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Sexta-feira, Julho 4, 2025
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Venda de participação na área 4: Galp redefine estratégia de investimento

A Galp anunciou a venda da sua participação de 10% no consórcio que explora a Área 4 da Bacia do Rovuma, localizada na província de Cabo Delgado, Moçambique. A decisão, revelada em Maio passado, faz parte da estratégia da Galp de concentrar os seus investimentos em projectos de alto rendimento, baixo custo e baixa intensidade de carbono.

A venda dos activos de exploração e produção da Galp em Moçambique foi feita para a Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC) por 650 milhões de dólares, o equivalente a 41 mil milhões de meticais, de acordo com o câmbio actual. O CEO da Galp, Filipe Silva, justificou a decisão em entrevista à Energy Connects, explicando que a empresa busca cristalizar valor, reduzir riscos e focar em iniciativas de maior retorno, alinhadas com sua estratégia de crescimento sustentável.

“Estamos empenhados em reduzir o risco e crescer a partir de projectos de baixo custo e baixa intensidade de carbono, ao mesmo tempo em que transformamos as nossas posições integradas”, afirmou Silva. Ele também destacou que essas decisões estratégicas resultaram em um aumento homólogo de 16% no lucro líquido da Galp no segundo trimestre de 2024, totalizando 299 milhões de euros, apesar do ambiente volátil de preços das matérias-primas.

A Galp iniciou suas actividades em Moçambique em 2007, ao firmar um acordo com a italiana Eni e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) para a exploração da Área 4, conhecida por sua profundidade de água que chega a 2600 metros e por ser um dos projectos mais promissores do mundo na produção de gás natural.

A participação de 10% da Galp, agora vendida, fazia parte de um consórcio onde a ENH e a sul-coreana Kogas detêm participações semelhantes, enquanto os restantes 70% pertencem à Mozambique Rovuma Venture, uma joint venture composta pela Eni, ExxonMobil e China National Petroleum Corporation.

Em Agosto, a Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) aprovou a transacção, afirmando que a venda não terá impacto negativo nos mercados de extracção e liquefacção de gás natural, nem na venda em larga escala de GNL. Nazário Bangalane, presidente do Instituto Nacional de Petróleo (INP), considerou a saída da Galp como um movimento esperado e comum em projectos dessa magnitude, ressaltando que as concessionárias têm a liberdade de negociar suas participações.

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