do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, o potencial produtivo total da aquacultura em Moçambique estima-se em cerca de 4 milhões de toneladas anuais, dos quais cerca de 2 milhões correspondem à produção de peixe em águas interiores e uma quantidade igual para a produção de espécies marinhas.

Existe uma área total de produção estimada em 378 mil hectares, dos quais cerca de 250 mil são destinados à aquacultura em águas interiores e 120 mil hectares para aquacultura marinha.

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