“Neste momento, não há uma data definida para retomar as actividades, embora os parceiros do projecto tenham tomado conhecimento do relatório e das melhorias de segurança no local”, declarou um porta-voz da TotalEnergies, conforme citado pelo portal Further Africa, na sexta-feira, 26 de Maio.
Enfatizou ainda que “um plano de acção com base nas conclusões do relatório (de direitos) foi estabelecido e agora será implementado”.
O plano de acção foi elaborado com base nas conclusões de um relatório elaborado pelo ex-embaixador francês no Senegal, Jean-Christophe Rufin. O relatório, divulgado na terça-feira, destacou que, embora o conflito armado continue, as áreas de risco agora estão localizadas ao sul e ao oeste do complexo Moçambique LNG.
Jean-Christophe Rufin supervisionará a implementação do plano de acção, que inclui a compensação das famílias deslocadas até julho e a construção de novas casas até o final do verão, bem como melhorias no acesso à pesca, renegociação das relações com as forças de segurança e a criação de uma fundação para aprimorar a qualidade de vida local, com um orçamento plurianual de 200 milhões de dólares.
Anteriormente, a empresa de serviços energéticos Saipem havia sido notificada pela TotalEnergies para se preparar para a retomada gradual do projecto a partir de julho. O CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, também afirmou no mês passado que a renegociação dos custos com os empreiteiros locais seria o último passo antes do reinício do projecto.