Emanuel Mabumo, Inspector-geral do Ministério da Economia e Finanças, disse isso mesmo durante uma audiência parlamentar com os deputados da Assembleia da República.
Emanuel Mabumo detalhou que a auditoria em curso contemplará actividades como o levantamento do próprio sistema, avaliação da sua eficácia e pertinência e emissão de recomendações sobre soluções a possíveis inconformidades que possam ter sido constatadas.
Com a acção, o Executivo pretende ainda aferir a qualidade e veracidade dos dados dos funcionários e agentes do Estado que os técnicos ligados à implementação da TSU processaram e introduziram, electronicamente, no sistema de gestão dos recursos humanos das instituições públicas.
Afirmou igualmente que durante o processamento electrónico de informação há o risco de alguns dados serem integrados erradamente na plataforma. Essa é uma das coisas que, segundo explicou Mabumo, auditoria vai apurar, daí a sua pertinência.
“A ideia é mesmo detectar e sanar os erros que possam ter decorrido da implementação deste instrumento, porque não se pode prejudicar funcionários e agentes do Estado”, elucidou.
Apontou que a auditoria vai ajudar o Governo na busca de soluções mais adequadas para corrigir possíveis inconformidades que possam ser detectadas, nas quais se destacam, por exemplo, os enquadramentos desajustados, olhando para os critérios aprovados por lei.
Não obstante tratar-se de um procedimento digital, o Inspector-geral de Finanças reconhece que o cometimento de riscos não está, à partida, liminarmente afastado, reduzindo apenas ao máximo o risco de falhas.
“Normalmente acontecem erros de controlo de gestão, que é pensarmos que, com a introdução de plataformas electrónicas, temos que ficar relaxados porque estará tudo resolvido. Mas não é bem assim, pois existe o risco do factor humano, uma vez que quem vai introduzir os dados sobre a implementação da TSU os gestores dos recursos humanos”, disse.
No sentido, como o risco de transposição de dados durante o processo de implementação é elevado, a auditoria visa ainda, segundo Mabumo, verificar a sua conformidade legal.
No encontro com as comissões especializadas, estiveram presentes os ministros que superintendem a implementação da TSU, nomeadamente Max Tonela, da Economia e Finanças, e Ana Comoana, da Administração Estatal e Função Pública.