Defendendo o envolvimento dos credores privados na resolução da crise da dívida no continente,o presidente do Banco Mundial, David Malpass, anunciou que a instituição vai financiar o desenvolvimento em África com 150 mil milhões de dólares até 2025.
“Na última década, o Grupo Banco Mundial investiu 200 mil milhões de dólares em África, e apenas nos próximos cinco anos tencionamos investir e mobilizar outros 150 mil milhões de dólares para apoiar o desenvolvimento do continente”, disse Malpass numa declaração colocada no ‘site’ do banco.
“Uma grande parte deste montante será disponibilizado através de doações e empréstimos a longo prazo e sem taxas de juro pela Instituição para o Desenvolvimento Internacional, que continua a dar um forte apoio positivo aos fluxos para África”, acrescentou o responsável.
Para o responsável, “a sustentabilidade e transparência das dívidas serão vitais na atração de novos financiamentos e investimentos”.
O presidente do Banco Mundial lamentou que “a participação dos principais credores tenha sido apenas parcial e continue a permitir que grandes lucros sejam retirados de África mesmo durante a crise, sem perspetivas de haver cancelamentos de dívida que muitos têm defendido”.
Referindo-se à crise da dívida que o continente atravessa, devido à subida dos rácios de endividamento face ao Produto Interno Bruto (PIB), Malpass apelou aos credores privados para participarem nas iniciativas de alívio da dívida, nomeadamente o Enquadramento Comum para o Tratamento da Dívida para além da Iniciativa da Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), aprovada em abril do ano passado pelo G20, e ao qual já aderiram a Zâmbia, o Chade e a Etiópia.
“Encorajamos todos os credores, especialmente os credores privados, a fazerem do tratamento da dívida do Chade ao abrigo do Enquadramento Comum, um sucesso em termos de redução da dívida e sustentabilidade duradoura”, afirmou.